domingo, dezembro 17, 2006

Alma

Bem, tem quase uma semana que estou para escrever esse post, mas o fato foi que essa semana foi mega corrida e não deu tempo de escrever muito. Portanto, já esqueci alguns detalhes que queria falar sobre assuntos, porém o tempo permite que depuremos algumas informações, outras sedimentem e outras se transformem. Então, não é de todo ruim esperar. Basta sabermos tirar o melhor dessa situação.
Ontem fui ao Vivo Rio assistir ao show da Simone e Zélia Duncan. E elas cantaram um medley de Alma interpretada pela Simone (que no show foi cantada pela Zélia) e Alma interpretada pela Zélia (no show cantada pelas 2). Apesar de mega fã da Zélia Duncan, eu gosto mais da música Alma da Simone. Mas vale a pena conferir ambas.
Depois de tanta Alma, decidi que era hora realmente de escrever sobre a peça "A Alma Imoral", que tive o prazer de assistir semana passada. Essa peça é uma adaptação da Clarice Niskier para um livro de Nilton Bonder. O autor é um rabino que tem função de líder espiritual na Congregação Judaica do Brasil.
Eu retirei de um site algo que sintetiza bem o que quer dizer o livro:

"Para Bonder, a alma é o elemento do próprio corpo que está comprometida com alternativas fora deste corpo. E, enquanto o corpo forja a moral para garantir sua preservação através da procriação, a alma engendra transgressões. Esta alma que questiona a moral, assumindo-se muitas vezes imoral, é apresentada através de incontáveis transgressões em textos e conceitos antigos."

Como não li o livro, vou me concentrar mais nos meus comentários que eu vi no palco. Tudo funciona muito bem, pois a peça, apesar de aparentemente muito difícil, flui muito harmonicamente no palco. Méritos para a Clarice e Amir Haddad.
A peça toca em pontos que já discuti aqui no blog, como a traição e a tradição. O que seria a traição? Quais as regras que devemos seguir? Acho que a peça no fundo diz que devemos seguir nossos caminhos através de nossos valores, conceitos e ideais. Isso é, seguir nossa alma!
Uma frase que foi falada no texto me deixou maravilhado. Era mais ou menos assim: "Existe maior solidão do que a ausência de si mesmo?" Para mim, realmente não tem. Ausentar-se de si mesmo é seguir valores de outros, obedecer regras que são falhas, não agir de acordo com os desejos, enfim, não ser o que deseja pelo simples fato de ter medo, faltar coragem ou então subestimar seu próprio potencial. Nessa época de fim de ano, onde todos pensam já no ano que está chegando, fazendo votos para amigos, só me resta desejar muita alma para todo mundo!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Queridoooo!
Saudades de vir aqui, mas o fato é que este periodo é meio conturbado para mim.
Adorei seu texto para variar e gostaria que vc fizesse uma lista das pecas boas que eu TENHO que assintir nessa curta temporada carioca.
Faz isso para mim, por favor?
hehehehehe
Abs