domingo, agosto 31, 2008

Mari x Dunga

Sei que estou um pouco atrasado para falar de Olimpíadas. A maior festa do esporte mundial já terminou há uma semana, mas muitas coisas legais foram vistas e lições foram aprendidas. Além disso, acredito que a justiça foi feita. E ela veio no vôlei feminino.
Olimpíadas de Atenas, 2004, semifinal do vôlei feminino, Brasil x Rússia. Quarto set, Brasil ganhando por 2 sets a 1, placar de 24x19 para o Brasil. Cinco chances de fechar direto o set e o jogo, partindo para então uma inédita final olimpíca. Até então a Olimpíadas de Atenas tinha um nome no vôlei feminino: Mari. A então jovem de 21 anos vinha arrasando em todos os jogos, atuando como oposta no time do Brasil. Porém, no momento decisivo, Mari erra 2 bolas e o resto todos sabem. A Rússia ganha o quarto set, leva o jogo para o tie-break e carimba a vaga para a final olimpíca. A equipe não consegue explicar o "inexplicável" e dois nomes vão diretamente para a cruz: José Roberto Guimarães, técnico da seleção e Mari, a jovem oposta.
Vale lembrar que nessa mesma semifinal, a Mari marcou 37 pontos. É praticamente um set e meio só de pontos dela. São muitos pontos, mas ela falhou em 2 momentos decisivos. Enfim, só erra quem tenta, né? 4 anos depois, a mesma Mari volta mais madura, com uma nova posição, agora ponteira passadora e faz uma bela Olimpíada, coroando o trabalho de 4 anos da seleção, que foi vista como amarelona. E como disse o técnico José Roberto Guimarães, um dos maiores "culpados" pelo fracasso em Atenas, elas amarelaram nessa Olimpíada, mas foi um amarelo OURO. Parabéns as meninas e toda comissão técnica. A seleção venceu e convenceu!
E por esses motivos acima, a Mari me lembrou o Dunga (por favor, o jogador e não o técnico. Vamos esquecer que ele é "técnico" da Seleção de Futebol Masculino, OK?). Na Copa do Mundo de 1990, Dunga foi taxado de culpado pela derrota e fracasso do Brasil. Já em 1994, foi o capitão que depois de 24 anos, ergueu a taça do mundo para o Brasil e foi considerado um dos maiores ídolos nacional da década de 90. Foi uma volta por cima em grande estilo.
Acredito que o caso da Mari ainda seja mais brilhante, porque ela em nenhum momento foi uma má jogadora na Olimpíadas de Atenas. E em Pequim, ela foi consagrada. Antes disso, no Grand Prix de vôlei, foi eleita a melhor jogadora do mundo. Enfim, são títulos que fazem jus a todo o trabalho dessa jogadora. Vejo que o destino fez justiça em um dos casos mais amargos do esporte nacional. Ainda bem! Agora só espero que a Mari não queira virar técnica da seleção daqui a alguns poucos anos... hehehe

segunda-feira, agosto 18, 2008

Aniversário Diferente

Dia 12 foi meu aniversário. Esse ano quis fazer comemorações, mas não havia planejado fazer nada especial no dia mesmo, pois caía numa terça-feira, que não é o melhor dia para se organizar uma festa. Porém, como muitos familiares queria vir me dar um abraço, decidi em cima da hora - pra variar, comprar bolo, refrigerante e salgadinhos. Festa formada... rs
Porém, como esse meu ano tem sido um ano no mínimo diferente, a festa não poderia ser tão ortodoxa. Nesse meio tempo, a eletricidade acaba. E somente minha avó havia chegado. Mais ninguém. Moro no quinto andar, tinha que descer para buscar as encomendas, receber os convidados... Tudo à luz de velas e subindo e descendo as escadas com velas na mão.
Como vocês podem imaginar, a festa foi um tanto quanto diferente. Tinha separado DVD's para mostrar pra família, fotos de viagem, mas enfim, nada saiu como planejado. Quer saber? Ainda bem. Foi tudo muito legal, divertido, inesperado. Assim como tem sido minha vida. Nada acontece por acaso. E as coisas só acontecem quando e da forma que tem que acontecer!!!
Então agora me vejo com 32 anos, muito mudado, evoluindo, estudando, buscando novos desafios, enfim, mudando, ousando... E isso é muito bom. É um momento muito rico e diferente. E do jeito que foi a festa, só me resta esperar que coisas diferentes e surpreendentes venham a acontecer... Mas com sentimentos muito agradáveis!!!

segunda-feira, agosto 11, 2008

Dia dos Pais

Ontem, domingo, dia 10/08, foi Dia dos Pais. Amanhã, dia 12/08, é meu aniversário. Ano passado comemorei no Dia dos Pais (esse ano é bissexto). Não é legal comemorar o aniversário num domingo e ainda tendo que concorrer com o Dia dos Pais. Muitos amigos passam o dia com a família, outros viajam para ver seus pais, enfim, é um final de semana familiar.
Como um bom leonino, não gosto de dividir meu aniversário. Concorrência é fogo. Melhor comemorar em outro dia, sem ter que disputar com os pais...
Mas a grande verdade é que, tirando esse problema, nunca tive problema em dividir meu aniversário com essa data. Não foi a primeira vez e espero que não seja a última. E o motivo disso foi o fato de eu não saber muito bem o que é ter um pai.
Dia das Mães eu entendo. Compreendo restaurantes cheios, lojas abarrotadas de pessoas querendo comprar presentes, eu mesmo me preocupando com lembranças, almoço etc. Mas Dia dos Pais eu nunca entendi. Infelizmente.
Meus pais se separaram e eu tinha apenas 5 meses de idade. Como era de se esperar, a separação não foi nada amigável. E eu, apenas um bebê na época, não pude discernir e deixar de ser parcial na situação. Cresci vendo meu pai como vilão. Não que ele fosse um mega vilão, mas também nunca teve tendência para mocinho (ao menos pela minha visão).
Hoje eu acredito que ele tenha suas qualidades. Minha irmã, que na época tinha 5 anos de idade, conseguiu ver algumas. Mas eu não consegui dar chances como minha irmã deu. Não tive tal discernimento, quiçá essa opção mesmo. E por mais que ele se esforçasse - o que devo confessar, foi com muito pouca intensidade -, não consegui me aproximar. Lembro-me que quando era pequeno, eu não tinha nenhuma vontade de sair com meu pai. Nem dei muita chance para aproximações. Porém, eu era uma criança.
Com o tempo fui crescendo e o que vi do meu pai, mesmo ainda sobre a visão e mágoa da minha mãe e da minha infância, não foi nada agradável. Até que um dia, aos 15 anos, decidi romper com esse vínculo na minha vida. Se fiz certo? Sinceramente não sei. Mas eu tinha que tomar uma atitude. E como tomar a atitude certa aos 15 anos de idade? Opiniões se dividiram, pessoas que eram contra passaram a ser a favor com o tempo, outras ficaram imparciais, enfim, apesar de tudo, a decisão cabia a mim e deixei isso claro.
Hoje, às vésperas de completar 32 anos, ainda não tenho uma opinião formada sobre meu pai. Não posso dizer que tenho raiva dele nesse momento, coisa que já tive. Sei que ele foi um bom homem em certos momentos, um mau homem em vários outros. Foi justo, injusto, pecou, enfim, foi um homem com seus erros, acertos, qualidades e defeitos. Ainda é, mas não sei dizer muito sobre meu pai. Acho que é porque eu não sei o que é isso: pai. Uma palavra tão pequena, 3 letras, 1 sílaba, que parece tão simples, mas que eu não compreendo. Quem eu julguei, convivi pouco, tive meus problemas foi um homem e não um pai, sobre minha visão.
Hoje mesmo passei boa parte do Dia dos Pais na família de um amigo e nem lembrei de desejar Feliz Dia dos Pais ao pai do meu amigo. Tenho vários amigos que são pais e nem os homegeei ou mesmo os invejo por serem pais. Não é intencional. Ainda hoje, às vésperas dos 32 anos, eu não saiba muito bem o significado, a importância e o valor da palavra pai. Um dia, quem sabe? Senão fica como dever de casa para uma próxima oportunidade...

segunda-feira, agosto 04, 2008

Enfim, agosto

Pois é, agosto chegou. Muitos não gostam desse mês. Dizem que é o mês do cachorro louco, com tragédias, além de ser inverno! Mas para mim esse mês tem um significado especial: é o mês do meu aniversário. Não só meu, mas de vários amigos, como o Rodrigo, e da minha sobrinha-afilhada Juliana.
E esse ano ainda tem Olimpíada. Pra mim, é a melhor competição esportiva. Sei que Copa do Mundo é algo maneiríssimo, pois se vê uma comoção no país, mas a oportunidade de ver os melhores atletas do mundo todos juntos, isso não tem preço!!!
E agosto chega com muitas coisas boas, novidades e dando um ar de que será um mês muito bom. Estou confiante, entusiasmado, com fé em coisas boas. Então vamos deixar a superstição de lado e curtir tudo de bom que esses próximos dias nos trazem! A Lua está em Leão... As feras estão à solta!!! hehehe

domingo, agosto 03, 2008

Pra declarar minha saudade

Desde o final do ano passado, um CD que tenho ouvido insistentemente é o "Samba Meu", da Maria Rita. Sou um fã do trabalho dela, mas esse último CD é algo incrível. A cada hora que passa eu gosto mais de uma música. Mas a música que mais me toca há algum tempinho é uma de autoria do Arlindo Cruz, intitulada "Pra declarar minha saudade".
Na época do lançamento do CD, lembro que li uma crítica um pouco negativa quanto ao fato de metade do disco praticamente ser de músicas de autoria do Arlindo Cruz. Eu também achei demais. Mas essa opinião só perdurou até eu escutar o CD. As canções do Arlindo Cruz são as melhores. Letras maravilhosas, músicas idem. É um samba pra ninguém poder colocar defeito. Eu adoro tanto esse CD (que aliás ganhou o Prêmio Multishow como melhor do ano) que, com a licença da Maria Rita, já é um Samba Meu. Porém, como não sou egoísta, divido com todos. Quem não ouviu, não sabe o que tá perdendo.

Pra declarar minha saudade - Maria Rita

Fiz uma canção
Pra declarar minha saudade
Do tempo em que a alegria dominou meu coração
Eu era bem feliz
Mas desabou a tempestade
Levando um lindo sonho pelas águas da desilusão
Eu fiz uma canção
Pra decalrar minha saudade
Usei sinceridade que
Me dá certeza que você
Quando ouvir
O meu cantar,
Vai se lembrar que deixou
Do lado esquerdo do meu peito essa dor
Que tá difícil de curar
Tenho certeza que você
De onde ouvir
Meu soluçar em forma de uma canção
Vai se lembrar que nosso amor é tão bom
E que pra sempre vai durar

sexta-feira, agosto 01, 2008

Falta de amor

Conheço várias pessoas que tem dificuldade de se relacionar com outras. E tenho reparado que todas elas tem um ponto em comum: há algo falho em termos de amor e carinho na infância. Pais que se preocupam muito com carreira, preferem um filho a outro, não sabem se relacionar e demonstrar carinho, afeto, amor... Esses sentimentos são muito importantes em qualquer fase da vida, mas é na infância que formamos muitos valores e conceitos. Se algo for muito errado, o estrago está feito. Não sei se por toda vida, pois todos podem mudar (terapia está aí pra isso), mas que isso acarretará problemas e sofrimentos, isso sem a menor dúvida.
Eu acho isso muito triste. Às vezes a pessoa é bonita, super bem-sucedida em sua carreira, mas tem sempre uma falta nesse termo: não consegue ter relacionamentos sadios e duradouros. Pela falta de amor, ela acaba ficando carente e acha que sempre vai faltar amor. Daí vem as desconfianças, a necessidade de se sentir amado, desejado, querido e respeitado 24 horas por dia. Convenhamos: ninguém consegue amar 24h/dia.
Portanto, acredito muito na força da formação de pessoas na infância. A criança tem que ser amada, educada e saber ter limites. Palavras como respeito, educação, carinho, afeto, limites e companheirismo devem sim estar entre as mais importantes! Dessa forma, teremos adultos mais centrados, mais inteiros e mais felizes.