sexta-feira, junho 29, 2007

Etapa vencida

É, cá estou eu aqui mudando de emprego de novo!

Em Julho de 2005, quando chutei o pau da barraca e pedi demissão de um bom (não chegava a ser ótimo) emprego no setor privado, até que me virei melhor do que a encomenda. Afinal, em meros seis meses, já estava empregado pelo Tio Lula (argh...).

Não era um cargo público que me oferecesse uma boa carreira, nem uma promessa de desafios e realização profissional. O salário era razoável, mas também nada de mais.

Mas sou obrigado a reconhecer que foi graças a Deus que essa oportunidade apareceu. Passei em outros concursos depois disso mas as convocações, por melhor colocado que o sujeito esteja, podem demorar. E, de fato, demoraram.

O importante hoje, neste meu último dia de servidor público antes de me juntar à (grande) família dos petroleiros, é olhar para trás e reconhecer que valeu a pena. Aprendi muita coisa interessante, descansei muito nesse período (até demais...), conheci pessoas novas, tive tempo para me dedicar ao meu mestrado e à minha família e, de lambuja, ainda paguei minhas contas.

Agora, vida nova! Tenho realmente esperança de estar chegando onde preciso e devo chegar neste emprego. Foi muito corajoso/burro da minha parte ter dado esse salto no vazio, mas se ficar trocando de emprego a vida toda também não vou chegar a lugar nenhum. Já está na hora de voltar a construir o meu nome e a minha carreira em um lugar sólido e que seja para ficar.

Vida nova! Que venha a novidade! Que venha mais uma fase de aprendizado intenso! Que venham pessoas boas e companheiras e, quem sabe até, novos amigos do peito?

Até superar o ciclo inicial de palestrinhas de ambientação, instalação de ramal, configuração de e-mail, etc, talvez fique um tempinho sem me fazer muito presente por aqui. Mas eu volto!

Fui!

Músicas que me tocam - 24

Ontem me deu vontade de ver o primeiro DVD da Maria Rita, só para escutar "Tristesse", música do Milton Nascimento que ela registrou no seu primeiro DVD. No segundo DVD ela não canotu, mas com o passar do tempo, ela voltou a cantá-la. É emocionante escutar essa música. Conheço 3 versões dela: uma do Beto Guedes com a Paula Toller, outra do Milton com a Maria Rita e outra somente ela. Essa última é a que mais gosto.
Acho a interpretação da Maria Rita fantástica nessa música. Uma voz perfeita, interpretação idem, dá para sentir a emoção dela ao cantar. Demais da conta!
Ontem eu citei uma música que fala sobre o amor, estar feliz por estar amando. Já essa é o inverso: um amor que se acaba, ainda pior, que só se acaba para um. Isso é muito triste. Enfim, são músicas que registram momentos muito sofridos que não queremos que aconteçam, mas a vida é assim, nos pega de surpresa e nos faz passar e encarar coisas que achamos que não temos forças.
Para essa sexta-feira chuvosa e nebulosa, "Tristesse"!

Tristesse - Milton Nascimento

Como você pode pedir
Pra eu falar do nosso amor
Que foi tão forte e ainda é
Mas cada um se foi
Quanta saudade brilha em mim
Se cada sonho é seu
Virou história em sua vida
Mas prá mim não morreu
Lembra, lembra, lembra, cada instante que passou
De cada perigo, da audácia do temor
Que sobrevivemos que cobrimos de emoção
Volta a pensar então
Sinto, penso, espero, fico tenso toda vez
Que nos encontramos, nos olhamos sem viver
Pára de fingir que não sou parte do seu mundo
Volta a pensar então
Como você pode pedir...

quinta-feira, junho 28, 2007

Músicas que me tocam - 23

"Pensar em você" é uma música que eu gosto muito, desde que escutei pela primeira vez. No único show que eu vi do Chico César, o autor da música, ele não a cantou. Minha vontade foi de subir ao palco e ordenar que ele cantasse essa música. Como é que eu, em São Paulo, vou ver um show dele e ele não canta sua melhor composição??? (pelo menos na minha modesta opinião)
A Daniela Mercury regravou a música, mas surpreendentemente, gosto mais da versão original (apesar de ter visto o show do Chico César, não sou seu fã, fui porque era junto com o Moska, que eu adoro).
Mas a música continua linda, seja com quem for cantando. É uma poesia linda.
Uma música simples, letra fácil, que diz bem ao que veio.

Pensar em Você - Chico César

É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você

Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo

Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo

quarta-feira, junho 27, 2007

Começando bem o dia!

Hoje logo cedo fui a minha consulta com a nutricionista. Medo! Desde a última consulta, eu abusei um pouco do consumo de doces, pizzas, massas e afins...
Porém, mesmo assim, eu continuei fazendo exercícios (nada aeróbico, diga-se de passagem) e fazendo minha dieta - na medida do possível.
E então, após ela medir minhas dobrinhas, foi constatado que eu estou com o mesmo peso, porém perdi quase 2Kg de gordura e ganhei o mesmo valor em massa muscular. Ufa, que alívio!
Depois dessa, prometi que irei frear um pouco o consumo de coisas engordantes e voltar a dar uma corridinha. Agora, a ordem é acabar com a barriguinha (é pouca, mas existe).
Enfim, tenho que ter dedicação em todos os meus projetos: trabalho, estudo, malhação e por aí vai...
Verão 2008, me aguarde!!! hahahahaha

terça-feira, junho 26, 2007

Pensamento do dia

Se aqueles playboyzinhos de bosta que espancaram uma moça na rua este final de semana fizeram isso por achar que ela era uma puta, imagine o que devem fazer com as mães deles!

PS: A essa altura, deve tá todo mundo virando mulherzinha na cela, que beleza!

PS2: Os babacas ainda tiveram que apagar seus perfis no Orkut, pois estavam recebendo muitas ameaças de morte, estupros e outras cositas más. Tadinhos...

Padrinho

Nesse final de semana eu recebi um convite para ser padrinho de casamento. Esse foi o quinto convite para ser padrinho de casamento e nem por isso pensei que era mais um convite apenas. Eu particularmente adoro. Acho que é uma situação ímpar, que representa uma consideração enorme.
Ser convidado para ser padrinho é uma forma de coroar uma amizade, abençoando um casal ou uma criança, no caso de batismo. Eu já fui padrinho de 4 casamentos: da minha irmã, do Mauro, da Juliana (com o J.) e da Dayanne. Todos esses amigos do meu período no curso de Engenharia Química. A Rachel, que me convidou nesse final de semana, para seu casório com o Chris, não é bem do meu período na UFF, mas convivemos grande parte do curso. E criamos um laço de amizade muito grande.
A UFF ainda me proporcionou ser padrinho da filha da Esther, também do meu período, a Valkíria. Ela hoje é uma linda menina de 10 anos. Tenho ainda o Mateus, filho do meu primo, e a Juju, filha da minha irmã. Além de ser padrinho de consagração do Renato, meu primo.
Enfim, são muitos afilhados e eu tenho muito orgulho disso. Isso reflete o grau de amizade, me mostra que sou querido e que sou cercado de pessoas muito boas e que gostam de mim.
Espero poder sempre ajudar esses amigos em suas vidas. E poder estar sempre mantendo essas amizades. Algumas evoluem bastante, como foi o caso do J., que veio "agregado" à Juliana.
O tempo vai passando e a gente vai conhecendo mais pessoas. Espero ainda poder ter mais alegrias de ser chamado para ser padrinho.
Dedico esse post a Rachel, que é uma grande amiga, muito querida mesmo, e que merece muito ser feliz. E que bom que eu vou poder abençoar essa união...

segunda-feira, junho 25, 2007

Cansaço


Hoje é segunda-feira, Dia Internacional da Preguiça. Apesar disso tudo, tenho reparado que estou cansado há dias. O fato é que tenho andado cansado. É um cansaço não só físico. Tem algo a mais.

Eu já não tiro férias desde início de 2005. Peguei um ritmo frenético na empresa desde então. Dois novos gerentes, mega desafios, enfim, foi uma barra e escapei ileso. Será mesmo? Nesse meio-tempo tive crises fortes de stress, muita dor de cabeça, minhas crises de sinusite voltaram, não consegui concluir meu mestrado... Por outro lado, voltei a malhar, melhorei pelo menos aparentemente, me cuidei mais em termos estéticos, conheci pessoas, me diverti, viajei bastante, fiz coisas que queria fazer...

Mas o fato é que todos precisam dar uma parada. Relaxar. Fazer algo diferente de trabalhar. Daqui a 20 dias estarei de férias. Estou na contagem regressiva. Apesar desse cansaço, tenho que fechar o mês (parece que vai fechar bem, pelo menos), programar o mês de julho (isso ainda não está tão bem assim), ir a São Paulo e Arapongas/PR e fazer um treinamento de representantes na fábrica (essa tarefa é mega cansativa).

As 2 primeiras semanas de férias vão ser dedicadas ao Pan. Adoro esportes e não poderia perder isso na minha cidade. Mas esse é tema para outro post. Não vai dar para descansar muito, mas só o fato de desligar um pouco o cérebro das minhas metas, dos meus desafios no trabalho, dos clientes e representantes por 20 dias, já será um descanço grande.

Todos necessitam descansar. Deus não tirou o sétimo dia para descansar? Pois é, está chegando minha hora.

Mas voltando ao cansaço, acho que ele tá também atrelado a outras coisas, como o fato de não ousar muito, não ter coragem de mudar minha vida em coisas que eu sei que posso. O J., por exemplo, sempre me aconselha a fazer concursos. E eu não tenho a determinação que ele tem. Mas será que eu não tenho ou não quero? É, acho que meu momento não tá me permitindo me dedicar 100% a algo. Mas estou começando a mudar. Aos poucos, mas estou me mexendo para espantar esse cansaço. Estou revendo meus planos e decidido a encarar alguns fantasmas. Tudo isso com bastante responsabilidade.

Acho que estou no caminho certo. Mais sossegado, mais sereno, adquirindo forças para espantar esse cansaço que me cerca. Decidi trabalhar com dedicação até sair de férias, procurar um curso de espanhol para o mês de agosto, fazer conversação em inglês e vou fazer concurso. Há muito tempo não faço uma prova, quero me reacostumar com isso.

Chega de preguiça!

Chega de mais do mesmo!

Chega de somente prazeres imediatos!

Chega de falta de planos!

Chega de cansaço!!!


"Estive cansado

Meu orgulho me deixou cansado

Meu egoísmo me deixou cansado

Minha vaidade me deixou cansado

Não falo pelos outros

Só falo por mim

Ninguém vai me dizer o que sentir."


(Soul Parsifal - Legião Urbana)

domingo, junho 24, 2007

Tã-Tã

Hoje morri de rir ao ler a coluna do Artur Xexéo na Revista do Jornal O Globo. Ele contava sua tentativa de embarcar para Nova York por uma certa companhia aérea que ele chamava de Tã-Tã (qual será, hein???).
Ele conta que chegou às 3h40, para tentar embarcar 6h40 e depois de ficar a manhã toda, não conseguiu ir. Uma pessoa da companhia aérea chegou a dizer que iria tentar colocá-lo em um vôo às 11h para São Paulo e de lá, embarcar para Nova York. Detalhe: no vôo das 23h. Super normal, né???
Enfim, não foi só eu que sofri na mão da Tã-Tã.
E minha mala continua perdida...

sexta-feira, junho 22, 2007

Músicas que me tocam - 22

É impressionante como agimos igual aos nossos pais. Algumas coisas são genéticas, outras se adquirem com a convivência. Mas muito de nosso comportamento vem de nossos espelhos. E, quando criança, esses espelhos normalmente são os pais. A influência deles em nossas vidas é muito grande.
Eu, mesmo não sendo criado pelo meu pai e tendo convivido com ele muito pouco, tenho algumas semelhanças em gestos e ações (além de algumas semelhanças físicas, lógico) que não são tão explicáveis. De minha mãe então, nem se fala. Com ela aprendi a gostar de muitas comidas, a não gostar de outras, a falar rápido quando agitado... E muitos dos meus valores me foram passados por ela. O que desaprendi ou aprendi a mais, foi pelo caminho.
Apesar do avanço, da modernidade dos dias de hoje, nós ainda somos na maioria das vezes, muito caretas e conservadores. E isso tudo vem também de nossos pais, que nos educam de uma forma a sermos bons para o meio social, agindo de uma forma mais padronizada, diria até pasteurizada. Desgarrar-se disso tudo é necessário, porém perigoso, pois tem de se ter um limite para também não achar que tudo é válido em nome da liberdade, da independência!
Como nossos pais, música composta por Belchior na década de 70 e eternizada na voz de Elis Regina (apesar de muitos já a terem gravado), continua sendo muito atual. Nós ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais. Alguém duvida???

Como nossos pais - Elis Regina

Não quero lhe falar meu grande amor
das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar,
eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida
de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu 'tô por fora', ou então que eu 'tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia
de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
como nossos pais

quinta-feira, junho 21, 2007

Protesto na Copa América?

Estava viajando, imaginando que protesto maneiro eu faria na Copa América, na casa do proto-ditador Chávez, caso fosse um jogador da Seleção Brasileira. Cheguei ao seguinte cenário:

Robinho faz um gol e, na comemoração (televisionada para metade do planeta), levanta a camisa da seleção e mostra outra camisa por baixo, com a foto do Che e um balãozinho onde se diz "Viva la libertad de expressión! Viva RCTV!"

No segundo gol, o Wagner Love mostraria uma outra camisa, com uma figura do Bolívar e outro balãozinho, dizendo "También quiero RCTV!"

Ia ser show, né? rsrsrs

Robot Chicken Star Wars Special

Hahahahaha, muuuuuuuuuito bacana o episódio dessa semana do Robot Chicken. É um programa que começou meio alternativo nos EUA, mas que já caminha para virar sucesso nacional, produzido, entre outras cabeças, pelo Seth Green (aquele da Buffy). É uma animação stop-motion com bonecos, massinha e computação gráfica, muito engraçada. Estão sempre satirizando alguém com um humor e uma criatividade a toda prova. O alvo dessa semana foi a série Star Wars, e até o George Lucas entrou na brincadeira. Para quem fala Inglês, é uma excelente pedida (não tem legendas). Os links estão na barra aí ao lado.

"What the hell is an Alluminum Falcon?!?!" Kwaaaaaaakwakwakwakwakwakwa!!!!!

Liberdade e responsabilidade

Realmente nós somos, desde cedo, bombardeados com proibições e com uma didática fundamentalmente baseada na negação de determinados comportamentos e idéias. Concordo que muito melhor nos faria ser educados de uma maneira mais afirmativa, em que bons valores (ou virtudes) nos fossem ensinados de uma forma menos "enquadrante" e mais construtiva do que a que vemos por aí. Convém lembrar que é graças a pessoas que não aceitaram esse "enquadramento" que hoje sabemos que a Terra é redonda e que gira em torno do Sol.

O excesso de proibições e de paradigmas (essa palavra já foi moda), com certeza, tolhe a criatividade e a inovação, e devemos ter uma cabeça aberta e sempre viva, humilde e generosa para ser capaz de acolher novos conceitos e idéias.

Essa abertura, no entanto, não pode ser confundida com uma postura meio anárquica, meio vazia, que acolhe a qualquer porcaria que nos seja apresentada, que nos faça mudar de rumo a qualquer brisa que nos soprem no ouvido. Temos que ter personalidade, sermos muito críticos e, principalmente, conscientes de que a liberdade e o livre arbítrio sempre trazem consigo uma carga de responsabilidade. Todas as nossas ações têm consequências (dããã), tanto para nós como para os que nos cercam.

Por isso, ter a cabeça aberta não deve ser sinônimo de "vale tudo", "liberou geral" e outros chavões meio porra-loucas. Não, na vida não vale tudo, muito cuidado com isso. E mesmo algumas coisas que valem podem não nos convir. Senso crítico, pessoal!! A liberdade é um bem precioso e uma ferramenta poderosa para o pensamento e para o nosso crescimento. E, parafraseando um personagem querido (nerd, nerd, nerd!!!!), "com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades".

Só para lembrar, eu e o Jorge já escrevemos sobre esse assunto em:

http://diamonds-bullshit-and-stuff.blogspot.com/2006/10/good-girls-go-to-heaven-bad-girls-go.html

http://diamonds-bullshit-and-stuff.blogspot.com/2006/10/everywhere-why.html

terça-feira, junho 19, 2007

7 Pecados

Ontem estreou a novela 7 Pecados na Globo. Achei o tema muito legal e pode render uma boa história. Falar dos 7 pecados capitais pode dar um bom pano pra manga. Afinal, quem não comete um pecado???
Eu aproveitei para fazer uma pesquisa na Wikipédia sobre o tema e descobri coisas interessantes:

Os sete pecados capitais são uma classificação de vícios usada nos primeiros ensinamentos do catolicismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos. Não há registro dos sete pecados capitais na bíblia.
Assim, a
igreja católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.
De acordo com o livro "Sacred Origins of Profound Things" ("Origens Sagradas de Coisas Profundas"), de
Charles Panati, o teólogo e monge grego Evágrio do Ponto (345399) terá escrito uma lista de oito crimes e "paixões" humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade):
Gula;
Luxúria;
Avareza;
Ira;
Soberba;
Vaidade;
Preguiça

Além disso, descobri também que existe uma lista das 7 Virtudes:

As Sete Virtudes são derivadas do épico Psychomachia, poema escrito por Aurelius Clemens Prudentius entitulando a batalha das boas virtudes e vícios malignos. A grande popularidade deste trabalho na Idade Média ajudou a espalhar este conceito pela Europa. É alegado que através a prática dessas virtudes protege a pessoa contra tentações dos Sete Pecados Capitais, com cada um tendo sua respectiva contra-parte. Existem duas variações distintas das virtudes, reconhecidas por diferentes grupos.
Ordenadas em ordem crescente de santicidade, as sete virtudes sagradas são:
Castidade (Latim castitate) - opõe luxúria
Auto-satisfação, simplicidade. Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento através de educação e melhorias.
Generosidade (Latim, liberalis) - opõe avareza
Despreendimento, largueza. Dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos ou ações.
Temperança (Latim temperantia) - opõe gula
Auto-controle, moderação, temperança. Constante demonstração de desagarro aos outros e aos seus arredores, uma prática de abstenção.
Diligência (Latim diligentia) - opõe preguiça
Presteza, ética, decisão, concisão e objetividade. Ações e trabalhos integrados com as próprias crenças.
Paciência (Latim, patientia) - opõe ira
Serenidade, paz. Resistência à influências externas e moderação da própria vontade.
Caridade (Latim, humanitas) - opõe inveja
Auto-satisfação.
Compaixão, amizade e simpatia sem causar prejuízos.
Humildade (Latim, humilitas) - opõe orgulho
Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo.

O mais interessante é que na nossa criação, estamos mais acostumados a escutar as coisas que não podemos fazer, o que é pecado, enfim, tudo é restritivo. A nossa educação é restritiva. Falamos mais o que não devemos fazer do que sobre o que devemos fazer.
Acredito que seja por essas e outras que estamos na situação em que estamos. Tudo é muito restritivo. Não fume. Não beba. Não xingue. Não traia. Não odeie. Não peque. Não, não e não!!!
O fato de usarmos as restrições, não nos ajuda a pensarmos de forma criativa. Ousar, pensar, criar, requer uma liberdade muito grande. E costumamos nos cercear na maioria das vezes. Para se evoluir, tem que sair do quadrado, transpor barreiras e seguir em frente. É dessa forma que iremos evoluir!!!

P.S.: E falando na novela, o tema de abertura é da Zélia Duncan, "Carne e Osso", música dela e do Moska, que eu já citei aqui no blog...
http://diamonds-bullshit-and-stuff.blogspot.com/2006/10/venha-que-o-que-vem-perfeio.html

domingo, junho 17, 2007

Músicas que me tocam - 21

Há quase 4 anos, um amigo meu, o Marcinho, me apresentou a uma cantora, amiga dele, que estava começando a carreira artística profissional. Essa cantora era a Isabella Taviani. Ganhei o CD do Rodrigo e passei a escutar. Daí pra frente, me tornei fã, pela forma como ela escreve e canta suas canções. Tá certo que às vezes ela exagera demais, mas é coisa dela.
Desde então, já assisti uma penca de shows, fui apresentado a ela, conheço as canções de cabo a rabo e, apesar da maioria - ou quase todas - serem temas para uma bela dor de corno (como diria minha mãe), outras são bem legais, até calmas, sem aquela fúria imensa por um relacionamento frustrado. E foi justamente uma dessas, que me atraiu e me tocou logo de cara. Eu adoro a música, letra e interpretação mais contida da Isabella Taviani nessa canção.

Canção para um grande amor - Isabella Taviani

Mas agora vai
Deixa o vento te seduzir
Deixa o novo sonho te invadir
E não volte nunca mais aqui pra me esperar

Mas agora vai
Lança teu destino em outro mar
Não recues nunca pra ancorar
Nunca pra duvidar

Deixa o sol queimar a tua pele
Deixa o céu forrar a tua cama deixa amanhecer
Tua chama, teus desejos

Mas agora vai
Porque há vida em outra dimensão
Porque há paz no outro coração
Por que com a gente não!
Por que com a gente não?

Mas agora vai
Buscar os novos horizontes
Pousar no colo de outros ombros
Saciar a sede do teu corpo louco

Vai pra sempre vai
Ser feliz é uma estrada sem fim
Tens a força que eu nunca atingi
Tens a dor mas ainda sei que tens a mim

sábado, junho 16, 2007

Voltando a ser criança



A Juju me faz voltar a ser criança. O mais engraçado é perceber como as crianças são espertas. Reparem na foto acima. Eu a sentei no balanço e ela, automaticamente, sem eu empurrar ainda, colocou as mãos nas correntes. E quando eu a empurrava, ela gargalhava, chegando até mostrar os 4 dentinhos que estão nascendo. Já tá ficando uma mocinha!!! hehehe

sexta-feira, junho 15, 2007

Sexta à noite, em casa, vendo DVD's

Pois é, sexta-feira chegou. É hora de sair, badalar, ir pra rua. Mas dessa vez eu fiquei em casa mesmo. Cheguei da academia, tomei um banho, jantei e comecei a ver alguns DVD's. Vi partes do DVD Público, da Adriana Calcanhotto; Ao Vivo, do Pedro Mariano e Pré-pós-tudo-bossa-band, da Zélia Duncan. Os 2 primeiros eu comprei nessa quinta. Vi algumas partes. O da Adriana eu comprei principalmente devido a música Inverno, que eu já coloquei aqui como uma música que me toca. O do Pedro, eu gosto dele e há muito tempo queria ter, mas o preço andava um pouco salgado. Já o da Zélia, como um bom fã de carteirinha, comprei no show do lançamento no Teatro Rival BR.
Apesar do apelo das novas aquisições, a Zélia venceu e consegui ver tudo novamente. Acho o álbum Pré-pós-tudo-bossa-band fantástico e o DVD não podia ser diferente. Músicas lindas, Zélia perfeita, músicos bem azeitados, público presente em massa e um local muito agradável (Sala Ibirapuera, SP).
Recomendo a todos tanto o álbum quanto o DVD. E olha que eu tenho tantos CD's e DVD's. Quem já foi na minha casa já viu isso!!!
Destaco aqui uma música belíssima, Milágrimas, com letra da Alice Ruiz e musicada pelo saudoso Itamar Assumpção. Além disso, a música é defendida por uma Zélia emocionada e afinadíssima e a Anelys Assumpção, filha do Itamar, com uma voz suave e linda atuação no palco. Leiam a letra e se tiverem oportunidade, escutem o CD e vejam o DVD!!!

Milágrimas - Zélia Duncan

Em caso de dor, ponha gelo
Mude o corte do cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema, dê um sorriso
Ainda que amarelo
Esqueça seu cotovelo
Se amargo for já ter sido
Troque já este vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério, deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada milágrimas sai um milagre
Em caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa
Coma somente a cereja
Jogue para cima, faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra apenas, viva apenas
Sendo só fissura, ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena, reze um terço
Caia fora do contexto, invente seu endereço
A cada milágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre
A cada milágrimas sai um milagre

quarta-feira, junho 13, 2007

Arquivos do Passado

Todos nós carregamos experiências nas nossas vidas. Algumas são boas, edificantes, e nos fazem crescer e sermos pessoas melhores. Já outras, não nos levam a lugar algum e nos fazem ficar estáticos, sem poder evoluir. Mas o fato é que todos nós temos essas experiências, essas memórias, esses "arquivos do passado".
Como todo arquivo, essas coisas nos fazem relembrar momentos e nos definem quanto a nossa personalidade, nosso jeito, nosso caráter, nossa inteligência (pelo menos a emocional)... E tudo isso nos faz sermos o que somos. Essas experiências são objeto de estudo da psicanálise. Há anos eu faço psicanálise. E vejo como é difícil encarar tais experiências. Umas por serem extremamente dolorosas. Outras por serem difíceis até de se enxergar.
Lembro de uma passagem de um livro chamado "No ar rarefeito", no qual o autor, um jornalista que havia feito uma escalada ao Everest e quase todos da excursão em que ele estava morreram. Nessa passagem, ele conta que quando atingiu o topo do Everest, ele teve a sensação de que seria bom ficar ali sentado, admirando tudo, pois devido ao frio, fome e situação em que estava, a morte lhe parecia uma opção plausível, até agradável. Aquilo me tocou profundamente.
Faço um paralelo com nossas experiências. Muitas vezes elas nos marcam tão fortemente, fincam as suas garras tão profundamente em nossa pele, que parece que não tem mais jeito, pois o que não tem remédio, remediado está. Mas, como eu não quero sofrer da "Síndrome de Gabriela" (eu nasci, eu cresci assim e vou ser sempre assim...), decidi encarar meus medos e fantasmas, abrir as gavetas desse arquivo.
Já mexi na terapia com coisas bem fortes, mas que me fizeram ser uma pessoa melhor, mais bem resolvida hoje. Quem me acompanha há muito tempo sabe disso. A evolução é gritante. Só que, a medida que vamos fuçando esses arquivos, nos damos conta que existe bem mais coisas do que acreditávamos no início. Como se diz na gíria, o buraco é mais embaixo...
Vejo que alguns fatos, que pareciam não ser tão importantes, como crescer sem a figura paterna, por exemplo, me fez ter uma série de problemas que eu não esperava que tivessem relação com isso. E encarar todos eles é difícil pra cacete. Tem que ser muito macho!!!
Como eu quero ser feliz integralmente (se é que isto é possível), estou nessa luta de mim comigo mesmo. Estou decidido a me livrar das coisas que me prendem, quero poder evoluir mais, ser mais amigo e poder amar sem restrições e sem poder me magoar ou magoar alguém.
Acho que o trabalho mais difícil já foi feito, que foi a localização desses arquivos, saber o motivo de cada um deles. Agora, é a parte mais trabalhosa, que exige mais dedicação e perseverança: me livrar do que não presta. É o momento do levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Um novo Jorge tá vindo aí (modelo bem melhor). Quem quiser vir junto, será um prazer...

Arquivo II
Marina Lima

O brilho dos faróis
Me leva àquele hotel
Como num Dali, o quarto derreteu.
4:25, sobraram os copos e eu

Eu entendi muito bem o que você disse
Não houve engano algum
Nossa, você foi tão clara
Suas palavras ainda fervem na minha mente
E seu fogo ainda queima o coração

Acreditar, não posso acreditar
Como alguém tão livre se deixa escravizar
Desistir, como se fosse só deletar

Não houve engano algum
Eu entendi muito bem o que você disse
Não houve engano algum
Absolutamente, você foi tão clara
Suas palavras ainda ardem na memória
E aquele fogo ainda queima o coração

Outro dia quente, o mar envolve sem
Apagar dos olhos o brilho de quem tem
Um arquivo do passado e a fome do que ainda vem

Olha, o que tá dito, tá dito
E o que foi feito também
Mas certas coisas
Nem as palavras podem apagar
Nem o tempo, nem o fogo, nem a fome, nem o corpo, nem a alma
Nem as ondas, nem as praias, nem o mar
Nem o mar

New 7 Wonders

Quem ainda não votou, ainda dá tempo (vale relembrar)! O Cristo Redentor está concorrendo com outros 19 "candidatos", para ver quem entrará na relação das 7 maravilhas do mundo moderno. Votar é mole, mole.

Pelo celular, é só enviar um SMS para 49216, com a palavra "cristo", e pronto. Pela internet, vá ao endereço http://www.new7wonders.com/ e vote no Cristo. As principais operadoras (Vivo, Oi, Claro, Tim, etc) disponibilizaram esse serviço gratuitamente.

Pela internet, no entanto, tome cuidado! Lá, além do Cristo, será preciso votar em outros 6 candidatos, ou seja, na concorrência! Portanto, vote no Cristo e depois escolha as 6 maravilhas que lhe parecerem mais imbecis ou pouco prováveis vencedoras, a fim de evitar votar em que está na frente do Cristo!

Em qualquer um dos casos, só dá para votar uma vez (por número de celular e por e-mail).

Entrar nessa seleta lista implicará uma publicidade gratuita sem preço para o Rio e para o Brasil, no mundo todo. Isso significará mais turistas, mais dólares, mais projeção internacional, etc.

E evite parar para pensar em todos os assaltos, sequestros e assassinatos que esse pessoal poderá sofrer quando vier ao Brasil.... vote e pronto! rsrsrs

terça-feira, junho 12, 2007

Dia dos Namorados


Neste dia especial para todos que, mesmo casados, têm consciência da necessidade e do prazer de conquistar os parceiros como na época do namoro, segue uma foto das minhas princesas! Rezo para que eu seja capaz de conquistá-las como se deve, a cada dia!


De malas prontas!!!

Semana passada fui para SP.
Final de semana prolongado, tentei ir para BsAs.
Amanhã estou indo para Ubá/MG.
Final de semana estou indo para SP.
Semana que vem irei para São José do Rio Preto/SP.
Na última semana do mês, para Curitiba/PR.

É, minha rotina atual inclui malas prontas. Muitos falam: "Nossa, que legal viajar sempre. Quebra a rotina do escritório!". Por um lado, isso é verdade. Mas tem sempre o outro lado da moeda. E a minha academia? E os aniversários de amigos e parentes que eu não posso ir? E as minhas tarefas diárias? E meu quarto, quem arruma???
Porém, viajar é meio que uma cachaça, acaba viciando. Tem seus problemas, mas se eu ficar muito tempo direto só no escritório, acabo me sentindo preso. E essa sensação de prisão, é algo que eu não tolero. Ainda mais sendo claustrofóbico!
O pior vai ser fazer as malas para ir viajar amanhã, já que minha mala de Buenos Aires, vai saber aonde está. É, nem sempre as malas estão prontas. E nem sempre elas estão por perto...

domingo, junho 10, 2007

Depois da tempestade...


Pois é, depois de um final de semana conturbado, uma verdadeira tempestade, nada melhor do que passar o domingão na companhia da família e, principalmente, da nova integrante, que há mais de 9 meses vem nos alegrando e nos mostrando que um sorriso de criança pode nos fazer ver melhor a vida.

Na foto, eu e Juju, minha sobrinha e afilhada, em um momento descontraído, na Lagoa Rodrigo de Freitas!!!

sábado, junho 09, 2007

Don't cry for me Argentina!!!


Final de março, um dia qualquer: Fui checar minhas milhas e descobri que estava perdendo minhas milhas da TAM, pois muitas estavam acabando a validade. Era hora de descolar uma viagem. Decidi conhecer um pouco mais de Buenos Aires. Eu já havia ido, mas queria voltar. É uma viagem rápida, barata e poderia ser bem aproveitada.

Início de abril: Fui ao Galeão trocar minhas milhas pelas passagens. Havia decidido trocar a data da Semana Santa pelo feriadão do Corpus Christi. Consegui um bom vôo de ida e o de volta era na madrugada, mas tá beleza. Chego e vou direto para o trabalho. Cansa, mas não mata.

Final de maio: Descubro que meu vôo de volta tá no horário certo, porém em um dia antes. A mulher marcou errado e eu nem reparei. Droga! Não tem mais como trocar. Voltarei no domingo pela manhã, fazer o quê???

Dia o5 de junho: Hora de fazer as malas. Separar tudo que tem que levar - aquela lista imensa: roupa de frio, casacos, camiseta, bermuda, calças, cuecas, pasta de dente, escova de dente, desodorante, óculos, soro, caixinha da lente de contato , livro e por aí vai. Mala prontinha!!!

Dia 06 de junho: É hoje o dia da viagem. Ufa, que legal. Dólares trocados, tenho que cambiar um pouco de peso, mas farei isso no aeroporto. Tudo pronto. Blogo sobre minha fase de Tolerância Zero, dou um hasta la vista aos amigos e parto para casa. Chego ao aeroporto quase 20h. O vôo estava marcado para 22:30h. Aliás, quando troquei as passagens, ele era para 23:30h e foi adiantado e ninguém avisou. Soube quando tentei trocar o vôo de volta, conforme escrito acima. Que desorganização. Isola essa palavra, a viagem tá apenas começando.
O avião decola quase meia-noite. E eu devorando o livro que estava lendo. Pelo visto terei que comprar outro para a volta...

Dia 07 de junho: A tripulação do vôo era toda da TAM Mercosur, ou seja, aeromoças mal educadas!!! Um saco! Quando era em torno de 2h, o piloto informa que estávamos voltando ao RJ e que dentro de 15 minutos, estaríamos aterrisando na Cidade Maravilhosa. Como assim??? Eu havia saído do RJ!!! Amo minha cidade, mas não queria voltar TÃO CEDO!
Confusão armada, chegamos no Galeão. Fomos encaminhados ao check-in e lá nos deram um voucher de táxi e de hotel. Eles queriam que eu fosse para casa. Claro que não fui, imagina??? Eu queria ir descansar e não acordar minha mãe no meio da noite e explicar tudo. Saindo do aeroporto, não tinha táxi. Como eu era um dos primeiros da fila, consegui ir para o hotel, em Copacabana. Fomos com um casal de Vitória/ES, que estavam com medo da Linha Vermelha. Não tiro a razão deles. Já no hotel, eles ainda não sabiam quando voltaríamos para o aeroporto. Só soubemos disso pela manhã, quando um ônibus da TAM veio nos buscar. Iríamos para Guarulhos - ué, meu vôo não era direto??? - no vôo de 12:30h e depois seguir para BsAs, às 16h. Mais uma hora de atraso, confusão generalizada em Guarulhos. Vários vôos atrasados. O que me acalmou foi que eu havia comprado um relógio lindo da Tommy Hilfiger no free shop do RJ. Compras relaxam, né? Em Guarulhos, fomos exigir almoço. Nos deram um voucher de R$8,00!!! Nem deu para saída, né? Tive que me contentar em comer um salgado e dividir outro e um Coca Light com o Arthur, meu companheiro de viagem - e de compras!!! rs
Depois de mais atraso em Guarulhos, descobrimos que nossa aeronave que veio do RJ havia ido para BsAs e que iríamos em outra. E metade dos passageiros desse vôo, que seria direto de SP, ficaram de fora. Uma dessas passageiras invadiu o avião e teve que ser retirada (meia hora depois), pela Polícia Federal. E a essa hora, tinha gente até filmando tudo. Eu me divertia, o que mais poderia fazer? Embarcamos com quase 2 horas de atraso. Mas agora iríamos para Buenos Aires!!!
Ledo engano. Ao sobrevoar o aeroporto de Ezeiza, descobrimos que ele havia acabado de fechar novamente devido ao nevoeiro. A minha vontade era de matar aquela mulher que invadiu. Minha e de todos na aeronave. Voltamos para Porto Alegre. Nesse meio tempo, tinha mulheres que já haviam chorado, pessoas revoltadas, cenas de cinema! E a gente fazendo colegas já, afinal a grande maioria do pessoal estava no mesmo vôo desde quarta. Era tal de falar com um e com outro. E escutar diversas histórias - coisa que adoro.
Em POA, no Aeroporto Salgado Filho, é que a coisa ficou feia. Não tinham estrutura para nos atender como fizeram no RJ. Ninguém sabia informar nada direito e para piorar, cadê as malas? Acho que mais de 50% das malas foram em outro vôo e ficaríamos sem. Nessa hora a graça terminou e eu quase bati num cara da TAM. Mas como sou da paz, não fiz isso, mas a paciência havia ido embora...
Antes de ir para o hotel, consegui na marra pegar um vôo voltando ao RJ e outro RJ/BsAs em aberto para 1 ano.
Dormimos em POA, já chegando ao hotel na madrugada...

Dia 08 de junho: Ao chegar no aeroporto, a confusão era maior ainda. A sorte foi que na noite anterior eu havia feito a mulher co check-in voltar e fazer o nosso rapidinho. Vôo mais uma vez atrasado, registrei todas as reclamações na ANAC e embarquei para o RJ, voltando de uma viagem que poderia ter ocorrido. A essa altura comprei outro livro, que acabei devorando também na viagem de volta! Enfim, chegamos. Pela segunda vez, ao Galeão.
Lá trocamos nossas passagens de volta, válidas para mais um ano. Então, em um ano, ainda retorno para a Argentina!

Dia 09 de junho: as malas ainda não chegaram. Mas elas foram localizadas. Ainda bem. Só quero ver o estado que elas chegarão. Fica a lição de que nem sempre as coisas saem como planejamos e temos que ter bom humor perante isso e aproveitar, do jeito que dá para curtir. E que quando meu chefe me autoriza a "matar" um dia de trabalho, é porque tem coisa!!!

Hasta la vista!!! ou
Até a próxima mesmo... rs (fica melhor)

quarta-feira, junho 06, 2007

Tolerância Zero

Baseado nas campanhas como Fome Zero, eu estou na minha fase Tolerância Zero. Não estou com muita paciência para muitas coisas. Acho que é uma fase que irá passar. Mas falando francamente, quem não tem vontade de ser 100% franco e não tolerar babaquices? Muitas vezes eu ajo como se fosse Jim Carrey em O Mentiroso. Saio falando algumas verdades que talvez não devessem ser ditas!
Estou meio sem saco para poder fazer cena. Se não gosto, digo que não tô gostando e pronto. Acho que é devido a alta carga de trabalho e o fato de não ver férias há 2 anos e meio. Isso está afetando minha cuca. Além disso, tenho pressão na empresa, muita coisa pra pensar. E pensar, literalmente enlouquece!!!
Se alguém me pergunta se eu gostei, eu tô dizendo que não se eu realmente não gostei. Outro dia meu chefe ficou dizendo coisas que eu não gostei e eu fui sincero como não se pode ser... rs
O meu lema agora é relaxar e tentar sair dessa fase. Para isso, estarei viajando nesse feriadão, relaxando, de Rider... rs
Buenos Aires me espera pessoal.
Hasta la vista!!!

segunda-feira, junho 04, 2007

Ainda sobre os amigos

Esse assunto que o Jorge levantou é extremamente interessante. Tenho algumas reflexões a respeito.

1. Descobri que as grandes amizades não precisam de uma convivência intensa para se manterem. Dois dos meus melhores amigos foram morar em Porto Alegre e no Canadá, já há alguns anos. No entanto, nas raras vezes em que nos encontramos a cada ano, a alegria é sempre a mesma. A intimidade e a confiança não parecem diminuir, mesmo com todas as limitações que a vida acabou nos impondo (contatos por e-mail, Skype, viagens muito ocasionais). Isso me surpreendeu bastante, de uma maneira muito positiva.

2. Não sou daquelas pessoas que acham que precisam ter tempo para TUDO e para TODOS, ir a TODOS os eventos e estar sempre com TODO MUNDO. Se sinto que preciso de tempo para descansar e quero simplesmente ficar em casa, ou então se acho que preciso passar o final de semana somente com a minha esposa para namorar e regar a relação, muito dificilmente abrirei mão desse direito sagrado. Não adianta, já nem tenho mais a ilusão de que é possível agradar a todo mundo. Tem finais de semana em que não há nada para fazer, e outros em que mal daria para ir em casa dar comida ao passarinho, para ir a todos os encontros, aniversários ou eventos que surgem. Tento administrar as situações da melhor maneira possível, mas não me "esgoélo" tentando agradar a todo mundo. É óbvio que há que se fazer sacrifícios pelos amigos, e é gratificante fazê-los, mas não o tempo todo, nem muito menos em detrimento da própria intimidade e dos ritos da própria família. Os amigos verdadeiros certamente sentirão a nossa falta, mas serão capazes de compreender essas ausências eventuais (mais ou menos frequentes).

3. Guardando alguma relação com o item anterior, existe a questão de que, com a idade, a quantidade de fases que a gente vive se avoluma e, com elas, os amigos. Família, escola, banda, acampamento, UERJ, igreja, Inglês, Espanhol, Ipiranga, Michelin, mestrado, CVM... A situação se agrava substantialmente quando é preciso atender também aos compromissos da cara-metade (o casamento também precisa ser de agendas) e descobrimos todo um novo universo inexplorado de amigos em potencial, entre os amigos da esposa (aê, Jorge!!!). UFA!!!! Chega um ponto em que se torna impossível manter contato com todos e, por mais friamente pragmático que isto possa parecer, é preciso descartar alguns, sim. Quando digo descartar, não quero dizer "você não é mais meu amigo". Quero dizer que, cacete, não há como manter o mesmo ritmo de encontros, e é preciso sim estabelecer prioridades e racionar o tempo que se dispõe de uma maneira razoável. Mesmo que isso signifique manter contato somente por e-mails ocasionais, ou até mesmo não manter.

4. As pessoas passam por fases, assim como nós. Nem sempre aquele seu amigão vai ter a iniciativa de te ligar para marcar alguma coisa, ou mesmo para saber como você está. Nem sempre as pessoas serão boas companhias ou terão tempo para nós. Nesses momentos, acho válido puxar pelas pessoas, ligar mesmo quando foi você que ligou nas últimas 10 vezes, tentar criar oportunidades e não desistir delas. E, quando buscar o contato, que seja para tentar entender o que está acontecendo, oferecer o ombro/ouvido amigo e tentar ajudar. Agora, cobrar, nem pensar. Cobrança na amizade não pode existir, a não ser quando é feita após o oferecimento de ajuda, da tentativa de compreensão do que está se passando com o outro, e como último recurso para "dar uma sacudida" na pessoa. Mas, para mim pelo menos, via de regra, cobrança nas amizades é uma escrotice só.

Esse assunto é muito bom (dá-lhe, Jorge). Conforme for lembrando de mais reflexões a esse respeito, voltarei a postar.

sexta-feira, junho 01, 2007

Cinema é a maior diversão

Estava hoje lendo notícias no Globo Online e eu passei pelo Guia de Lazer. Afinal, o final de semana está aí e eu quero é me divertir (rimou!!!). Aí eu pensei em cinema. Sim, aquela sala escura que passa filmezinhos. Tem tanto tempo que eu não vou que eu nem me lembro o último que assisti.
Mas nem sempre foi assim. Eu era um cinéfilo. Era. Hoje, não mais. Nem vi o segundo Piratas do Caribe e de repente, me deparo com o terceiro no cinema. Até hoje não vi os novos filmes da saga "Guerra nas Estrelas", as continuações de "Matrix" e por aí vai...
Quando era mais novo, lia todo mês a Vídeo News (extinta há um bom tempo), SET e outras revistas do gênero. Adorava ver o Cinemania (alguém se lembra? Era um programa da Rede Manchete sobre cinema e vídeo, apresentado pelo Wilson Cunha e Tânia Rodrigues), comentava com amigos sobre filmes, comprava todo ano um guia de filmes e ficava lendo várias críticas.
O mais engraçado era um caderninho que eu tinha onde colocava o nome do filme alugado, a data, em qual locadora aluguei e a minha cotação para cada um dos filmes. Infelizmente eu não tenho mais esse caderninho, mas me lembro dele de forma tão atual, que eu ainda acredito que ele exista e esteja jogado em uma das minhas gavetas. Na verdade, ele está apenas em uma das gavetas da minha memória.
Como eu adorava cinema, eu fazia algo que muitos torcem o nariz e fazem uma cara de "Ah, coitado!" cada vez que eu comento que eu ia a cinema muitas vezes sozinho. "Como você pode ir ao cinema sozinho???? Qual a graça???" - Para mim, tem graça sim senhor. Eu ia para ver os filmes e não para ficar conversando, namorando ou comendo pipoca. Cinema sempre foi algo para ser apreciado, algo que eu sempre gostei muito.
Porém, como eu sou bastante aficcionado pelas coisas que eu gosto, ver filmes passou a ser praticamente uma obrigação. E isso foi me tomando um tempo muito grande, muita energia e isso eu não gosto. Agora, eu só vou aos lugares que eu gosto quando eu posso, quando eu quero. Assim, eu defino melhor as minhas coisas, minhas prioridades, meus desejos e minha vida. Filmes são muito legais. Cinema é a maior diversão. Mas tem que ser encarado como diversão e não obrigação!!!