domingo, dezembro 31, 2006

2007 já chegou na Nova Zelândia!

É isso aí, faço minhas as palavras do Jorge. Tem sido uma experiência excelente dividir esse blog com o Jorge, purgando os pensamentos e as viagens que vão vazando da cabeça com o tempo.

Do ponto de vista meramente racional, amanhã é um dia como outro qualquer. Na verdade, é até pior que um dia normal, dado que será meu último dia de recesso no trabalho e na terça voltarei a pegar a barca para o trabalho.

No entanto, não deixa de ter um certo simbolismo sonhar com o que fazer quando acordar em um ano novo. As promessas de ano novo, os planos, as expectativas, os sonhos, acho tudo isso válido, e inclusive tenho minhas metas de vida para cada ano que começo, que venho inclusive realizando. Isso tem um lado de planejamento de vida, mas tem também um lado simbólico de esperança de um novo ciclo, de um novo começo para algumas coisas. Símbolos podem ser coisas poderosas.

No Natal, mesmo para quem não acredita, tenho para mim que a simbologia da data é importante e contagiante. Não estou me referindo a ceias (iguais a todo santo ano...), nem às tradicionais brigas de família, ou ao especial do Roberto Carlos (podiam todo ano passar uma reprise de 20 anos atrás e daria no mesmo). Me refiro ao simbolismo de comemorarmos a data em que Deus nasceu na forma de uma criança, feito carne, sorrisos e lágrimas como o resto de nós.

Acreditemos ou não nisso, pelo menos em nome de toda essa simbologia gostaria de desejar a todos vocês que, nesta data repleta de significados, permitamos a Deus nascer e se alojar um pouquinho mais em nossos corações, fazendo de nós pessoas um pouquinho melhores e maiores e que, no ano novo que se avizinha (na Nova Zelândia já chegou!), todos nossos sonhos e metas bons se realizem!

Feliz 2007

Chega! Esse ano já escrevi demais e agora, só quero fechar o ano dizendo que foi muito bom, adorei ter esse espaço, dividi-lo com o J., grande amigo, e com vocês que nos leram e acompanharam nossas idéias.
Ano que vem nos encontramos, com novos temas e esperamos a participação e comentários, para podermos discutir novos assuntos.
Portanto, só me resta desejar que venha 2007 e que todos nós sejamos muito mais felizes!
Até!!!

sábado, dezembro 30, 2006

Esses EUA...

Pobre Saddam... ditador filho da puta por ditador filho da puta, o Kim Jong Liu (é assim mesmo?), o Pinochet (esse se foi sozinho), o Fidel (esse tá quase, mas de morte morrida também) e vários déspotazinhos genocidas na África não ficam a dever nada a ele, mas só o Saddam foi pra forca. Por que será???

Além da questão óbvia do petróleo, quem aparentemente matou de vez a charada foi o David Letterman, numa tirada ótima de um programa de alguns meses atrás:

"Sabe porque os EUA não invadem a Coréia do Norte e tocam o mesmo zaralho que tocaram no Iraque? É porque eles TÊM armas de destruição em massa."

Crônicas da Paternidade - I


Essas últimas 3 semanas têm sido intensas e maravilhosas. Tenho aprendido muito, mas alguns poucos pontos me parecem mais dignos de nota:

1. Ser um pai presente cansa, e cansa muito. Mas, em toda a minha vida, nunca consegui imaginar um motivo que me levasse a ser acordado aos gritos às 3 da manhã e ainda ser incapaz de deixar de sorrir ao ir encontrar com a pessoa que me fez acordar. Depois de alguns dias de noites mal-dormidas o cansaço bate muito forte mas, por incrível que pareça, só quando estou longe dela, como no trabalho, por exemplo. É incrível.

2. Entrar em desespero está fora de cogitação. Tudo passa, não importa quão desesperadora pareça a situação, e ter os dois pais juntos no processo de descoberta e solução dos problemas é fundamental. Quando um parece que vai perder a calma, o outro entra e segura a onda. Algumas horas depois, invertem-se os papéis e por aí vai. Descobrimos que o ruim não é acordar várias vezes à noite, mas sim os momentos em que não se sabe ainda o que fazer para resolver algum problema. Mas, depois de alguns dias, já dá para tirar as cólicas, os cocôs e as golfadas de letra.

3. Todo mundo tem uma porra de um palpite "certeiro" para dar, sendo que todas essas maravilhosas dicas entram em conflito com alguma outra dica que outro "expert em bebês" já lhe deu. Até entre os pediatras, quem diria, muitas questões não encontram consenso (aliás, a medicina está beeeem longe de ser uma ciência exata, a despeito da impressão que alguns médicos gostariam de passar). Portanto, ouvimos todo mundo com atenção mas, no fim, fazemos só o que a nossa consciência e a nossa sensibilidade mandarem.

4. Por fim, tudo é maravilhoso, e os momentos difíceis são tão ou mais importantes que os gostosos. É como na vida "adulta", onde as verdadeiras e melhores amizades são forjadas justamente naqueles momentos difíceis da vida, em que a confiança pode ser posta à prova e a gente consegue ver quem realmente se importa conosco. Cada madrugada fazendo carinho na barriga de uma criança que grita de cólicas, cada fralda trocada enquanto se sussura palavras de carinho para que a criança se mantenha calma, cada momento desses é um tijolo que se coloca, é um patrimônio de confiança e de amor que se vai construindo entre a gente e essa pessoinha que chegou e para quem tudo no mundo é tão novo, interessante e assustador. Fico pensando que, de repente, é muito bom que não tenhamos tido dinheiro para pagar por babás que nos poupassem desse "sofrimento", pois um dia esse "patrimônio" que estamos construindo juntos como família poderia nos fazer falta.

Enfim, por enquanto é isso. Segue essa foto recente da pequetita, já nem tão pequetita assim, para o tio Jorge babão e os outros tios e tias que acessam o blog.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Retrospectiva 2006

O ano de 2006 foi bem movimentado. Como diria Roberto Carlos, foram tantas emoções...
Alguns highlights que me vêem a cabeça:

1) Fui tio e padrinho de batismo (pela terceira vez). A Juju veio linda, fofa e com muita saúde. Pude perceber nesse Natal o quanto ela trouxe alegrias, não só para mim, mas para a família inteira;
2) Abri o blog, meio que de brincadeira, sem muitas intenções e ele só me trouxe coisas boas: pude estreitar minha amizade com o J., conheci pessoas novas, alguns amigos conheceram um outro lado meu, minhas emoções foram transcritas aqui, enfim, só felicidade;
3) Consegui superar vários desafios no trabalho, consolidando minhas ações esse ano;
4) Conheci novas pessoas, fiz novos amigos;
5) Li vários livros;
6) Vibrei com as seleções de vôlei nas competições, em especial os Mundiais;
7) Viajei bastante a trabalho, conhecendo novas cidades;
8) Malhei bastante e pude perseverar na minha dieta e nos meus objetivos;
9) Ganhei mais uma "sobrinha", a Julia;
10) Gastei mais do que deveria, mas quase renovei meu guarda-roupa, aumentei consideravelmente minha coleção de DVD e CD...

Nossa, foram tantas coisas, tantos eventos no ano, mas resolvi pegar alguns que me vieram à cabeça nesse momento. Espero que 2007 seja tão repleto de coisas boas que eu tenha que colocar mais que 10 fatos...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Pedido de Demissão

Eu recebi esse e-mail hoje e achei tão interessante que fiz questão de dividir o conteúdo. Realmente, tem horas que dá muita vontade de fazer isso, pedir demissão do mundo dos adultos e voltar a ser criança!!!


PEDIDO DE DEMISSÃO
Venho, por meio desta, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos, no máximo.
Quero acreditar que o mundo é justo, e que todas as pessoas honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem despercebidas por mim, e quero ficar encantado com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Estou cansado de dias cheios de computadores que falham, montanhas de papelada, notícias deprimentes, email's com vírus, contas a pagar, fofocas, doenças, e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe...
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigado a dizer adeus a pessoas queridas, e, com elas, a uma parte da minha vida.
Quero ter certeza de que Deus está no céu, e de que, por isso, tudo está perfeitinho neste mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurece o primeiro caju ou a primeira manga, quando a jabuticabeira fica pretinha de fruta.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam uns jogos de gude ou uma pelada...
Eu quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce", e a "Ave Maria”, e isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia...
Eu quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Por isso, tomem aqui as chaves do carro, a lista do supermercado, asreceitas do médico, o talão de cheques, os cartões de crédito, o contra-cheque, os crachás de identificação, o pacotão de contas a pagar, a declaração de renda, a declaração de bens, as senhas do meu computador e das contas no banco, e resolvam as coisas do jeito que quiserem!!
A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto!!!!


Vai dizer que você também não teve vontade de fazer isso???

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Promessas de fim de ano...

Estamos em época de festas. Natal chegando, planos para o Reveillón, chega aquela hora de decidir aonde passar, com que roupa, enfim, uma indecisão só. Além disso, começamos a traçar aquelas metas para o novo ano que está chegando. Normalmente são aqueles desejos que guardamos no fundo de nossos armários e não temos tempo, força e/ou coragem para realizá-los. Ou então aqueles sonhos que estavam programados para esse ano, mas que por alguns motivos não foram realizados. Pelo menos ainda. Então ficam para 2007.
Aí chega o novo ano e esses planos tem que começar a sair do papel. É hora de mudar. Começar aquela dieta que estava querendo fazer há muito tempo. Voltar a malhar. Correr na praia. Ler mais. Fazer aquele MBA que estamos querendo. Dar mais atenção à família e aos amigos. Se dedicar mais aos hobbies. Ou ao trabalho. Enfim, cada um com suas metas - ou sonhos - porém, com alguma coisa em comum. Tudo isso converge para a mudança. E para mudar tem que ter atitude, muita vontade, garra e perseverança.
Portanto, acho que essas mudanças programadas para 2007, e que sei que muitos só começarão depois do Carnaval, pois janeiro e fevereiro são meses de verão, férias, etc, etc, etc, devem ser postas em prática desde já. Deseja ser feliz? Então corra atrás da felicidade agora, nesse momento! Quer ler mais? Passe na livraria, compre um bom livro. Nessa época do ano tem vários bons lançamentos, posso até indicar alguns. Ou então olhe mais para a estante de sua casa e pode achar umas boas surpresas literárias. Precisando fazer um regime urgente? Acho que a palavra urgente já define bem que não dá para esperar 2007 chegar.
Já, agora, neste exato momento! Os desejos de Natal e de Ano Novo tem que ser imediatos. Planos tem datas de validade e são melhores consumidos se forem no momento em que os adquirimos. É igual fruta! Tire seu plano "do pé" e o saboreie bem. Use e abuse do seu agora, do momento que está vivendo. O melhor momento tem que ser o que estamos vivendo. Plantando agora, colheremos coisas boas no futuro. Xô preguiça. Xô marasmo. Xô medos. Xô coisas ruins que nos fazem muitas vezes ficar na inércia.
Então, só me resta desejar a todos um Natal maravilhoso, com muitas coisas boas. E tenho certeza que esse clima natalino, de muita felicidade, irá se refletir em todo 2007. Basta querer e ir em direção aos nossos sonhos. Eu estou indo atrás dos meus. E aí, vamos comigo? Ou nos encontramos lá???
FELIZ NATAL E UM ÓTIMO 2007 A TODOS!!!

terça-feira, dezembro 19, 2006

O que faz a alma?

Segundo Mario Quintana, "a alma é aquela coisa que nos faz perguntar se a alma existe".

Uma vez, durante um acampamento, passei a noite numa colina descampada, ao lado de uma fogueira, deitado de barriga para cima olhando para o céu e viajando. Isso causa uma sensação de vertigem estranha, algo como um medo inconsciente de "cair para cima" mas, com um tempinho, dá para acostumar e aproveitar uma das experiências mais legais da vida: olhar para o céu à noite, longe das luzes da cidade.

A gente que vive na cidade, às vezes, passa a vida inteira só olhando para baixo, com o pensamento e os olhos muito voltados para os problemas do dia-a-dia e para o chão. Mesmo quando olhamos para cima e não tem nenhum prédio atrapalhando a visão, a "claridade ambiente" da cidade não nos permite enxergar nem um pentelhésimo do que há para se ver no céu. Essa é uma experiência que só pode ser feita no mato, com uma escuridão quase absoluta, de preferência numa noite sem luar.

Mas, voltando ao que interessa, fiquei muito tempo embasbacado com o que vi. Uma quantidade monstruosa de estrelas e mais estrelas, estrelas cadentes e até nebulosas (ou algo que me pareceu muito com uma nebulosa) logo ali, a olho nú diante de mim! Já chegou de avião a uma metrópole à noite com o céu claro? Pois então, havia mais estrelas naquele céu do que eu já havia visto de luzinhas ao chegar em qualquer cidade. E, quanto mais a visão de acostumava com a escuridão, mais apareciam! Fiquei viajando sobre o colosso que estava diante de mim. Cada pontinho daqueles era um sol. Um sol! E, o mais fantástico, tudo conectado! Ora, se eu estava vendo tudo aquilo, era porque cada sol foi capaz de fazer chegar sua energia em forma de luz até o lugar onde eu estava. Mesmo onde não enxergava nada brilhando, no mais completo negrume, havia alguma coisa, um tecido de energia e de gravidade que permeava aquele espaço todo. A mesma gravidade que me segurava ali, deitado de barriga para cima, sem cair para o alto naquele imensidão abissal. Tudo isso, constituído de partículas que guardam a mesma imensidão e profundidade, mas na sua pequenez!!!

Enquanto me sentia menos do que o parasita que fixa morada no cocô de uma ameba anã, diante daquilo tudo, me bateu uma percepção interessante. Aqueles colossos eram quase como que o testemunho da criação ou as pegadas do Criador. Mas nenhum deles, com toda a sua potência, era capaz de despertar e sequer postular ou discutir a existência do Criador, quanto menos se voltar para ele e agradecer por estar ali, por ter sido criado, enfim, por SER.

Para mim, ali ficou evidenciada a existência da minha alma, se é que tal coisa é passível de ser evidenciada. Um pedacinho de algo que não se vê ou se toca, mas que se faz sentir. Mais do que isso, um pedacinho de uma essência divina que, privado temporariamente da unidade com o todo, ou o colosso original que o criou, vive em um estado de inconformismo, tornando-se sedento por mais (sem saber do quê mais), adquirindo essa qualidade indomável, essa necessidade de ser completo de novo, sem saber muito bem como nem por quê.

No meio dessa agonia que experimentamos, na maioria das vezes inconscientemente, tentamos escapar dessa incerteza dolorosa e corrosiva nos cobrindo de uma casca protetora de egoísmo ou de materialismo, tentando preencher com coisas, com riquezas e com conhecimento aquele apetite que jamais poderá ser satisfeito por nenhuma dessas coisas.

Eu acredito em Deus, por motivos que jamais vou conseguir explicar, pois não é da natureza dessas coisas ser explicada. E, nessa minha crença, a pergunta que sempre faço a ele é: "o que você quer de mim?"

Eu não tenho a menor idéia do porquê de termos sido dolorosamente isolados do todo e postos para viver juntos, de maneira nem sempre tão harmônica, nesse lugar. Mas eu imagino que essa ausência de certeza é que dá valor aos nossos acertos. Cada sacrifício feito nesse mundo em favor de outra pessoa, cada gesto de desprendimento ou de bondade, adquire um brilho maior do que qualquer explosão solar é capaz de emitir, justamente por conta dessa incerteza. Não consigo imaginar maior privilégio e responsabilidade.

O triste disso tudo é que, mesmo acreditando em tudo isso, eu ainda vacile tanto em fazer aquilo que eu sinto que deveria estar fazendo. Ainda discuto muito com a minha mãe por conta de babaquices sem valor, mesmo sabendo que ela precisa muito do meu apoio e do meu incentivo nessa fase de ostracismo na vida. Ainda tenho o reflexo de guardar uma certa distância magoada do meu pai por conta das merdas do passado. Ainda sou pouco pró-ativo no cultivo da convivência com meus amigos, mesmo dos melhores, que a vida acabou isolando geograficamente. Ainda me privo de cultivar uma maior intimidade com as pessoas no meu trabalho e de me mostrar pronto a ajudá-las pois prefiro usar meu tempo livre para estudar ou cuidar das minhas coisas. Ainda me agarro ao meu senso de humor meio ácido (e que, muitas vezes, serve como uma boa máscara) e ao meu gosto por falar merda (muito bom, fala sério), ao invés de me dedicar a aproveitar as oportunidades que surgirem para criar uma intimidade mais verdadeira com as pessoas que vou conhecendo. Ainda não tive coragem e desprendimento para me dedicar ao trabalho social que venho sonhando desde criança.

Esses são só os chamados mais imediatos da minha alma. Ai de mim se eu pelo menos não tentar realizá-los. Mas, a despeito de toda essa pequenez, não posso deixar de me sentir feliz de pelo menos ter me permitido me fazer esse tipo de pergunta. Quando esse pedacinho de alma aqui voltar ao Todo, ao Criador, a Deus ou seja lá qual for o nome que se dê, só o que espero é não ter a sensação de ter perdido tempo aqui embaixo, isolado em mim mesmo e nas minhas coisas.

domingo, dezembro 17, 2006

Alma

Bem, tem quase uma semana que estou para escrever esse post, mas o fato foi que essa semana foi mega corrida e não deu tempo de escrever muito. Portanto, já esqueci alguns detalhes que queria falar sobre assuntos, porém o tempo permite que depuremos algumas informações, outras sedimentem e outras se transformem. Então, não é de todo ruim esperar. Basta sabermos tirar o melhor dessa situação.
Ontem fui ao Vivo Rio assistir ao show da Simone e Zélia Duncan. E elas cantaram um medley de Alma interpretada pela Simone (que no show foi cantada pela Zélia) e Alma interpretada pela Zélia (no show cantada pelas 2). Apesar de mega fã da Zélia Duncan, eu gosto mais da música Alma da Simone. Mas vale a pena conferir ambas.
Depois de tanta Alma, decidi que era hora realmente de escrever sobre a peça "A Alma Imoral", que tive o prazer de assistir semana passada. Essa peça é uma adaptação da Clarice Niskier para um livro de Nilton Bonder. O autor é um rabino que tem função de líder espiritual na Congregação Judaica do Brasil.
Eu retirei de um site algo que sintetiza bem o que quer dizer o livro:

"Para Bonder, a alma é o elemento do próprio corpo que está comprometida com alternativas fora deste corpo. E, enquanto o corpo forja a moral para garantir sua preservação através da procriação, a alma engendra transgressões. Esta alma que questiona a moral, assumindo-se muitas vezes imoral, é apresentada através de incontáveis transgressões em textos e conceitos antigos."

Como não li o livro, vou me concentrar mais nos meus comentários que eu vi no palco. Tudo funciona muito bem, pois a peça, apesar de aparentemente muito difícil, flui muito harmonicamente no palco. Méritos para a Clarice e Amir Haddad.
A peça toca em pontos que já discuti aqui no blog, como a traição e a tradição. O que seria a traição? Quais as regras que devemos seguir? Acho que a peça no fundo diz que devemos seguir nossos caminhos através de nossos valores, conceitos e ideais. Isso é, seguir nossa alma!
Uma frase que foi falada no texto me deixou maravilhado. Era mais ou menos assim: "Existe maior solidão do que a ausência de si mesmo?" Para mim, realmente não tem. Ausentar-se de si mesmo é seguir valores de outros, obedecer regras que são falhas, não agir de acordo com os desejos, enfim, não ser o que deseja pelo simples fato de ter medo, faltar coragem ou então subestimar seu próprio potencial. Nessa época de fim de ano, onde todos pensam já no ano que está chegando, fazendo votos para amigos, só me resta desejar muita alma para todo mundo!!!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Frase do Dia

"Amor só dura em liberdade"
Raul Seixas/Paulo Coelho

quarta-feira, dezembro 13, 2006

terça-feira, dezembro 12, 2006

Julia!!!


Segue uma foto da pequena mais linda do mundo. Quando eu deixar de ser um zumbi ambulante, volto a postar com calma!

Beijos e abraços para todos e obrigado pela torcida!

Julia

O final de semana foi agitado. Ou melhor, agitadíssimo! Muitos encontros com amigos, novidades ótimas, filmes, teatro, restaurantes, cartão de crédito e débito a todo vapor...
E entre tantos eventos, a Julia, filha dos meus amigos Juliana e J. (o responsável por esse blog, junto comigo), veio ao mundo com 3,41Kg e 49,5cm. Nasceu na manhã de sábado, muito bela. Eu a vi com apenas 3 horas de vida e acho que ela vai dar um trabalho para o pai... risos.
O J. está todo babão e com isso está tirando umas "férias" do blog. Em breve ele volta e nos contará mais detalhes sobre o nascimento dela e suas emoções.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

O pai do ano

Como não poderia deixar de registrar, nosso amigo J. se tornará papai amanhã. Daqui a algumas horas, ele estará com sua pequena Julia nos braços. Isso será um momento indescritível e inesquecível. Portanto cara, te desejo que aproveite muito e que eternize isso em sua vida. Tenho certeza que será um excelente pai!
Julia, você ainda não nasceu, mas saiba que é uma menina de sorte por ter pais como o J. e a Juliana! Seja feliz! E parabéns aos pais!!!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Frase do Dia

Ao comprar o DVD do Mutantes (que aliás está ótimo, recomendo), vi uma frase que me chamou atenção e que gostaria de publicar aqui:

"Os loucos abrirão os caminhos que um dia, serão trilhados pelos sábios."

Concordo em gênero, número e grau!!!

terça-feira, dezembro 05, 2006

O mundo dá muitas voltas...

Completando a frase acima, eu poderia dizer: "... e é pequeno pra caramba!" (risos). Mas é a verdade. Eu sempre que saio, para qualquer lugar que seja, encontro alguém conhecido. Pode ser alguém que conheço de vista, como pode ser um grande amigo ou mesmo aquela pessoa que estudou com a gente em mil novecentos e lá vai fumaça e nem sabemos mais se se chama Paulo ou Marcelo...
Acho também que isso acontece porque conheço muitas pessoas e normalmente não esqueço facilmente. Desde a época de escola, sempre frequentei muitos grupos, nunca fui de ficar fazendo muitas restrições. Lógico, tem sempre aquelas pessoas que nos identificamos mais, porém sempre fiz questão de falar com todo mundo - ou quase, já que sou bastante tímido. Se ainda sou tímido hoje, imaginem na adolescência!!!
Às vezes, para não dizer muitas vezes, essas coincidências são ruins. Imagine reencontrar aquele mala que estudou com você? Ou aquela pessoa que só sabe falar sobre um assunto? Ou aquela que fala demais? Ou então aquela pessoa com a qual você não tem a menor intimidade e ela se acha sua amiga de infância???
Bem, há situações piores: rever um caso mal resolvido, justamente quando você está quase, quase mesmo sarando aquela dor que insiste em incomodar; encontrar aquele ex que você não queria ver na sua frente pintado de ouro; dar de cara com aquele que você deixou e nunca mais ligou. Ou a pior de todas: um ex-amor, que nesse caso, o ex só se adequa para ele, porque para você é um amor ainda...
Nessas horas, a vontade é de que o mundo seja maior. Que o acaso nunca conspire para que isso volte a acontecer. Ou então que Marte, Júpiter, Saturno ou Urano (esse é mais longe, melhor!) sejam planetas habitáveis e que possam recolher carinhosamente esse tipo de pessoa que insiste em entrar em nossos caminhos.
Ah, mas também tem o outro lado da moeda. Rever amigos de infância, que não vemos há tanto tempo e que parece que nos despedimos ontem, tamanha afinidade que ainda rola. Encontrar pessoas que sempre quisemos bem, mas que por cargas d'água o acaso separou. Ou então aquele ex-caso, ex-ficante, que por forças do destino, vocês não ficaram juntos, porque não era o tempo exato, não era para ser naquele momento. Como diria a personagem Fernanda na peça "Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou", não era pra ser!!!
Pois é, o mundo dá muitas voltas. E nessas voltas, ele de vez em quando brinca com a gente. Para o bem ou para o mal. Quem nunca viveu uma história dessas? É comum, muito mais cotidiano do que a gente pensa. Só espero que o mundo venha sempre lhes trazer coisas boas, pois as experiências ruins devem ficar apenas como lição e não serem revividas.
Então, se você encontrar uma pessoa que você se apaixonou, que foi apaixonada por você, mas vocês não levaram nada a sério porque não era o momento, dê uma nova chance ao destino. Se ele te brindou com um reencontro, é porque tem algo aí. E espero que esse algo seja um algo muito, mas muito bom...

Acaso (Ivan Lins)
Não sei se o acaso quis brincar
Ou foi a vida que escolheu
Por ironia fez cruzar
O meu caminho com o seu

Eu nem queria mais sofrer
A agonia da paixão
nem tinha mais o que esquecer
Vivia em paz, na solidão

Mas foi te encontrar
E o futuro chegou como um presentimento
meus olhos brilharam, brilharam
No escuro da emoção

Não sei se o acaso quis brincar
Ou foi a vida que escolheu
Por ironia fez cruzar
O seu caminho com o meu.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

A (perigosa) conveniência das convenções

Aproveitando a deixa da Liliany, gostaria de acrescentar algumas reflexões a esse tema interessante:

Obviamente, como em tudo que se refere ao ser humano, esta não é uma questão binária, do tipo "dito as regras" x "não dito as regras", portanto não há pessoas 100% acomodadas, como também não existem pessoas 100% reacionárias e autênticas (apesar de muita gente gostar de achar que é). Nós transitamos entre esses dois extremos.

O fato é que há um certo conforto em ter convenções já estabelecidas para orientar nossas decisões. Infelizmente, eu creio que exista uma tendência a que a grande maioria das pessoas possua uma certa aversão a ditar as regras na vida, preferindo que alguém lhes diga o que fazer. Isso é cômodo e elimina os riscos de tomar uma decisão errada. Além disso, há um certo "status quo" em ser uma pessoa totalmente adaptada às convenções, do qual a maioria das pessoas não estaria disposta a abrir mão, em prol da reles "personalidade".

No extremo oposto do espectro, há aqueles que se autointitulam "100%" autênticos", mas que, no fundo, simplesmente abriram mão de uma convenção em prol de outra, ou seja, a convenção do "ser diferente". Se a moda for verde, vista branco. Se mudar para branco, vista preto. Se aquela banda underground acabar se popularizando um pouco mais, então ela deixou de ser boa e vamos em busca de uma nova banda desconhecida para cultuar e podermos dizer que temos personalidade! Ora, se a regra é simplesmente ser diferente, ou "do contra", então no fundo a pessoa só passa a ser escrava de outra convenção!! Esquisito, não?

Por isso, achei muito interessante o posicionamento da Liliany. Se a moda ou a convenção te agrada, simplesmente use-a. Se não, pese os prós e contras e descarte-a. Ser advogado e ir contra a convenção do uso de terno nos tribunais pode se revelar uma tarefa meio difícil, mas outras convenções serão mais fáceis de quebrar.

Tente agradar mais a si mesmo, e menos aos outros, até porque é impossível agradar a todo mundo e se manter coerente ao mesmo tempo. Que dirá, feliz.

domingo, dezembro 03, 2006

Lá vem ela...

Esse blog é dividido por 2 homens, portanto tem uma visão masculina dos fatos. Eu disse masculina e não machista. Existe uma grande diferença!!!
Uma amiga minha, que já foi minha estagiária (sim, estou ficando velho!!! - risos), escreveu um texto que achei bem interessante. Depois de ler, eu pedi autorização à mesma para publicá-lo aqui no blog, pois achei uma visão interessante sobre um assunto por aqui já levemente abordado. Esse texto será publicado em uma revista da UERJ, já que a Liliany é mestranda lá!
Portanto, com vocês, uma visão feminina sobre convenções. Vale a pena ler!!!


Convenções? É de comer?
Por Liliany Samarão

É engraçado pensar numa sociedade cheia de convenções. Na verdade, tento não pensar. Muitas vezes, finjo até não saber o que é uma convenção. Outro dia estava conversando com um professor (talvez seja mais adequado chamar a conversa de 'discussão intelectual') e caímos nessa tênue linha. Discutimos papel da mulher, como a mulher é vista e, por incrível que pareça, descobri um intelectual extremamente ligado às convenções. Não posso dizer que ele é machista, porque não é. É, sim, um cara que sabe que está cercado de convenções e, como o nome já diz, está convencionado a elas. Portanto, sabe o que esperar de uma mulher, afinal, "é tudo uma questão de convenção", diria ele. Ok, ok. Eu também sei que tudo é questão de convenção. Como também sei que nem todas as convenções são para serem seguidas. Fico pensando (e falei isso a ele) como vai ser quando eu tiver uma filha. O que falar pra ela no instante em que a "pobre menina" falar que quer perder a virgindade antes dos 18, que quer viajar com os amigos, que não quer vestir rosa pq não gosta, que quer andar de mãos dadas com sua amiguinha. Ora, por questões de convenções, a menina não pode perder sua virgindade antes do casamento (que dirá antes dos 18), não pode viajar com os amigos sem acompanhamento adulto (e q nessa viagem tenha só meninas!) E claro, outros fatores que a sociedade escolheu para nós, mulheres: rosa é cor de menina e meninas que andam de mãos dadas são lésbicas. O que falar então pra minha suposta filha? Taí o fator que eu falava anteriormente: eu sei que algumas convenções não precisam ser seguidas. E tenho esses parâmetros por mim mesma. Nasci numa família tradicional: pai, mãe, avós, todos católicos. Minha escola era católica e tinha todo um ritual diário para que fosse seguido: o sapato era preto, a presilha do cabelo deveria combinar com a cor da saia do uniforme, a mochila também, debaixo da saia (obviamente enrolada no cós logo que se passava pela 'patrulha') um short para evitar que a calcinha aparecesse. Eu e meus irmãos (mais velhos do que eu) fomos criados nessa família que acredita que a tradição pode salvar a sociedade. Muito cedo descobri que as convenções não eram para mim. Mas entendam, não tenho nada contra as regras e as leis. Existem e eu as cumpro. Apenas quis fugir de um futuro que me parecia "sem graça": a mulher ficar em casa à espera do marido, cuidando dos filhos e da casa e que se dá por satisfeita com isso. Melhor dizer aqui, também, que não tenho nada contra quem escolhe esse caminho. Ele só não é pra mim. Mas decidi que faria mais. Fiz todos aqueles cursinhos que poderia fazer, me graduei e hoje, no mestrado, olho pra trás e vejo que minha vida foi uma fuga às convenções. Nunca aceitei que me falassem "não". O 'não' deveria ter motivo e que esse motivo me fosse, completamente, satisfatório. Casar? Ter filhos? Sim, até poderia acontecer (como o casamento, realmente, aconteceu), mas que isso não fosse uma força que atraísse mais convenções. No meu círculo de amizade sou aquela que 'olha com o olhar masculino', aquela que pode perguntar qualquer coisa, mais expansiva. Não, não me fiz um homem. Pelo contrário, como costumo dizer, sou menina, sim. Mas não me deslumbro com a publicidade de cosméticos, de roupas de banho, de biquínis. Não paro mesmo quando me olham e falam: "mas você é mulher" (acreditem, isso já aconteceu). Não aceito que a sociedade me diga que cor gostar, que devo usar saias, cabelos grandes e soltos, maquiagem. Eu sou eu. Indíviduo que sabe seus gostos, sabe seu caminho e sabe quem é.
Mas o texto era sobre a conversa com meu professor. Sim, ele entende sobre convenções. Sabe que quando casar vai ter a esposa em casa esperando com a comida pronta. Sabe disso não porque é machista, mas porque sabe que as convenções existem. E que permeiam nossas relações na sociedade. Eu sempre serei a mulher que deve seguir as regras do 'jogo', ele sempre vai ser o jogador que sabe (e deve) dar as cartadas. Procuro razões para isso e não encontro. Críticas? Muitas. O movimento feminista deixou de existir. Morreu e hoje o que temos são convenções não 'quebradas', não discutidas, apenas, seguidas. Se eu quero ser como minha avó, minha mãe e minha irmã (que não conseguiu fugir de tanta tradição)? Nem acho que a questão seja essa. Ser como elas, absolutamente crentes nas convenções da sociedade, é ignorar toda minha fuga a esse "mundo". Mas sou parte delas.
E esse meu professor, que sabe o que diz, me deixou com uma pulga atrás da orelha: seria eu um ser em extinção? Será que assusto os homens por minha independência, meus ideais e, acima de tudo, por fugir tanto de convenções? Não sei, mas talvez eu possa ser um objeto de estudos no futuro. Talvez eu não possa mudar as convenções, mas possa criar minhas próprias e minha (ou meu) filha (filho) talvez possa desfrutar desse "desvio" e experimentar uma vida mais 'fácil' mas ao mesmo tempo muito mais 'julgável' (se é que essa palavra existe).
E quanto ao professor? Ah! Ele vai continuar na sua rotina de convenções. Porque afinal de contas o que vale nem é seguir tais regras, mas ser beneficiado por elas, e convenhamos, qual homem não é beneficiado quando o assunto é a mulher e as convenções que regem essa sociedade?

sábado, dezembro 02, 2006

Espelho, espelho meu...


Será que existe alguém mais bonita e fofa do que eu??? Fotos da Juju no batizado e em casa, após o banho - que ela adora! Sempre que os amigos me perguntam como ela está, eu digo que ela está linda. Fala sério, teria outro adjetivo melhor para descrever minha sobrinha e afilhada em uma única palavra???

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Comentários

Acredito que para todo blogueiro os comentários sejam importantes. Tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Não dá para ficar blogando e ter a sensação de que ninguém está lendo ou que não estão entendendo, se interessando.
Ultimamente o blog tem sido muito visitado por amigos e outros blogueiros também. Quando chega um novo comentário, eu fico querendo ler logo. Acho que o comentário é uma forma de participação interessante. Aliás, esse foi um dos grandes motivos de abrirmos um blog.
Eu e J. estávamos levando alguns papos-cabeça (como diria a Juliana) e achamos que alguém mais poderia se interessar por esses papos e outras coisas que pensamos, sejam diamonds ou bullshit! Daí veio o blog que vocês estão lendo agora.
Mas o objetivo agora é falar sobre um post que gerou vários comentários. O post intitulado "Memórias, crônicas e declarações de amor" (sim, é o nome de um disco da Marisa Monte) rendeu pano pra manga. O motivo disso acho que foi por ser um texto que tem uma carga emotiva e visceral muito forte. Se estou passando por esse momento, se o post é 100% baseado em minha história, se é realmente isso que estou querendo são questões que vão ficar no ar. Tem coisas que não precisamos explicar e se explicarmos, ficará sem graça!
Imagine se Machado de Assis explicasse se Capitu traiu ou não Bentinho, em "Dom Casmurro"? Acho que perderia a graça. As coisas tem que ficar no ar, serem subentendidas, avaliadas de forma bastante pessoal por cada leitor. Uns irão se identificar e outros não. Pelo visto, um texto mais forte, que fale de amor, esperança, recomeço e novidades, é algo que realmente mexe com as pessoas.
Portanto, podem esperar textos mais fortes, que eles irão pintar por aqui. Destaco também alguns posts que fizeram bastante sucesso, como "A arte de dizer não", "Eu não amo ninguém" e "Infidelidade", esse escrito pelo J. Novidades e mistérios irão pintar... hehehe
The truth is out there...

quinta-feira, novembro 30, 2006

Quadrinhos II - A Revanche

Pois é, eu confesso que também curto quadrinhos. Porém, ao contrário do meu amigo J., eu curto quadrinhos nada nada nerds! A minha linha de frente sempre foi os gibis do Maurício de Sousa e os da Disney. Tinha os meus preferidos: Mônica, Cebolinha, Chico Bento, Tio Patinhas e Duck Tales. Porém, já li alguns outros, mas nunca fui fã da Marvel. Lembro na época que eu lia Recruta Zero, Luluzinha, Bolinha. Mas os gibis que eu mais tenho na memória são 3:

1) Peter Pan - foi um gibi que contava a história do Peter Pan. Eu adoro o personagem e tudo que é escrito sobre o mesmo. Adoro o desenho da Disney, Hook - A volta do Capitão Gancho, Peter Pan - o filme e Em busca da Terra do Nunca (esse, o meu preferido!).

2) Dartagnan - na TV Manchete, tinha o Clube da Criança, que na época era comandado por uma modelo ainda pouco conhecida, que era mais comentada pelo fato de ter sido namorada do Pelé e ter a fama de beliscar crianças nos bastidores. Quem tem mais de 25 anos, deve lembrar bem. Ah, e essa modelo era a Xuxa, ainda nos primórdios. Mas no programa tinha o desenho do Dartagnan, onde todos os personagens eram cães. Eu adorava. E nessa época, devido ao sucesso, lançaram um gibi com a história dele. Eu sempre adorei histórias de capa e espada.

3) Duck Tales na Caça ao Tesouro - na verdade, essa saga da caça ao tesouro foi lançada em 4 gibis. E eu adorei. A história era cheio de viagens, trapaças e estripulias de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Duck Tales também era um desenho da Disney, que passava no SBT. Há pouco tempo, o jornal "O Globo" lançou o DVD do Duck Tales - o filme e eu, é lógico, comprei o meu. Assisti a pouco tempo e adorei!!!

Os gibis exerciam uma certa magia em mim. Lembro bem que quando estava no primário, eu sempre passava com minha mãe na banca de jornal. Eu, consumista desde pequeno, queria sempre comprar gibis. Porém, a grana lá em casa não era farta e sabia que gibis tinham que ser negociados. Assinatura então, nem pensar. Então, sempre que eu pegava meu boletim, eu pedia para minha mãe comprar um para mim. E confesso que isso sempre foi um fator que me fez tirar boas notas!
Quando fui trabalhar com Marketing, acabei tendo que cuidar de licenciamentos. Então, tive que visitar bastante os escritórios da Disney e da Maurício de Sousa Produções em SP. A primeira vez que fui em ambos, me senti um menino voltando à infância e que naquele momento, poderia decidir se queria a licença do Pateta ou do Toy Story, por exemplo. Porém, nada me fez voltar tão ao passado quanto o dia em que fui ao estúdio do Maurício e vi as pessoas fazendo os gibis que tanto me encantaram. Eram os meus personagens ali, nascendo aos meus olhos, além de ter gibis espalhados por todos os lados. Confesso que durante os 5 anos que trabalhei com eles, era um prazer ir lá. Sempre voltava abarrotado de quadrinhos. Hoje eu não trabalho mais com Marketing, mas na mesma empresa. E sempre que alguém vai na Maurício de Sousa Produções, eu peço para me trazer os meus gibis...

quarta-feira, novembro 29, 2006

Quadrinhos

Cara, eu A-DO-RO quadrinhos. Sempre gostei. Já vendi minhas coleções umas 3 vezes, mas sempre volto a comprar, não tem jeito.

Os quadrinhos normalmente são associados a coisas feitas para crianças, mas a coisa não é mais assim. Um sinal interessante disso é a quantidade de gente da TV e do cinema que anda invadindo a indústria de quadrinhos e vice-versa. Por exemplo, Joss Whedon (roteirista de Buffy, Angel e Firefly) escrevendo X-Men, J. Michael Straczinsky (criador e roteirista de Babylon 5) escrevendo o Homem-Aranha, etc.

A última sensação dessa indústria nos EUA é um evento que está abalando todas as revistas da maior editora de HQ americana, a Marvel (casa do Homem-Aranha, X-Men, Hulk, Capitão América, Homem de Ferro, etc.). Os principais roteiristas da editora criaram uma saga, na qual aproveitam para criticar o clima de medo vigente nos EUA desde o 11/9, a redução das liberdades individuais em prol de "segurança", as manipulações do governo, a polarização da mídia (CNN x fox News), etc.

Resumindo, um grupo de heróis mequetrefes tenta capturar um cara muito mais forte do que eles. O resultado desastroso é a explosão de um bairro inteiro de uma cidadezinha dos EUA, matando 600 pessoas, sendo 60 crianças da escola local e os próprios "heróis".

Com isso, a opinião pública vira toda contra os heróis e o governo dos EUA começa a tratá-los como uma ameaça à segurança nacional, mandando para o congresso um projeto de lei para forçá-los a revelarem suas identidades, a se cadastrarem como agentes oficiais do governo, recebendo treinamento apropriado de agentes da lei, etc. Quem não se submeter ou der abrigo a qualquer um deles, vai em cana, se preciso for, caçados pelos colegas que se registrarem.

A história é toda muito bem escrita e fala exatamente do momento de medo e paranóia vivido agora pelos americanos, por conta do terrorismo. O nome do evento é "Civil War", devido ao racha que provoca entre a comunidade de heróis e ao clima de verdadeira guerra que toma conta do país.

Sem sacanagem, se vc gosta de ler sobre ficção, vale a pena dar uma olhada. É, eu sei que eu sou um maldito nerd e vc não deveria me dar ouvidos, mas dê um crédito aos quadrinhos! rsrsrs

Segue um link para um HD virtual com quase todas as edições, numeradas (mais ou menos) por ordem de publicação. Muitas delas estão em inglês, mas é bom para praticar! Não precisa ler todas, as edições de "Civil War", "Spider-Man", "New Avengers" e "Civil War Frontline" são as principais. http://www.4shared.com/dir/709196/274f9a3e/sharing.html

Como dificilmente algum outro tarado vai querer ler tanta coisa, segue a melhor edição de todas, que pode ser lida independentemente das demais: Edição 33 - New Avengers 22. Só para ter noção de como estão as HQ's hoje em dia.

Provavelmente, ninguém que lê este blog vai dar a mínima para isso, e eu dificilmente voltarei a tocar nesse assunto. Eu mesmo conheço pouca gente que goste de quadrinhos. Mas não custa lançar o convite no ar!

segunda-feira, novembro 27, 2006

O Brasil estereotipado (tadinho)

Só pode ser brincadeira... uma reportagem do Fantástico de ontem à noite falava com indignação da imagem estereotipada que o Brasil tem no exterior.

Na boa, o governo não perde uma chance de pôr uma mulata rebolando na cara da gringalhada, em qualquer evento internacional que aconteça em solo tupiniquim. Até no final do GP do Brasil de Fórmula 1, arrumaram um jeito de colocar um mestre-sala, uma porta-bandeira e as indefectíveis mulatas semi-vestidas no meio da pista de corrida.

Aliás, a promoção do Carnaval no Brasil cansa de romper a barreira tênue e invisível que a separa da reles propaganda velada de turismo sexual. E depois vêm esses gringos filhos da puta comer as nossas crianças no Nordeste (principalmente lá, mas não somente) por um punhado de dólares. De onde esses merdas tiraram essa idéia de paraíso da permissividade???

Anteontem, aqui no Rio, mais um grupo de turistas foi assaltado no trajeto entre o aeroporto e o hotel. Hoje, no "Bom Dia, Brasil", foram enumerados diversos casos de assaltos e assassinatos de turistas, ocorridos nos últimos meses.

Um representante da PM, durante uma entrevista a esse respeito, teve a estupenda idéia de oferecer escolta policial (!!!) para os ônibus que transportam os turistas do aeroporto internacional para os hotéis. A idéia foi prontamente repudiada, mas não por se tratar de um paliativo absolutamente ridículo! Foi repudiada porque criaria uma "má impressão" nos turistas, passando um sentimento de insegurança durante sua estadia.

SUR-RE-AL

(eu sei que ninguém fala desse jeito na prática, mas o Bechara mandou separar as sílabas assim e quem sou eu para discutir...)

Mémorias, crônicas e declarações de amor

Que se dane o passado. O seu passado. O meu passado. A vida é passageira e dela devemos tirar o máximo possível, de forma que essa nossa passagem por aqui possa valer a pena. Se não amarmos - uma, duas, três, trocentas vezes - não tem graça. Acabou um amor? Paciência! Outro - ou outros - virá(ão). Não dá para deixar que amarguras, ressentimentos, medos ou receios dominem os sentimentos.
Calafrios, desejo de olhar, ficar, pegar na mão, sentir o calor do corpo, da língua, são sensações que não devem ser esquecidas. Quero isso e quero agora. Já! Quero perder a respiração. Olhar nos olhos e ver que vale a pena gostar. Vale a pena se entregar. Quiçá amar!
I want you and I want you now. Foda-se o mundo. Vamos refazer o mundo. Vamos começar tudo novo de novo. Refazer histórias, criar mundos. Gostar de alguém é permitir que a pessoa entre na nossa vida inteira, com erros, medos, defeitos. Mas também com qualidades, virtudes, desejos e entregas.
Life is short, play it hard! Venha comigo. Me dê a mão e vamos encarar esse sentimento de frente. Tenho medo do que possa acontecer, mas tenho mais medo do que não possa acontecer por ter medo de viver uma coisa forte, boa, maravilhosa. A vida é feita de emoções. E temos que estar preparados para ela.
Tenhamos 20, 30 anos, não importa a idade. Importa é a intensidade. Diferença de idade, de períodos, de estilos de vida, são meras desculpas para não se viver uma história, seja de paixão, seja de amor. Ah, que se dane o mundo e as suas velhas regras. Eu quero um mundo novo, onde possamos viver melhor, onde possamos amar, sem medos, receios, dores. E esse mundo nós, só nós, cada um de nós, podemos inventar - ou reinventar.
Eu quero o melhor. Não vim ao mundo à passeio. Vim para ser feliz, fazer as pessoas felizes e para fazer diferença e fazer diferente. E você? Veio para quê? Para ter medos? Se deixar dominar por um amor que poderia ter sido mas não foi? Para ter medo de se machucar de novo? Para ter medo de tudo?
Raul já dizia: Eu perdi o meu medo da chuva! Se tá na chuva, meu chapa, tem que se molhar. E é bom se molhar. Experimente. É, no mínimo, uma nova sensação. E só isso, já vale a pena. Como se diz, já vale o ingresso. E olha que atualmente isso já é um grande, um mega diferencial.
Tente, invente, faça uma história diferente. Viva. Viver é deixar viver! Às favas com preconceitos, medos, receios, histórias mal sucedidas. Ao pensar no demônio, estamos o atraindo. Então, vamos pensar em coisas boas. Se não der certo, bola pra frente. The show must go on...
Ah, eu quero tentar. Eu quero viver novas emoções, sem ter que esconder que estou apaixonado, sem ter que ter tato para falar que quero sua presença nesse momento. Quero poder fazer loucuras. Pegar o carro e sair por aí, pela vida, pelas ruas, pelo mundo. Ir de Niterói à Ipanema. Do Arpoador à Barra. Sem chance para o erro, deixar a rua me levar - nos levar!!!
Quero te mostrar meu mundo. Meus DVD's, meu quarto, minha vida, meus amigos. Cantar minhas músicas, seja no pé do ouvido ou num karaokê lotado. Declarar o meu amor, meu desejo, em um blog, na rua ou à dois! Assim, conhecer melhor seu mundo também, suas histórias, suas dúvidas, seus desejos. Sem máscaras, sem muros. Conhecer por completo. E assim poder aprender, ensinar e cada dia mais admirar.
Ah, que se danem os nós, os problemas, a distância e as diferenças. Viva às diferenças, pois são nelas que residem as forças que mantém uma relação. Que essas diferenças, que são muitas, venham ajudar a construir uma relação boa, nova e que venha cheia de virtudes. Eu não espero isso tudo. Eu farei isso tudo. E a partir de agora!

Consta nos astros, nos signos, nos búzios
Eu li num anúncio, eu vi no espelho, tá lá no evangelho, garantem os orixás
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos autos, nas bulas, nos dogmas
Eu fiz uma tese, eu li num tratado, está computado nos dados oficiais
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz
Consta na pauta, no Karma, na carne, passou na novela
Está no seguro, pixaram no muro, mandei fazer um cartaz
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos mapas, nos lábios, nos lápis
Consta nos Ovnis, no Pravda, na Vodca
(Dueto - Chico Buarque)

domingo, novembro 26, 2006

Frase do Dia

Gente é pra brilhar e não pra morrer de fome.

Caetano Veloso

sábado, novembro 25, 2006

Notas

1) A Gláucia citou o meu texto sobre "a arte de dizer não" no blog dela. Ficou uma interessante visão sobre o tema. Vale conferir!
2) A Carla falou um pouco sobre sua viagem ao RJ e quando citou a cidade, referencia ao blog. Seu amigo "Carioca" agradece e te convida a voltar. Foi ótimo. Eu e o Cristo estamos de braços abertos para você!
3) A Tuka arrasou mais uma vez. Adorei o texto publicado no dia 21/11/06, intitulado "A despedida do amor não correspondido". Vale muito a pena ler!

Cuide-se bem

Malhar, correr, fazer abdominais... Ler, estudar, aprender com pessoas e fatos... Tudo isso faz parte do processo de cuidar do corpo e da mente. Ambas as coisas tem que estar bem, em dia! Lembrei desse assunto devido a minha irmã. Há três meses, minha irmã deu a luz à Juliana. Linda menina, uma fofa, sou o padrinho dela. É difícil ficar longe dela. Uma criança exige muita atenção, além do que ela é uma coisa linda mesmo. Estamos todos muito orgulhosos.
Porém, minha irmã ganhou quase 20Kg durante a gravidez. Hoje ela está uns 10Kg acima do peso. Com isso, tem que entrar num processo de perda de peso urgente. Ela está com receio de deixar a Juju em casa para malhar, porém eu disse para ela uma frase que gostaria de colocar aqui: "Acho que você tem que se cuidar, tanto no corpo, quanto no seu trabalho e nos seus estudos. No futuro, a Juju irá agradecer por ter uma mãe que se preocupa com sua vida também".
Por mais que uma coisa nos tome tempo ou que nos dê muito prazer, temos que arrumar tempo para as demais coisas. A vida não para. Seu filho te toma muito tempo? Seu trabalho não deixa você fazer coisas que lhe dê prazer? Seus estudos tomam todo seu tempo de lazer? Bullshit!!! Temos sempre tempo, só nos falta vontade, às vezes.
Eu lembro que li no livro "Cartas do Comandante", escrito pelo Comandante Rolim Amaro, fundador da TAM, uma frase que me marcou: "Sempre que você quiser que algo seja bem feito, peça para alguém ocupado". Precisa dizer mais? Acho que não, né?
Então, cabe a cada um de nós nos organizarmos, seguirmos nossas vidas e cuidar dela da melhor forma. Afinal, só se vive uma vez!!!
Em tempo: minha irmã me ligou e me disse que se matriculou na academia!!!

terça-feira, novembro 21, 2006

Mário Quintana

"A alma é esta coisa que nos pergunta se a alma existe."

segunda-feira, novembro 20, 2006

A arte de dizer não

"Jorge, vamos para aquela balada hoje à noite?" Ou então: "Hum, acho que aquele DVD é maneiro, preciso dele". Essas são 2 frases que retirei aleatoriamente para exemplificar a arte de dizer não. A essas duas frases, é difícil eu dizer não, a não ser que realmente eu esteja mega cansado, com compromissos ou que esteja muito sem grana, respectivamente. Enfim, poderia dar muitos exemplos, porém, resumindo a história, eu tenho uma grande dificuldade em dizer não.
Dizer não é negar a algo que eu quero, mas não posso. É dizer não a algo tentador, porém que não deve ser feito no momento. Dizer não nada mais é do que se permitir não ser escravo dos meus desejos. E eu decidi seguir esse caminho. Não é fácil. Sou leonino, mimado, solteiro, independente, enfim, coisas que só pioram o quadro geral... risos.
Estou aprendendo a dizer não. Estou aprendendo a escolher. No dia 3 de dezembro, tem um show da Zélia Duncan (que eu amo de paixão, quase não perco shows dela no RJ) e nesse mesmo dia, já comprei ingresso para ver a peça do Renato Russo. Ao saber da notícia, fiquei fazendo planos mirabolantes para tentar ver os dois. Como sou engenheiro, fiz bem as contas e concluí que não rola. Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Então, decidi pensar numa forma de trocar os ingressos da peça do Renato, para poder ver o show. Detalhe: comprar o ingresso da peça me fez ir ao Centro do RJ, fazer um esquemão de compras de ingresso com um amigo, enfim, foi uma lenha. E eu pensando em refazer tudo isso. Apesar do meu desejo ser forte, neguei a ida ao show da Zélia. Outros virão. Eu tomei essa decisão baseado na razão. Não dá para atender a todos os desejos.
Uma vez eu li que quando Deus quer enlouquecer uma pessoa, ele concede a ela todos os seus desejos. Deve ser verdade. Eu vejo pessoas com vários talentos e que por isso, não se decidem para que rumo devem seguir. Outras que tem uma vida maravilhosa, com ótima formação, família estável, boa situação financeira, e mesmo assim passam por depressão. Creio que tomar decisão, seguir a vida, fazer as coisas usando a razão e a emoção, sejam bons caminhos.
Finalmente, acho que dizer não é muito difícil, não é uma tarefa fácil. Porém, reconhecer essa dificuldade e nossa limitação em não ceder às tentações seja um belo passo. E na vida, temos que ir devagar mesmo, passo a passo, uma coisa por vez. Portanto, cada vez que você seja chamado para programas que não queira ir ou não tenha dinheiro sobrando para gastar em supérfluos, diga não. E estufe o peito em seguida, orgulhoso de sua decisão. Vai fazer um bem...

sexta-feira, novembro 17, 2006

Últimas 3 semanas de gravidez!

Putz, o tempo voa às vezes! Ainda agora, eu estava correndo o bairro inteiro atrás de todas as marcas de teste de gravidez diferentes que conseguisse achar! E, num piscar de olhos, faltam somente 3 semanas para o nascimento da Julia!

Mal posso esperar... VOU VER MINHA FILHA, POOOORRAAAAAAAAAA!!!!! Não dá para descrever a expectativa dessa alegria! Vou poder fazer carinho e conversar com ela, sem uma barriga no meio da gente!

Putz, putz, vou receber uma pessoinha que vai nascer tão pequena que não conseguirá sequer firmar o pescoço, só vai poder se comunicar com chorinho (CHORO é aquela coisa que os filhos DOS OUTROS fazem quando querem se comunicar, dããã), uma pequenura de gente tão frágil mas que, dentro de si, carrega o potencial de ser uma pessoa muito melhor e ainda mais feliz do que os pais, se fizermos tudo direitinho e não houver nenhum acidente de percurso.

Eu me preparei a vida inteira para ser o pai da Julia e, mesmo assim, não estou à altura da responsabilidade. Ela vai ter que se virar com o melhor de mim, dado com um amor infinito.

Venha para ser feliz, minha pequena!

E foram felizes para sempre... The End

Bem, eu iniciei o tema amor no blog meio que por acaso. Sabia que era um tema bem vasto, porém não esperava escrever tanta coisa sobre um mesmo tema. E olha que nem falei de Romeu & Julieta, amores impossíveis, amor de mãe, amor nas amizades, amor ao próximo, amor a Deus... Enfim, o assunto é tão vasto e rico, que foi criando uma sequência que me prendeu por bastante tempo e posso dizer que foi uma bela experiência falar do amor por aqui. Pude me abrir um pouco mais, expor opiniões, ler outras bem interessantes, enfim, foram relatos bem ricos que me ajudaram a refletir e olhar o amor com os olhos bem mais abertos.
Falando sobre o amor, tivemos uma série brilhante do meu amigo J. falando sobre a infidelidade, relatando uma experiência de vida, se abrindo aqui, se expondo. E nesse tema, pude ver paralelos com minha história familiar. Um dia eu volto para escrever melhor sobre isso. Sei que esse tema me fez ser mais poético, lembrar de muitas músicas, relembrar belas histórias, porém, como tudo na vida passa, acaba, decidi pelo menos dar um tempo no tema. É claro que voltarei a falar do amor, lógico. É um tema tão rico e recorrente que não dá para esquecê-lo. Porém, para mim, chega ao fim a discussão sobre o amor, pelo menos essa série. Outros assuntos virão, o amor retornará como tema, enfim, vida que segue.
E para não fazer diferente dos outros posts, deixo vocês com o trecho de uma música que encaixa bem para essa situação. Espero que essa jornada amorosa tenha sido tão boa para vocês como foi para mim...

Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim
(Pétala - Djavan)

quinta-feira, novembro 16, 2006

Nem toda relação deve ir adiante

Lembro de uma vez, na (boa) época em que fazia análise, em que minha psicóloga me explicou que cada casal se "encaixa" de uma maneira única e particular. Às vezes, mesmo quando as pessoas são apaixonantes e estão ambas interessadas em fazer a relação dar certo, o fato é que o encaixe entre elas ocorre de uma tal forma que inviabiliza a relação.

Já vi isso acontecer. Pessoas boas, que têm vontade de fazer dar certo, mas que interagem de uma forma, por exemplo, onde uma seja extremamente dominante sobre a outra, que acaba se retraindo. Ou então a relação ocorre de um jeito que faça com que uma pessoa sugue a energia da outra, deixando-a com uma baixa auto-estima. Sei lá, esses são só exemplos.

Outro tipo de problema muito frequente são as pessoas "estragadas". Conheço muita gente com problemas sérios (pode ser alcoolismo, vício em drogas, compulsão pela traição, mania de brigar na rua, mania de perfeição, ou qualquer outra psicose) que, a despeito de todos os seus problemas, são carismáticas e apaixonantes. Já vi gente entrar de cabeça em relacionamentos com esse tipo de pessoa e, além de não conseguir ajudá-la, ainda acabar sendo puxada para baixo e adquirindo os mesmos defeitos ou vícios. Cuidado para não se deixar transformar em muleta de ninguém, ainda mais de alguém que não ache que precise mudar! Obviamente, ALGUMAS VEZES dá até para ajudar a pessoa. O problema é que quem está apaixonado SEMPRE acha que dá! Não é bem assim...

Enfim, acho que nem toda relação, a despeito de haver paixão ou até amor, deva ir adiante. É preciso coragem para não acabar perpetuando um erro que vá custar muito caro no futuro.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Amores são sempre possíveis???

Sempre escutei falar que o amor tudo vence e que amores são sempre possíveis. Lembro do filme "Amores Possíveis", onde tinham 3 casais. E no final, apenas um casal (talvez dos 3, o mais improvável), fica junto. Será que então amores são mesmo sempre possíveis?
No filme anterior da diretora Sandra Werneck, o "Pequeno Dicionário Amoroso", também não tem um final feliz, pelo menos como esperado. Mas o que será que faz com amores que a princípio seriam totalmente possíveis, se tornarem nem tão possíveis assim? Seria a rotina? Seriam os problemas, percalços do dia-a-dia? Incompatibilidade? Falta de vontade?
Ao falar de amor em um dos posts anteriores, citei que para se viver um amor, precisa de muita dedicação, precisa-se querer muito, com vontade, com afinco. Será que é essa vontade que nos falta em alguns momentos? Será que é pelo fato de o mundo hoje estar tão moderno, com tantas facilidades, que é muito fácil olhar para o lado e ver que podemos trocar de pessoa, de amor, de paixão, como trocamos de roupa?
Acredito que cada um dos fatores citados acima sejam os responsáveis pelo fim de um amor. Cabe a nós, mudarmos isso, se quisermos que o amor dure, ou simplesmente aceitar o amor como algo com data de validade, e curtir! Acredito que cada vez mais essa decisão está nas mãos do casal.
Como diria Vinícius de Moraes, "que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure."

segunda-feira, novembro 13, 2006

Infidelidade - Parte IV - FINAL (para entender melhor, leia a partir da parte I)

Outra justificativa curiosa para a infidelidade é a do “macho”. Nós, homens, somos fustigados desde muito novos com a cultura do “macho”. O mundo nos ensina que, para ser “macho”, é preciso mostrar virilidade, sair pegando e, sempre que possível, comendo geral. É preciso não recuar nunca de uma briga e ser sempre o último a gritar numa discussão de trânsito (ou pelo menos ser aquele que berra mais alto). É preciso dar vazão à nossa virilidade, mesmo que estejamos comprometidos com alguém. Se for preciso, minta descaradamente e depois conte rindo para os amigos, pois é a maior onda dar um balão sensacional. Afinal, o que os olhos não vêem, o coração não sente, não é?

O problema é que pouca gente percebe que viver essa busca do “ser macho” é se contentar em ser muito pouco. O cara que dedica a sua vida a ser o mais macho, o maior pegador, o mais brigão e o melhor “metedor de porrada”, no final das contas, ainda pode acabar sendo menos macho do que um cachorro de rua, do que um galo ou um cavalo que façam melhor as mesmas coisas. É contentar-se com muito pouco.

Para assumir compromissos duradouros, construir uma família e arcar com as responsabilidades e até com as renúncias que esse privilégio traz consigo, é preciso ser muito mais do que simplesmente macho. É preciso ser HOMEM. No caso das meninas, é preciso ser MULHER. É preciso lutar a vida toda para construir um caráter melhor e buscar viver com uma nobreza infinitamente maior do que o macho ou a cachorra, meramente animais movidos por instinto, seriam capazes.

Acredito que a raiz dos problemas e da infelicidade do ser humano, na grande maioria das vezes, está nas famílias malformadas, maltratadas, sofridas, abusadas, manchadas, traídas, desmanteladas. Pode procurar: por trás da grande maioria dos seres humanos infelizes ou de mau-caráter, existe uma família doente. Esse é o maior problema da infidelidade, ela mexe com as nossas relações mais importantes. É como diz a Marisa Monte: "Eu admiro o que não presta, eu escravizo quem eu gosto. Eu não entendo: eu trago o lixo para dentro."

A nossa família é o que a gente faz dela. Justamente quem já sofreu as dores de uma família manca deveria se esforçar em dobro para fazer melhor quando tivesse a oportunidade, e não usar a criação como desculpa para sair multiplicando o sofrimento pelo qual passou.

O mundo precisa de mais HOMENS e MULHERES, capazes de viver sua afetividade de forma mais madura e responsável, capazes de assumir compromissos maduros, de construir famílias melhores e gerar mais homens e mulheres ainda mais nobres.

O problema é que, infelizmente, HOMENS e MULHERES têm andado meio raros por aí.

Infidelidade - Parte III (para entender melhor, leia a partir da parte I)

Por tudo isso, por tudo mais que vivi e pelos valores que fui adquirindo na vida, eu tenho uma posição muito clara e segura a respeito da traição. Acho errado. Simples assim. Acho que a traição revela uma certa falha de caráter.

“Cada escolha, uma renúncia: isso é a vida”. Os problemas começam quando o ser humano tenta burlar essa regra básica da civilidade, tentando: (1) dar um jeito de obter duas coisas que deveriam ser mutuamente excludentes, (2) sem se preocupar com as conseqüências que isso acarretará para os outros, (3) evitando ao mesmo tempo incorrer em uma punição.

Se não está a fim de ser fiel, não se comprometa. Ou, se já está comprometido e sentiu que não vai conseguir ou não quer mais segurar o rojão, se separe e siga o seu caminho. Simples assim. Quer ficar na pista, pegar geral, fique à vontade. Não tem nada de errado. Mas seja honesto, com você mesmo e, sobretudo, com os outros. Ser vítima de uma infidelidade por parte de alguém que se ama muito (seja um cônjuge, seja um pai), é uma experiência traumática, uma ferida profunda que, se não trabalhada, é capaz de provocar um sentimento de desesperança no ser humano, tornando-o amargo e cínico.

A partir do momento em que se promete fidelidade a alguém, e começa-se a construir uma relação de confiança e de dependência emocional mútua, é preciso ser fiel a esse compromisso e à responsabilidade que ele traz consigo. Numa relação duradoura, cada parte torna-se responsável, de certa forma, pela felicidade do outro. Quanto maior a entrega, quanto maior a doação, quanto maior a partilha (do cotidiano, das intimidades, eventualmente dos filhos, etc.), quanto maior a abertura de si, maior o dano que uma infidelidade é capaz de provocar. É uma grande responsabilidade.

Um detalhe curioso é que não dá para dizer que seja errado sentir algo por alguém de fora da relação, seja tesão, seja atração, sei lá. Instinto é algo que não dá para controlar e nem é para se culpar por isso, todo mundo está sujeito. Se esse tipo de sensação é muito recorrente, pode até ser um sinal de que algo está errado na relação, ou mesmo que algum conceito ou valor precisa ser melhor trabalhado interiormente. Mas o erro, propriamente dito, ocorre quando a pessoa começa a alimentar esse sentimento, iniciando um processo que fatalmente, um dia, culminará com a infidelidade propriamente dita. Na verdade, se formos ver a coisa dessa forma, é possível perceber que a infidelidade geralmente começa bem antes da concretização do ato. Por conta disso, acho que quem quer construir uma relação duradoura deveria buscar evitar se expor a certas situações. Traduzindo para o bom português, e citando um exemplo extremo e prático, se eu tenho a intenção de ser fiel, me enfiar num puteiro e encher a cara de birita com meus amigos mais sacanas pode não ser uma atitude das mais inteligentes...

Também ocorre que toda relação tem seus momentos de altos e baixos. É preciso maturidade para reconhecer que isso é natural, que esses momentos passam e que nem por isso justifica-se sair aloprando por aí a cada vez que isso acontecer. Se a fase ruim começar a demorar demais para passar, é preciso coragem para reconhecer que algo está errado, ou mesmo que simplesmente mudou e que a relação não pode continuar. Muitas vezes, é possível que uma traição ocorra porque faltou coragem à pessoa para tomar uma atitude e terminar a relação antes de fazer uma besteira. Convenhamos, a falta de coragem (que, no fundo, nada mais é do que um eufemismo para a covardia) é uma “justificativa” algo deprimente.

(Continua...)

domingo, novembro 12, 2006

Viver do Amor

Eu já falei que gosto do Chico Buarque??? rs
Se não falei, será que alguém já reparou??? (mais risos)
Pois é, hoje fui ver um show das "Mulheres de Hollanda". É Chico está em alta não só no blog, mas na mídia em geral. Esse grupo é formado por 5 mulheres, acompanhadas por dois músicos, e só cantam canções do Mestre Chico!!!
Uma música que tocou é da Ópera do Malandro. E eu acho que traduz bastante o esforço de se viver um amor. Pois realmente amar, gostar de alguém, exige muita dedicação, muito querer. É se doar, abrir mão, pensar junto, construir junto, fazer com que dois caminhos até então distintos possam seguir juntos. E isso, convenhamos, é muito difícil!
Eu poderia dissertar mais sobre o tema, mas deixo o Chico falar mais sobre isso. Com vocês, "Viver do Amor":

Pra se viver do amor
Há que esquecer o amor
Há que se amar
Sem amar
Sem prazer
E com despertador- como um funcionário
Há que penar no amor

Pra se ganhar no amor
Há que apanhar
E sangrar
E suar
Como um trabalhador
Ai, o amor

Jamais foi um sonho
O amor, eu bem sei
Já provei
E é um veneno medonho
É por isso que se há de entender

Que o amor não é um ócio
E compreender
Que o amor não é um vício
O amor é sacrifício
O amor é sacerdócio
Amar
É iluminar a dor- como um missionário

sábado, novembro 11, 2006

Amor e Sexo

Amor é um livro - Sexo é esporte
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora

Com a música de Rita Lee, Roberto de Carvalho e Arnaldo Jabor, entro no terreno do amor e do sexo. Será que são tão diferentes assim? Eu particularmente gosto muito da música e das coisas que o Jabor escreveu sobre o tema. Acredito que existam diferenças entre amor e sexo, porém muitas vezes essa linha que separam ambos tem que ser tênua. Na letra diz Amor sem sexo é amizade, Sexo sem amor é vontade. E amor com sexo??? E sexo com amor??? Sim, ambos não são imiscíveis como óleo e água. Ambos podem estar bem separados, como também podem se juntar - e se juntarem muito bem!!!
Na minha modesta opinião, amor com pouco sexo, com falta de originalidade, ou mesmo com um sexo tão padronizado, casto, certinho, é meio caminho andado para o fim do relacionamento. Isso faz com que o tão pregado amor vire amizade. Os sentimentos se transformam, mudam. Por isso, amor e sexo são importantes. Lógico que amizade, respeito, companheirismo e outros sentimentos também são importantes, mas não duvidem do poder do sexo entre duas pessoas que se amam!!!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Infidelidade - Parte II (para entender melhor, leia a partir da Parte I)

Só depois de mais um tempinho (não lembro se foram anos ou meses) é que comecei a entender melhor tudo que tinha acontecido. Meu pai traiu a minha mãe, sabe-se lá por quanto tempo, com alguém que ele conheceu no trabalho. Não sei se ele contou ou se a minha mãe acabou descobrindo sozinha, mas o fato é que, depois de algum tempo, a coisa toda se tornou insustentável, eles se separaram e ele foi morar com a tal mulher. Depois de mais algum tempo, meu pai acabou se arrependendo do que fez e quis voltar para a minha mãe que, pelos motivos dela e que não me cabe julgar, aceitou. Lembro dos meus pais trancados no quarto deles, no dia em que voltaram a ficar juntos, e do telefone que não parava de tocar. Era a outra mulher chorando e querendo de qualquer maneira falar com meu pai. Lembro de não ter tido pena do choro dela.

O saldo dessa miséria toda é que o casamento dos meus pais, obviamente, nunca mais foi o mesmo, nem a minha relação com meu pai. Eu lembro de, ainda criança, ter me sentido traído e de não ter gostado nem um pouco da sensação.

Lembro, ainda alguns anos mais tarde, quando estava no ginásio, de quando tive minha primeira namorada. Lembro como meu pai, quando saía na rua comigo, ficava olhando para as mulheres que passavam e apontando-as para mim. Eu ficava meio sem graça e não dizia nada, porque achava errado estar com alguém e, ao mesmo tempo, ficar secando as mulheres na rua. Achava também de uma grosseria enorme os comentários que ele fazia com os amigos. Lembro de uma vez em que ele chegou a me criticar por ser tão certinho.

Isso tudo só fazia reavivar aquela sensação amarga de traição e de decepção que eu já trazia dentro de mim, em relação a ele. Mesmo depois de tudo que havia acontecido, parecia que o fantasma de outro susto pairava sempre por perto... pior, ainda tentava me dar esse exemplo, como parte da minha educação de “macho”.

(To be continued...)

quinta-feira, novembro 09, 2006

Infidelidade - Parte I

Quando era criança, lembro de uma época em que, de vez em quando, pegava minha mãe chorando sozinha em casa. Ela nunca me dizia o que era. Inventava desculpas ou negava que estivesse chorando.

Algum tempo depois disso (acho que tudo aconteceu entre 1981 e 1984, mas não sei dizer exatamente, porque lembranças dessa época são sempre confusas e não há uma escala de tempo muito identificável), um dia meu pai não dormiu mais em casa. Lembro de ter perguntado à minha mãe o que estava acontecendo. Ela me disse que ele estava doente e que precisava passar as noites no hospital durante um tempinho até ficar bom. Lembro de ter rezado à noite para que ele ficasse bom logo.

Passado algum tempo, finalmente meus pais colocaram a mim e a meus dois irmãos menores no sofá da sala e começaram a contar que estavam se separando e que não iriam mais morar juntos, mas que estariam sempre com a gente, etc e tal.

No meio dessa história toda, lembro de um dia em que meu pai levou a gente na casa de outra mulher com quem ele já vinha ficando, para conhecê-la. Não lembro se disseram para a gente que ela era namorada do meu pai ou que era só uma amiga. Mas lembro que a minha mãe ficou meio desesperada, e ficava falando que os moletons da gente estavam curtos demais e que a gente parecia meio descuidado, mas acabou deixando a gente ir. Chegando lá, trouxeram para a gente uma caixa cheia de uns brinquedos que deviam ser de algum filho dela, sei lá. Só lembro que tinha uns brinquedos muito legais, inclusive um que me deixou alucinado, uma nave espacial maneiríssima, e que eu só queria brincar com ela. Chegada a hora de ir embora, eu obviamente queria continuar brincando com todos aqueles brinquedos novos e pedi para ficar um pouco mais. Meu pai, sabe-se lá porque diabos, teve a brilhante idéia de me fazer ligar para a minha mãe e pedir para ficar mais um pouco, pois pelo visto eles tinham combinado um horário para nos trazer de volta. Pedi para a minha mãe para ficar mais um pouco porque estava gostando de brincar por lá. Lembro perfeitamente da minha mãe desandar a chorar, a ponto de não conseguir falar mais nada, e desligar o telefone. Depois disso, repentinamente a minha vontade de ficar por lá acabou.

(Continua...)

domingo, novembro 05, 2006

Versos de Hollanda

Ontem fui ao Teatro Leblon, no RJ, assistir "Versos de Holanda, outros versos, novas canções". A peça é um musical inspirada nas canções do vasto repertório do genial Chico Buarque. É, acho que essa fase romântica, falando de amor, vem de encontro à minha fase Chico. Tenho escutado bastante músicas dele, desde o novo CD, Carioca, até algumas canções antigas.
Na minha modesta opinião, Chico é um dos maiores artistas que o Brasil já teve. Apesar da sua questionável voz, as suas canções são na grande maioria obras-primas do cancioneiro nacional. Por isso, fica fácil montar uma peça com músicas dele. A peça é composta de 37 canções de sua autoria, algumas cantadas, outras declamadas e/ou interpretadas.
O roteirista e diretor Márcio Azevedo acerta em escolher canções bastante conhecidas de Chico, em sua grande maioria, o que faz com que a platéia possa cantar, relembrar canções ou apreciá-las sobre um novo ângulo. A peça tem alguns altos e baixos, mas se tratando de canções do Chico Buarque, tudo é perdoável.
Para mim o grande momento da peça é quando chega às canções românticas. Escutar "Olhos nos Olhos", "Todo Sentimento" e "Atrás da Porta" em sequência é para maltratar todos os corações. Para quem não conhece tanto o repertório desse grande artista, vá ao teatro ou compre seus discos. Vai ser tudo de bom, aposto!
E para não dizer que não coloquei nenhuma música, deixo trechos das 3 músicas citadas...

Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
(Olhos nos Olhos - Chico Buarque)

Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.
(Todo Sentimento - Chico Buarque e Cristóvão Bastos)

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
(Atrás da Porta - Chico Buarque e Francis Hime)

É ou não é genial???

sábado, novembro 04, 2006

Amor meu grande amor

No post anterior, alguém (um anônimo, que não se identificou, mas gostaria de saber quem é!) falou sobre estar atento a novos amores. Eu concordo com isso. Acho que para amar, precisamos estar atento, olhando para os lados, tendo um feeling e, principalmente, estarmos abertos para esse sentimento. Sem essas coisas, não rola!
Acredito que o ser humano viva várias fases durante a vida. Tem fases em que queremos estar solteiro, aprontar todas, sair com amigos, beber, sair sem dar satisfação ou como eu gosto de parafrasear o Lenine, "hoje eu quero sair só". Em outros momentos, estamos sem ninguém e nos sentimos mal, abandonados, achando que as pessoas são todas umas fdps, que ninguém quer nada sério, que o mundo não tem jeito... Enfim, temos ainda mais fases, o ser humano é realmente complicado.
Viver é complicado, é foda, ou será que somos nós que complicamos tudo ou mesmo damos uma forcinha para isso acontecer? Seria tão bom se quando estivessemos procurando alguém, um amor, as pessoas que também procurassem tivessem uma pulseira, tipo aquelas de festas particulares, indicando que também querem algo sério. Ou mesmo uma camiseta estampada em alto relevo um "EU QUERO NAMORAR" ou um "EU QUERO CASAR". É, mas as coisas não são tão simples.
Já conheci pessoas que diziam que queriam algo sério, mas na verdade não queriam. Outras que são apaixonantes, falam de amor, mas basta o outro se aproximar, que vem a repulsão. Porém, em algum lugar, tem aquela pessoa. Sim, aquela que vc está esperando. Ela não está usando pulseiras ou camisas estampadas, porém está de alma e corpo aberto para amar. Pode estar te esperando ou se divertindo com as "pessoas erradas". Mas tenha certeza que se você procurar bem, a irá encontrar. Ela é perfeita? Hummm, não diria. Mas ela tem tudo para ser um grande e verdadeiro amor...

Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me sinta sem saber
Se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
Que tudo o que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver
Que eu seja a último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor, me reconheça

sexta-feira, novembro 03, 2006

Não amo ninguém

Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro

As frases acima são da música "Não amo ninguém", do Cazuza. Eu a conheci através da voz da saudosa Cássia Eller. Não amar ninguém e respirar o amor. Como seria isso? Eu me identifiquei com essa música por muito tempo.
Lógico que eu amo minha família, amigos, a minha vida... Porém, estou me referindo a outro amor. Ao amor carnal, curtir alguém. E eu, apesar de gostar de algumas pessoas, nunca tinha amado. E sempre fui muito romântico. Sempre sonhei amar, viver um amor cinematográfico.
Com o tempo, pude amar, mas de certa forma ainda me pego cantando e me identificando com essa música algumas vezes...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Procura-se...

Procura-se um amor. Sim, procura-se um amor. Mas não pode ser um amor de brincadeira, de mentirinha. Tem que ser um amor verdadeiro. Um amor maior. Amor daqueles de dar frio na barriga, de gerar ansiedade, de fazer revirar os olhos, passar noites em claro. Um amor que valha a pena ser chamado de amor. Amor de se doar. Amor de perdição. Amor de verdade.
Amor que é amor tem que ser correspondido. Tem que gerar sintonia. E sintonia fina, com ajustes ultra-preciso. Daqueles que quando se diz "eu te amo", ninguém tenha dúvida de que a afirmação é verdadeira. De que a afirmação é precisa. De que vem do fundo do coração. De alma para alma.
Baste de "eu te amo" todos os dias. O amor verdadeiro não é para ser banalizado. "Não se fala o santo nome em vão". Amor é para ser reverenciado. Chega de "eu te amo" para qualquer um. "Eu te amo o caralho!!!". É o mínimo que se deve dizer quando alguém diz um "eu te amo" em apenas alguns dias de convivência. Amor é uma coisa, paixão é outra. Se não sabe a diferença, viva mais. Amadureça. Corra atrás do prejuízo.
Procura-se verdades. Sem mentiras, pequenas ou grandes, intencionais ou não. Chega de generalizações. De sentimentos enlatados. De sentimentos pasteurizados. O amor é para pegar, sentir, colocar a mão na cumbuca. Se machucar, se sujar, se lambuzar, enfim, sentir, ser parte do processo. É fazer e acontecer. É viver. É amar sem medo de ser feliz!
Procura-se um amor grande hotel. Um amor para se bater no peito, impostar a voz, erguer a cabeça, se regozijar. Amor de uma vida. Amor de verdade.
Quem encontrar esse amor, por favor me diga, pois eu ainda não o encontrei!

Eu procuro um amor
que ainda não encontrei
diferente de todos que amei...
(Segredos - Frejat)

Como esta noite findará
E o sol então rebrilhará
Estou pensando em você
Onde estará o meu amor ?...
(Onde estará o meu amor - Chico César)

segunda-feira, outubro 30, 2006

Ciúme para mim é sintoma

Ciúme é um negócio complicado mesmo...

De tudo que já vi e vivi, as pessoas mais ciumentas são aquelas que, de duas, uma:

1. Já foram traídas.

2. Traem.

No primeiro caso, não tem jeito: gato mordido de cobra tem medo até de barbante. Não precisa nem ter sido traído diretamente por um parceiro, basta ter visto um dos pais ser traído ou coisa parecida. Uma infidelidade dessas é com toda a família, na medida em que fere e trai a confiança de todos, sejam parceiros ou filhos. Essa merda de ferida dói em todos e, se não for devidamente tratada, infecciona e provoca sequelas para a vida toda. A mais óbvia dessas sequelas é o ciúme doentio.

No segundo caso, o que ocorre é que, simplesmente, a gente tende a julgar e a interpretar os outros segundo a nossa própria realidade, sob a nossa "ótica" de vida. Nada mais natural do que a pessoa que trai e engana seu parceiro viver constantemente com medo de ser traído. Pimentinha é uma delícia (no rabo dos outros).

Mesmo quando o ciúme não chega a ser doentio ou originário dos casos citados anteriormente, não acho que seja uma coisa legal. Tem gente que até acha legal, de vez em quando, provocar um ciuminho no parceiro para manter a pessoa "esperta". Sinceramente, acho que existem artifícios melhores e mais construtivos de se conseguir isso.

Seja como for, para mim, o ciúme constante é um sintoma de algo que não está bem, seja na relação, seja numa tragédia de família mal digerida, seja em uma ferida infeccionada do passado, seja de um mau-caratismo do presente. Com exceção deste último, acho que é preciso se trabalhar internamente, reabrir e tratar as feridas antigas, até para impedir que outras pessoas paguem por cagadas com as quais não tiveram nada a ver. A análise pode ser uma boa opção.

Na hipótese do mau-caratismo presente, eu já acho que, sinceramente, ser escravo do ciúme e não conseguir confiar em ninguém é um dos preços que se paga por ser canalha...

sábado, outubro 28, 2006

In the name of love

Dando continuidade ao "tema da semana" (tá até parecendo aqueles programas de TV vespertinos), hoje quero abordar um lado mais dúbio do amor, que é o "agir em nome do amor". Coloquei no título a música "Pride" do U2 que fala sobre essa questão.
Por acaso, essa semana estava lendo sobre um caso famoso, que foi o caso do assassinato da modelo Ângela Diniz, pelo seu namorado na época, o Doca Street. Quando isso ocorreu eu não lembro, pois era novo ou nem havia nascido, sei lá, mas foi um caso que na época ele alegou que a matou por amor. Na época ficou famoso o bordão "quem ama não mata", usado pelas pessoas que queriam uma pena mais dura para o Doca Street.
O amor também gera ciúmes. O ciúme faz parte de qualquer relação aonde envolva amor. Entretanto, temos que tomar muito cuidado para não perder as rédeas desse ciúme e não exagerar. Tudo que é em exagero é ruim, saber dosar os sentimentos é a melhor coisa em qualquer relação. Além disso, o ciúme pode provocar reações muito ruins, principalmente se a pessoa tiver uma certa tendência a isso.
John Lennon foi morto por um fã. Selena, idem. Pessoas que diziam amar essas pessoas as mataram. Uma vez li que a linha que divide o amor e o ódio é muito tênue e concordo com isso. Saber distinguir em que lado estamos, é o que diferencia as pessoas.

One man come in the name of love
One man come and go
One man come, he to justify
One man to overthrow
In the name of love
What more in the name of loveI
n the name of love
What more in the name of love
One man caught on a barbed wire fence
One man he resist
One man washed on an empty beach.
One man betrayed with a kiss
In the name of love
What more in the name of love
In the name of love
What more in the name of love
Early morning, April 4
Shot rings out in the Memphis sky
Free at last, they took your life
They could not take your pride
In the name of love
What more in the name of love
In the name of love
What more in the name of love
In the name of love
What more in the name of love...

sexta-feira, outubro 27, 2006

"O medo de amar é o medo de ser livre para o que der e vier"

Irrefletidamente, poderíamos ler uma frase dessas e dizer, de bate-pronto: “É isso aí, tem que se jogar de peito aberto mesmo, sem medo de ser feliz!!” Ou então: “Medo de amar, EU?????”

Amar, na minha humilde opinião, implica uma entrega honesta de si mesmo, uma rendição sem máscaras ao outro e uma corajosa doação de si próprio.

Para entender melhor essa definição, vou citar algumas conseqüências dessa definição:

Amar o outro APESAR dos defeitos já não é o suficiente. É preciso amar TAMBÉM os defeitos (com exceção daqueles irreconciliáveis) e as pequenas imperfeições. As máscaras têm sua utilidade na selva do dia-a-dia. Mas, com a pessoa amada, se não há intenção de abandoná-las, ou se não há liberdade para isso, como poderia o amor evoluir para além da paixão ou do deslumbre inicial? Acho que isto é causa de muitas separações hoje em dia. As máscaras ostentadas durante o namoro não resistem à experiência do cotidiano e do ordinário.

Se dar ao outro e doar de si mesmo também é difícil. Difícil não, é FODA mesmo. Não dá mais para fazer só o que se quer. Um casamento não é um emprego de meio-expediente. Dois se tornam um. É óbvio que não é para ninguém se anular, mas o fato é que não dá mais para viver exatamente como se vivia antes. É preciso conciliar as manias e os jeitos, é preciso investir tempo, é preciso encontrar uma rotina que seja dos dois. Se doar, mas se doar de verdade, é tudo isso e muito mais.

Só para se ter noção do tamanho do desafio da doação, muitas vezes já é difícil ter a humildade para reconhecer que, na maioria das coisas de casa, não existe “certo” ou “errado”, mas sim o jeito da família de um e do outro. Ou alguém realmente acredita que haja uma norma internacional que ensine como pendurar uma porra de uma cueca no varal?? Se esse tipo de picuinha e de discussão pequena muitas vezes já ganha proporções capazes de sacudir um casamento, o que dizer das doações realmente difíceis de fazer, tipo assumir as dores e as mazelas da família um do outro, ou saber dividir de forma equânime a tarefa e as responsabilidades (hercúleas) de se criar os filhos.

Ainda tem alguém aí achando que se entregar à experiência do amor, sem medo, é mole?

Se entregar a esta experiência mais plena de amor pode ser uma experiência libertadora, mas é uma tarefa difícil. É trabalho para a vida inteira, muito, mas muuuuito para além das paixões adolescentes e dos amores de verão. É preciso coragem (ou seja, enfrentar os medos que podem sempre existir, na medida em que nos fazemos mais e mais vulneráveis e nus diante do outro). É preciso desprendimento e doação. É preciso amar muito.

Todo amor é sagrado!

Na música "Amor de Índio", Beto Guedes faz a afirmação acima. Na música, ele faz um tipo de ode à natureza, à liberdade e ao amor que é derivativo disso tudo. Porém, a frase, assim como a da música "Paula e Bebeto", do Milton Nascimento ("qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor valerá"), indicam uma certa "liberdade sexual".
Cada vez que escutava tais músicas, eu pensave nessa conotação sexual. Porém, acho que há algo a mais nas músicas, que é o amor incondicional. Aquele que pode surgir entre homens e mulheres, entre homens, mulheres, mãe e filho, pai e filho, amigos, enfim, sem ter a necessidade do cunho sexual. O amor é maior que isso!
Bem, essa é uma visão minha. Quero agora a opinião de vocês!

quinta-feira, outubro 26, 2006

O amor é fogo que arde sem se ver...

Bem, no post anterior, eu deixei algumas músicas de fora, meio que de propósito, para dar temas a novos posts. O Juquinha, talvez por estar acostumado a brincadeiras de músicas comigo, deu uma palhinha sobre a música que eu queria citar, nos comentários do post anterior.
"Monte Castelo", da Legião Urbana, se baseia na carta de São Paulo aos Coríntios. Porém, esse fato de se basear em algo já existente, em nada tira o brilho da originalidade da canção cantada e que foi um sucesso fenomenal da Legião (está no álbum "As quatro estações"). A citação da carta é lida em vários casamentos, talvez por falar do amor em várias situações. Essa não é nem de longe a música que mais gosto da Legião, banda da qual eu sou fã. Porém, ela representa bem o tema.
Portanto, "Monte Castelo", mais uma música sobre esse o amor!!!

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Tema de Amor

Continuando o tema, estava pensando como o amor é cantado em verso e prosa. Por isso, decidi lembrar de algumas músicas que citam esse tema. Lógico que se eu parasse e anotasse todas que lembrasse, elas seriam muitas. Afinal, para quem me conhece, sabe que isso seria fácil (o Juquinha deve lembrar das minhas longas brincadeiras de cantar uma música e emendar com outra que tenha a mesma música, né??? - risos). Mas eis algumas. E pessoal, por favor, me ajudem!!!

"Amor da minha vida, daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade..." (Cazuza)
"Amar sem medo de ser feliz, deixe o coração pedir bis..." (Banda Eva)
"Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir..." (Roupa Nova)
"Te amo e não quero te amar..." (Sandra de Sá)
"Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo..." (Isabella Tavianni)
"Deixa eu te amar, faz de conta que sou o primeiro..." (Agepê)
"Deixa eu dizer que te amo, deixa eu pensar em você..." (Marisa Monte)
"Nosso amor é lindo, tão lindo, nada pode ser mais lindo do que o nosso amor..." (Placa Luminosa)
"Mas como é grande o meu amor por você..." (Roberto Carlos)
"Eu sei que vou te amar, por toda minha vida eu vou te amar..." (Tom Jobim)
"O amor faz a gente enlouquecer, faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender..." (algum geupo de pagode...rs)
"Todas as cartas de amor são ridículas, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..." (Maria Bethânia)
"Quero amar você de todas as maneiras que eu puder sentir você..." (Gonzaguinha)
"O que é o amor, onde vai dar, parece não ter fim..." (Selma Reis)
"Agora eu posso argumentar se perguntarem o que é amar..." (Johnny Alf)
"O meu amor tem um jeito manso que é só seu..." (Chico Buarque)
"Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor valerá..." (Milton Nascimento)
"Fala que me ama, só que é da boca pra fora..." (Peninha)
"Por ser exato o amor não cabe em si, por ser encantado, o amor revela-se, por ser amor, invade e fim..." (Djavan)

Peguei algumas músicas só para citar como o tema é amplo. Estamos apenas começando...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Amor

Tem um tema que dá pano para manga, que é o amor. Eu quero poder escrever bastante sobre ele, pois o amor semanifesta sobre várias circunstâncias e funciona como um prisma, dependendo do lado que se vê, podemos enxergar coisas diferentes.
Porém, como estarei ausente quase toda semana e estou postando na madrugada, quero deixar uma frase de uma música, para iniciar a polêmica:
"O medo de amar é o medo de ser livre para o que der e vier"
Eu tenho minha opinião sobre essa frase. Querem saber? Aguardem!!! E a de vocês???

sexta-feira, outubro 20, 2006

As meninas mais lindas do mundo - Parte III - Juliana (Juju)


Eu pensei em colocar no título Juliana Costa, mas me lembrei que a Juliana abaixo tb é Juliana Costa. Não é parente, é uma amiga, mas até nisso temos essa coincidência. O momento agora é de falar da Juliana, ou Juju, minha sobrinha e futura afilhada. Quem lê o blog já sabe que ela é muito importante para mim, porém ainda não havia postado a foto dela por aqui, só no orkut.
Portanto, vocês irão reparar que a beleza é coisa de família (?!?!?!) e que eu sou um tio coruja mesmo! Pronto, falei! rs
Com vcs, a Juju, que tem quase dois meses, mas já vem mostrando a que veio em tão pouco tempo!

As meninas mais lindas do mundo - Parte II - Juliana


Em seguida, mas absolutamente não menos importante e poderosa que a Julinha, vem a mamãe, em uma foto com o papai e o tio Jorge!

(Agora é a deixa do tio Jorge colocar uma foto da prima Juliana né, filha? Né, tio Jorge???)