terça-feira, setembro 30, 2008

Conhecer por inteiro

Esse final de semana revi um filme que gosto bastante: "Corações Apaixonados". Em um certo momento do filme, uma personagem fala que nunca iremos conhecer uma pessoa por inteiro, seja essa pessoa um filho, um amigo, um marido... Mas que isso não era importante. O que importa realmente é poder conhecer a pessoa de uma forma boa, intíma, mas sem querer fazer parte integralmente, querer saber todos os desejos e anseios, os mais escondidos mistérios.
Acho que devemos nos tocar disso pra poder viver melhor. Já teve tempo em que eu queria conhecer as pessoas o máximo possível. Hoje sei respeitar o grau de privacidade de cada um. Tem pessoas que se mostram demais. Outras de menos. Tem pessoas que podem até se mostrar bastante, mas são coisas superficiais, banais. E, ao mesmo tempo, uma outra falar pouco, mas quando fala, se abre e mostra coisas bacanas, que valem a pena saber, compartilhar...
Não é a quantidade que conta e sim a qualidade. Além disso, é importante que as confissões, o ato de partilhar confidências, sejam de maneira espontânea. Tipo: "olha, eu tô te contando isso porque confio em você e quero compartilhar". Isso vale muito a pena.
Acredito que dessa forma não estamos nem mesmo perto de conhecer uma pessoa por inteiro. Bobagem. Pra que isso? Não é necessário. Porém, assim, estaremos indo em um grau de intimidade muito grande. E se formos até lá, foi porque fomos convidados. Isso sim, é um ato de confiança!

sexta-feira, setembro 05, 2008

Eu e Bono Vox

Na última quarta-feira decidi ir assistir ao filme U2-3D nos cinemas. `Para quem não sabe, o filme nada mais é que um registro dos shows ocorridos em Buenos Aires e São Paulo, filmados em 3-D. Portanto, coloquei os óculos no rosto e embarquei na vibe do grupo.
O U2 veio duas vezes ao Brasil para fazer shows. A turnê Pop Mart passou pelo RJ e SP e a do Vertigo apenas por SP. Eu vi as duas e posso dizer que sou um fã da banda. Na minha opinião, o U2 é a maior banda da atualidade. Sim, sei que temos várias bandas legais, com mais história (vide Rolling Stones), porém o U2 consegue reunir tantas qualidades que eu os acho imbatíveis.
O filme é um presente aos verdadeiros fãs. Ao contrário do documentário Rattle and Hum, onde eles mostravam bastidores e outras apresentações da banda, não necessariamente em ginásios, esse filme atual é o registro (com seus cortes, claro) da turnê do Vertigo. Portanto, não esperem entrevistas e outras coisas comuns nesse gênero. É puro rock, com o U2 fazendo o que sabe de melhor: dando um show!
E o melhor disso tudo é que estamos na platéia, no palco, lado a lado com Adam Clayton no baixo, quase tocando guitarra com The Edge, por cima da bateria de Larry Mullen Jr e cara a cara com Bono Vox. Isso tudo acontece devido ao efeito 3D. É muito bacana, chega a emocionar...
E por falar em emoção, o show tem vários momentos emocionantes. Destaco aqui um: o momento no qual eles tocam "Sometimes you can´t make it on your own". É a minha música favorita do último CD (How to dismantle an atomic bomb), no qual a turnê é baseada. Essa música o Bono escreveu para o pai, que veio a falecer logo em seguida. Ganhou vários prêmios, incluindo o Grammy de melhor canção. Para quem lê o blog, pode parecer contraditório à primeira vista eu eleger como o melhor momento do filme a parte em que ele canta uma canção que fala sobre a sua relação com o pai. Mas acredito que essa música, aliada à emoção do Bono, me dão uma sensação de amor, arrependimentos e saudades tão grande que ela consegue me pegar de jeito.
Aproveito e dedico essa música e o post a um grande amigo meu, que é um grande fã da banda e passou por algo parecido recentemente: Lixo, essa é tua!

Sometimes you can't make it on your own - U2

Tough, you think you've got the stuff
You're telling me and anyone
You're hard enough

You don't have to put up a fight
You don't have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight

Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone

And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own

We fight all the time
You and I...that's alright
We're the same soul
I don't need...I don't need to hear you say
That if we weren't so alike
You'd like me a whole lot more

Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone

And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own

I know that we don't talk
I'm sick of it all
Can - you - hear - me - when - I -
Sing, you're the reason I sing
You're the reason why the opera is in me...

Where are we now?
I've still got to let you know
A house still doesn't make a home
Don't leave me here alone...

And it's you when I look in the mirror
And it's you that makes it hard to let go
Sometimes you can't make it on your own
Sometimes you can't make it
The best you can do is to fake it
Sometimes you can't make it on your own