Meus bons amigos...

Essa semana, uma amiga fez aniversário, marcou um almoço e ninguém do nosso seleto grupo compareceu. Isso deu pano para manga, lógico. Ainda mais se tratando de um grupo que se conhece a muito tempo e tão hermético. Cada um teve seu motivo para não ir, mas que a sensação é ruim, isso é. Eu teria ficado triste, mas também sei que não sou a melhor pessoa nesse quesito. Sou falho, não vou a tantos eventos do grupo assim, apesar de fazer esforços como ir para Niterói, coisa que hoje em dia eu penso dez vezes antes de ir, ir a locais que não são tanto de meu agrado...
O fato é que as amizades evoluem ou então perdem a força. Não tem meio termo. Ou uma coisa ou outra. As pessoas mudam, gostos mudam, os sonhos e aspirações passam a serem outros, assim como as prioridades. É a vida. Eu hoje tenho outros programas, outras pessoas, tudo isso bem diferente da minha época de universidade.
Lendo um post muito legal da minha amiga Carla (intitulado Trânsitos), me lembrei de tantas coisas que foram conversadas com amigos, em mesas de bar, no Plaza Shopping, nos intervalos de aula, durante as aulas, no DCE, nas rodas de violão, em aniversários. Algumas pessoas passaram, outras continuam sendo amigos, mas muita coisa mudou. Gostaria de perguntar as pessoas algumas coisas, se aquele sonho de estudar fora se concretizou, se o casamento desejado aconteceu, se perdeu alguns medos que não as deixavam ir a frente...
Enfim, são tantas indagações e eu também me pergunto o quanto eu posso ter ajudado. Será que eu fui um bom amigo? Será que eu sou um bom amigo? Paro e penso que gostaria de estar mais presente em alguns momentos, mas o tempo é curto. Por isso mesmo, devemos dar valor às coisas, aos momentos que temos com os amigos.
Eu quero aproveitar o espaço e pedir desculpas aos amigos pelos erros que cometi. Não tenho tempo para tudo, mas quero estar presente nos momentos que posso. O prazer é muito grande em poder compartilhar as coisas com vocês. E poder estar presente e ver se os sonhos se tornaram ou não realidade!!!

"Meus bons amigos onde estão
Notícias de todos quero saber
Cada um fez sua vida
De forma diferente..."

Músicas que me tocam - 20

Quem diria que estar em Guiricema/MG (uma cidade a 70Km de Muriaé, ajuda a se localizar??? rs) me daria inspiração para blogar. Pois é. Estava eu esperando para ser atendido por um cliente e estava lendo uma edição da revista Trip. Tinha o Nando Reis na capa. Como eu gosto muito dele - já até subi ao palco para cantar com ele, mas isso fica para outro post!!! - decidi ler a matéria. Até porque, não tinha muita opção de revista ou outra coisa que valesse a pena fazer (o celular não pega lá!!!).
Nessa matéria, o Nando confessa sobre seu passado com as drogas. E numa dessas passagens comentou sobre Relicário. Eu me lembrei de como gosto dessa música e como ela me tocou logo de cara. Foi magistralmente gravada pela Cássia Eller e pelo Nando no Acústico MTV da Cássia. Em um Acústico que tinham várias músicas fodas, como O Segundo Sol, Luz dos Olhos, Malandragem..., essa música acabou sendo um destaque.
A música me ganhou pela melodia, interpretação, pela forma que ela é apresentada, como se fosse crescendo e por uma passagem digna de Romeu e Julieta:

Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite
Porque está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for

Fala sério, né? É linda. Já escutei uma pessoa me dizer que nunca trocaria a eternidade por uma noite. Pode ser que não, mas quem nunca pensou nisso? Só quem não é romântico, não é sentimental.
O Nando tem outras músicas que adoro, como All Star (que foda ele ter escrito essa música para a Cássia Eller, é uma ode à amizade!), As coisas tão mais lindas (essa música eu escutei em uma peça de teatro em SP. Saí da peça e fui catar em que CD estava essa música. Descobri que era no Com você meu mundo ficaria completo. Acabei comprando e tive uma grata surpresa: o CD é bom pra caralho!) e por aí vai.
No mesmo show em que subi ao palco para cantar com o Nando (não adianta que eu não darei mais detalhes agora... rs), ele cantou a música com a camisa do CD Meu mundo ficaria completo, que ele produziu com a Cássia Eller. E ainda mudou a letra para Eu estava em paz quando você se foi... Emoção pura. Foi duca!!!
Ele confessar que escreveu a música quando estava sob efeito das drogas, me fez pensar que pelo menos elas serviram para alguma coisa. Tenha certeza, caro Nando, naquela noite, em que você escreveu Relicário, você criou uma pequena obra-prima. Os fins justificam os meios...
Ah, um adendo: o Nando tem uma música que gosto também e que me lembra muito a Gê, minha amiga de SP, que é No Recreio. Então Gê, dedico essa música para você hoje, no dia de seu aniversário. Parabéns!!!

Relicário - Nando Reis

É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o marS
ua cartilha tem o A de que cor?
O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou
E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar
Onde eu não vou
O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso deste amor
Corre a lua porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite
Porque está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for
Quem nesse mundo faz o que há durar
Pura semente dura: o futuro amor
Eu sou a chuva pra você secar
Pelo zunido da suas asas você me falou
O que está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor, ôôôô...
O que você está dizendo?
Um relicário imenso deste amor
O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Porque que está fazendo assim?
...está fazendo assim?

Final de Semana Chegando...

Pois é, sexta-feira, final de semana chegando...
Tantas coisas para fazer, ou melhor, tentar fazer:

1. Ir ao teatro;
2. Ir ao cinema;
3. Ver seriados;
4. Ir a um aniversário;
5. Sair com amigos;
6. Visitar os afilhados;
7. Navegar na internet;
8. Colocar algumas coisas em dia;
9. Malhar;
10. Dormir bem...

Pois é, se vocês fizeram as contas direitinho, dá para ver que algumas dessas coisas irão ficar para depois. Pergunto então: será que somente eu, ou tem mais alguém que acha que o final de semana nunca dá para fazer tudo que queremos???

Acho que vou fazer uma campanha para o final de semana ter pelo menos mais um dia. Alguém mais assina??? rs

Bom final de semana a todos e, é lógico, divirtam-se!!! (com o que der para fazer com esses míseros dias...)

Hoje vai ter uma festa!!!

Hoje é dia do aniversário do J.! Vamos dar parabéns para ele. Todos comigo: PARABÉNS PRA VOCÊ, NESSA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA.
Aproveito a data para falar um pouco desse cara. Eu o conheci em um amigo oculto de final de ano, como o novo namorado da Juliana, minha amiga de longa data. Trocamos meia dúzia de palavras, nada demais. Depois houve o anúncio de um casamento, fui o conhecendo um pouco mais. Tive o prazer de ser padrinho do casamento deles, mas não podia dizer que o conhecia realmente. Tinha um respeito pelo fato dele ser o cara que conseguiu levar minha amiga ao altar. E como ela é uma pessoa especial, tinha certeza que ali também tinha um cara muito especial.
Depois de alguns encontros em grupo, pude notar que tínhamos umas coisas em comum, afinal éramos nerds, como a Juliana gosta de afirmar. Apesar de achar que o J. é muito mais próximo da definição de nerd do que eu.
Depois de umas trocas de livros, falarmos sobre séries, quadrinhos e afins - assuntos de nerds (risos) - as semelhanças foram crescendo e independendo do elo que nos ligava. Num belo dia de julho do ano passado, depois de algumas confidências (para não dizer fofocas, pois homens não fazem isso), decidimos - ele decidiu, na verdade - abrir esse blog.
Desde o nascimento desse blog, a amizade vem crescendo, de uma forma vagarosa, sem cobranças e sem necessidades de ficar jogando confetes. Descobrimos semelhanças e muitas diferenças, mas todas dentro de um universo de duas pessoas que curtem muito ler, ouvir música, ver filmes, pensar e escrever sobre vários assuntos.
Então, esse ano, eu posso realmente dizer que ganhei mais um amigo e que ele, o J., é muito bem vindo sim ao meu seleto grupo de amigos. E não é simplesmente um agregado da Juliana.
Parabéns meu amigo! Felicidades, saúde, paz, amor e sabedoria para você continuar a ser sábio em suas decisões e ações e assim, cuidar bem da Juliana e da Julia!

Processos

O post do Jorge me fez viajar ainda mais!

Uma vez que se conheça melhor os mecanismos compulsores e motivadores de cada um, acho que é possível sim prever uma série de reações. Nunca todas, nem com precisão total, pois o ser humano é simplesmente complexo demais para ser computado dessa maneira tão mecânica. Mas muitas reações podem ser previstas por alguém com suficiente conhecimento e que dedique a devida atenção a uma pessoa.

Acredito que isso valha mesmo para aquelas criaturas que se orgulham tanto de se autoproclamarem "imprevisíveis" (acho a maior graça nisso!!), pois quase sempre há um padrão para a sua "imprevisibilidade". Se o comportamento de alguém é consistentemente e verdadeiramente não-linear, ou o que se poderia chamar de errático, para mim, isso pode ser sinal até de alguma desordem psicológica.

O ser humano sadio opera, cresce, evolui ou muda por processos (sequências de eventos relacionados, com duração não-nula). Não acredito em mudança verdadeira na forma de um gráfico "binário", algo como "no momento t0, sou um canalha e, no momento t=t0+1, sou um excelente sujeito". Isso, para mim, não existe.

Cada mudança nas nossas vidas é gradativa e há sempre uma inércia a ser vencida (sem a qual estaríamos literalmente perdidos, volúveis, voláteis até, à mercê de qualquer brisa que soprasse). Mesmo os eventos mais traumáticos não são capazes de nos transformar de uma hora para outra, há sempre um processo (talvez um pouco mais rápido que o normal?) envolvido. Pelo mesmo motivo, são enganosas quaisquer curas milagrosas que nos prometam para nossos males. Não há superação de trauma instantânea, não se deixe enganar.

Tudo acontece pro processos. Por isso, talvez, sejamos algo previsíveis. Mas nunca perfeitamente, pois nossos processos internos, nossas "equações de vida" são simplesmente complicadas demais para serem decifradas assim, tão levianamente.

Linearidade

Outro dia estava diante de um fato e, sem querer, acabei descrevendo exatamente o que iria acontecer, quais seriam as reações de cada pessoa envolvida na história. Será que é adivinhação? Bruxaria??? Não, não, caro leitor do blog. Acho que isso tem mais a ver com a linearidade no comportamento das pessoas.
Explico: chamei de linearidade o fato de muitas pessoas agirem exatamente como as pessoas mais próximas achariam que uma pessoa agiria. Pense bem: você mesmo não tem reações parecidas mediante algumas ocasiões? Se alguém te trai, você pode ficar irado. Se você é passado para trás no trabalho, idem. E se alguém te conhece bem, saberá que sua reação não poderia ser diferente.
O ser humano, tão complexo em sua essência, ter reações tão previsíveis, não seria de espantar um pouco? Eu acho que a natureza das pessoas, aliadas às suas experiências, as fazem agir de forma linear. E isso é fantástico. O ser humano realmente está sempre evoluindo, mas tem coisas que ainda os fazem iguais. O medo, o amor, a carência, enfim, esses e outros sentimentos, nos levam a lugares comuns. Me arrisco a dizer que esses sentimentos, nos remetem a nossa essência de ser humano. Pelo visto, seremos lineares ainda por um bom tempo...

Os 904 gols de Romário

Enfim, após muito sofrimento, Romário chegou à marca dos 904 gols.

Sim, 904. Porque a mídia comprou essa conta maluca que ele fez de 1000 gols, mas o número de scores "profissionais", pela contagem oficial da Fifa, é de 904 (novecentos e quatro) gols. Que não é pouca coisa, mas está looooooonge de 1000.

Para dizer que chegou aos 1000, ele está contando com gols de jogos amistosos e amadores, algo como "amigos do Aldair x Corpo Voluntário de Bombeiros de Itacuruçá". rsrsrs

É isso aí, parabéns, Romário! E parabéns ao Vasco, que deu 2 campeonatos e um técnico em troca dessa marca sensacional de 904 gols!!! Hahahahahahaha!!!!

Presente de grego

Com a proximidade do meu aniversário, me liga uma pessoa do RH. Rapidamente, no espaço entre os cumprimentos que a educação exige e o momento em que a pessoa efetivamente diz a que veio (ou ligou), eis que começo a viajar se ela não poderia estar ligando para me oferecer um benefício até então desconhecido, na forma de um presente de aniversário. Podia ser coisa pouca, talvez uma TV de plasma ou um Playstation 3, ou seja, um presentinho bem singelo mesmo, praticamente uma lembrancinha.

Mas é ÓBVIO que não era isso. Na verdade, meu presente de aniversário (adiantado!!!) é um pedido de exame periódico, onde me espetarão com agulhas, me farão sangrar e cagar num potinho de plástico, guardando o conteúdo na geladeira por uma noite, ao lado da papinha da minha filha. No dia seguinte, ainda me farão levar o "produto" na mochila, absolutamente encagaçado de tomar um encontrão e o raio do pote se abrir no caminho para o trabalho.

E feliz aniversário!

PS: Será que, se eu mandar uma cartinha para o meu congressista, ele muda a Lei 8.112 para incluir a TV de plasma no aniversário dos servidores públicos??? rsrsrs

Maravilhosos magistrados...

Essa semana, um juíz autorizou a volta aos seus estados de origem de uma série de presos perigosíssimos, responsáveis pelos atentados de traficantes ao RJ e SP. Segundo o nobre magistrado, a prisão federal de segurança máxima onde eles estavam detidos ficava no Paraná, e a lei prevê que os presos têm o direito a cumprirem suas penas próximos às suas famílias.

PORRA, para aplicar a merda da lei ao pé da letra, não é preciso uma titica de um juíz de R$ 21 mil/mês, bastaria um programinha simplório de computador.

A função mais nobre do juíz é justamente para esses casos, em que se faz necessário pesar questões subjetivas, tais como o interesse da coletividade e o perigo que esses vagabundos representam para a sociedade, ponderando a lei, se apoiando na jurisprudência e até mesmo ajudando a criá-la.

O que, óbvia e infelizmente, não foi o caso.

Filmes de super-heróis

Nerds de plantão (caso haja mais algum por aqui), dêem uma olhada nesse link. Os vídeos são hilários...

http://www.omelete.com.br/conteudo.aspx?id=100005549&secao=cine

Música pertinente do dia

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Porque, se você parar pra pensar, na verdade, não há."

Renato Russo

A Sete Palmos

Já tem um tempo que venho tentando escrever sobre a morte. Sei que esse é um tema que melindra muitas pessoas (minha mãe e minha irmã, por exemplo, nem gostam de tocar nesse assunto), mas é a nossa única certeza na vida.
Hoje finalmente tomei coragem e decidi falar um pouco desse assunto. A força motriz para isso foi ter assistido agora os 5 últimos episódios da série A Sete Palmos (Six Feet Under). Para quem não conhece, a série passou na HBO, foi lançada em DVD (5 temporadas) e atualmente pode ser vista na Warner Channel. É uma série produzida e criada pelo Allan Ball, roteirista do filme oscarizado Beleza Americana.
A Sete Palmos é uma série com um ritmo bem diferente do que vemos hoje na TV. Sempre que eu assisto algum seriado hoje, parece que eles querem empacotar o máximo de ação em um só capítulo. É clímax atrás de clímax. Em algumas séries funciona - vide 24 Horas, mas em outras soam muito forçado. As novelas também sofrem do mesmo mal: muitas histórias, cortes rápidos, como se tudo fosse pasteurizado para os dias atuais, com muita informação...
Já em A Sete Palmos, a história é contada sem muita pressa, com alguns antí-clímax. Muitas vezes até vagarosamente, sem muitas novidades, alternando momentos de muito falatório e catarses, com momentos de silêncio e reflexão. E o mais curioso que vejo nisso tudo é que isso reflete muito bem como é a nossa vida. Ou a vida de alguém aqui é recheada de emoções e coisas boas todo o tempo. Eu não conheço ninguém assim. E isso acontece justamente em uma série que fala de morte o tempo inteiro.
Eu concluo que ao pensar na morte - não de uma forma doente, como se fosse uma fixação - como uma certeza, como uma passagem, algo inevitável, valorizamos mais a vida e seus momentos. Hoje, ao assistir os últimos capítulos da série, pude me sensibilizar de como é importante viver cada momento. Pude voltar a ver como a família é vital.
Hoje é domingo, Dia das Mães. Passei o dia em família. E foi um dia agradável. Almocei com familiares, brinquei com minha sobrinha, tive momentos agradáveis com pessoas que amo. Nem tudo foi completo, faltaram pessoas por aqui, mas a vida é assim mesmo. Assim temos saudades, queremos dar um jeito de vermos em breve, nos esforçamos mais e nos damos conta do quanto amar e ser amado vale a pena. Porque a morte é uma realidade, quer queiramos ou não.
Nâo sei como e quando irei morrer. Assim como as pessoas que me cercam. Já perdi algumas, vi amigos perdendo entes muito queridos, sei como é difícil. Mas a vida continua. Como diria o saudoso Freddie Mercury, the show must go on. E cabe a nós vivermos nossa vida da melhor forma possível. Amanhã, ao acordar, vou agradecer por mais um dia de vida, no qual poderei desfrutar de muitas coisas boas, sendo elas momentos emocionantes ou de pura reflexão.
Citando a frase da quinta e última temporada de A Sete Palmos:
Qualquer coisa.
Qualquer um.
Qualquer lugar.
Um dia termina.

O Rio de Janeiro continua lindo (!?)

Tenho andado um pouco sumido do blog. O fato é que tenho viajado bastante. Ultimamente passo mais tempo nas estradas do que em casa. E como não poderia deixar de ser, tantas viagens me dão umas idéias muito legais para publicar por aqui.

E a cada lugar que eu vou indo, sempre falo que sou carioca (com muito orgulho, com muito amor!!!). Apesar de todos os pesares, ser carioca é muito legal!!! Mas ultimamente, sempre que falo que vivo no RJ, muitos me olham como um certo herói, um sobrevivente da guerra civil! É, tem muita gente, principalmente fora das grandes cidades, que acham que de brinde no RJ, você levará uma bala perdida! E se tiver muito azar, ela pode ser fatal.

Eu seria leviano se não admitisse que a violência na minha cidade anda bem alta, que tenho alguns medos de circular por alguns lugares da cidade, porém, está bem longe dessa fama que o Rio vem ganhando pelo mundo afora. Tem bala perdida? Sim, tem. Tem roubos, assaltos e furtos? Sim, tem aos montes. Tem diferença social? Montão! Mas não é sair de casa e conviver com isso a toda hora. O inferno não é aqui!

Em tempos de votar nas novas 7 maravilhas do mundo, o Rio de Janeiro tem o Cristo Redentor como representante do Brasil. E acho que tem muita chance de ficar entre elas sim. A minha cidade tem belezas naturais fascinantes. É a cidade que vai receber o Pan daqui a 2 meses. É a cidade que recebe milhões de turistas por ano. É uma cidade que tem um povo acolhedor. É uma cidade acostumada ao sol. É a cidade do samba, do carnaval. É a cidade que tem o time de maior torcida do Brasil (Dá-lhe Mengo!).

Portanto, eu não aceito esse rótulo negativo para o RJ. Violência tem em qualquer lugar. As pessoas cismam em dizer que aqui é violento. Mas nas minhas andanças por cidades pequenas, já vi muitos roubos, furtos, casas com sistemas de alarmes altíssimos, medo nas ruas, quase um toque de recolher. A violência está na nossa sociedade. O problema do RJ é que aqui tem muitas favelas espalhadas por todos os bairros, aliado ao fato de ser uma cidade que circula muitos turistas e negócios (isso significa muito dinheiro na área). Os problemas sociais está nas grandes metrópoles e não somente no RJ.

Tenho muita esperança em mudanças, melhorias para esses problemas na cidade. Porém acho que isso será feito com muita vontade, com muito trabalho e investimento. E isso vai levar um bom tempo. A cidade foi muito usada pelos políticos, que deixaram a situação ficar caótica muitas vezes. Agora é a hora de reverter o jogo. E nós cariocas, temos que fazer nossa parte e também mostrando nossas maravilhas para o mundo. Eu sempre falo bem do RJ para todos e tento trazer amigos e clientes e provar que o Rio continua lindo. Pode ser pouco, mas eu estou fazendo minha parte.

Ah, e eu votei no Cristo como uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Vale seu voto também!

O Papa vem aí, olê, olê, olá... e daí?

Bento XVI está chegando. A mídia não pára de falar nisso, o Lula está doido para vender o peixe do Fome Zero para ele (sem saber da raiva do Papa em relação à Teologia da Libertação e sua doutrina sócio-politizadora da fé), o pessoal de Sampa está desesperado com as implicações para o (já infernal) trânsito da cidade, crianças ensaiam em corais, jovens embarcam em longas excursões de ônibus para acampar (sem barracas, proibidas pela segurança!!!) no Campo de Marte, enfim... o Brasil se ouriça todo com a proximidade da visita do Papa alemão (deve ser efeito do Big Brother, só pode...).

Mas o que essa visita representa, afinal? Representa a preocupação dele com a perda de fiéis e com os rumos da igreja no país com mais católicos do mundo.

Mas o que ele espera fazer a esse respeito?? Será que isso lhe provoca alguma reflexão, algum suspiro de inspiração ou de "mea culpa" a respeito deste processo de debandada e de desilusão dos fiéis???

Não, é claro que não. Nós estamos falando da igreja católica, um verdadeiro monolito imutável, endurecido à base de dogmas (que são meramente aquelas coisas que você tem que acreditar sem questionar, mesmo que muitas vezes baseados em meras tradições da igreja) e pilotado por um Papa "old school", conservador até para os padrões do próprio monolito.

A brilhante solução para o Brasil envolve reafirmar ainda com mais força tudo aquilo que já vem sendo feito (!!!), oferecer a suprema benção de uma visita Papal (o que, num país provinciano do hemisfério sul, é sempre "O" acontecimento do ano) e, como "mimo", quebrar o protocolo (mas só um pouquinho...) e canonizar o primeiro santo brasileiro, no solo do seu próprio país, diante de uma multidão colossal de fiéis.

Enquanto isso, os "descasados" continuam não podendo participar dos sacramentos (confissão e eucaristia) e dos grupos eclesiais (em posições de liderança), além de ter que amargar o desgosto de ver o Papa se referir aos segundos casamentos como um "problema pastoral espinhoso e complexo, uma verdadeira praga do ambiente social contemporâneo que vai, progressivamente, corroendo os próprios ambientes católicos." Situação semelhante de exclusão é vivida pelos fiéis homossexuais.

"Ah, mas há grupos de encontro de casais, próprios para os descasados, então não se pode dizer que a igreja os exclui". Balela. Bullshit!!! O que é isso, senão a exclusão dessas pessoas dos grupos e dos ritos ditos "normais"? Mas o problema é que só percebe a força cruel da exclusão quem a sente na pele.

O discurso radical e, sobretudo, esse monstro doutrinário baseado em dogmas e tradições absurdas continuará a nos assombrar por muito tempo. Mas, afinal, mudar para quê? Afinal, basta fazer um agrado ao povo latino, não é? Eu acho que não mas, como sempre, sei que eles só perceberão o seu erro tarde demais.

Antes de ser mal-interpretado, gostaria de dizer que não sou contra a igreja e a fé, muito pelo contrário. Não tenho como ser contra qualquer organização que, todos os domingos, reúna multidões ao redor de todo o mundo para pregar o amor a Deus e ao próximo. Essa é a igreja que não perdeu a sua verdadeira meta de vista (independente de ser católica, evangélica, etc).

O problema é tudo isso acontece apesar das diretrizes ditadas por essa "outra" igreja, política, esmagadoramente doutrinária, que perdeu o seu foco no meio de tantas interferências HUMANAS, dogmas e tradições, travestidos da "vontade de Deus".

Enquanto isso, vamos vivendo a nossa fé da maneira que podemos, tentando fechar os olhos para os fardos insustentáveis que tentam nos impor os fariseus da cúpula romana.

E que venha o Papa complicar o nosso trânsito e apertar as correias dos nossos fardos.


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Acho oportuno rever um post antigo a este respeito, mais completo do que esse:

http://diamonds-bullshit-and-stuff.blogspot.com/2006/10/amm_09.html

Os vascaínos que me desculpem...

Os tricolores que também me desculpem...

Os botafoguenses que me desculpem mais ainda...

Mas o Campeão Carioca de 2007 é mais uma vez o meu time.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!!!

Cuidar de alguém

À noite, tem sempre alguma coisa da Julia para fazer. Lavar as mamadeiras que chegam da creche, esterilizá-las, arrumar a bolsinha dela para o dia seguinte, repor as fraldas que foram usadas durante o dia, conferir se há leite suficiente, colocar roupinhas para lavar, aprovisionar novas mudas de roupa, dar banho, brincar com ela até ela dormir (o que não costuma demorar)...

A não ser quando ela está doentinha (o que, graças a Deus, tem acontecido pouco), o trabalho não chega a ser pesado. Mas o interessante é que estávamos reparando essa semana o quanto tem sido gostosa essa nova rotina.

É muito bom ter alguém para cuidar.

Dia do Trabalho

Em pleno dia do trabalho, é feriado e não se trabalha no nosso país. Viva o trabalho!!!

"Jack Soul Brasileiro
E que o som do pandeiro
É certeiro e tem direção
Já que subi nesse ringue
E o país do swing
É o país da contradição..."