segunda-feira, abril 30, 2007

E os monstros do colarinho branco?

No Brasil, as únicas coisas que dão cadeia, mas cadeia líquida e certa mesmo, são duas: capturar passarinho na floresta e deixar de pagar pensão alimentícia.

Não que os crimes acima não mereçam punição, mas chega a ser ridículo como a Lei não sabe dosar suas porradas.

Um bom exemplo são os chamados "crimes do colarinho branco" (em especial, o chamado "peculato"). Dificilmente um camarada que desvie dinheiro público vai em cana.

No entanto, em um país como o nosso, esse deveria ser considerado um crime hediondo. Aliás, deveria ser criada uma categoria de crime acima das mais graves categorias existentes atualmente. O roubo de dinheiro público deveria ser considerado hediondíssimo.

O problema é que a vítima desse crime covarde quase nunca pode ser identificada. É como um "sujeito passivo oculto".

Mas as vítimas estão por aí: grávidas, sangrando no chão dos hospitais públicos; idosas e doentes, vendendo biscoitos na rua porque a Previdência lhes paga uma merreca irrisível; mortas no asfalto quente, porque o dinheiro para tapar os buracos e sinalizar as ruas foi desviado; .........

Não é evidente que quem rouba dinheiro da Previdência, ou da Saúde, ou de qualquer outro bolso do Governo se torna culpado de todas essas abominações? Como é que essa porra ainda não é considerada crime hediondíssimo ainda, me diz??

Os monstros (continuam) entre nós

Notícia do Globo Online de hoje dá conta de um casal que enterrou o filho recém-nascido no quintal de casa. Vivo.

O bebê foi encontrado pela avó e pela polícia, após ficar 3 horas enterrado e está internado em estado grave.

Quem faz algo assim não merece ser chamado de gente, muito menos ter o privilégio de poder trazer uma criança ao mundo.

segunda-feira, abril 23, 2007

Salve Jorge!!!


Hoje, dia 23 de abril, é dia de São Jorge.

Meu nome foi dado em homenagem a esse santo guerreiro, já que minha mãe é devota dele.

Eu acabei me tornando também um devoto e presto uma homenagem a ele aqui no blog...

Retirei esse texto da Wikipédia que achei legal:


"De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge ainda criança,mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, originária da Palestina, possuia muitos bens e o educou, com todo esmero.Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o Imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Neste tempo faleceu sua mãe, e ele tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador, sendo de idade de 23 anos. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador
Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em
Jesus Cristo . Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel ao Cristianismo, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente,
Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição católica, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lídia(Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador Cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a Devoção ao Santo fosse espalhada. Logo se espalhou por todo o Oriente. Pelo século V, já haviam cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores Santos da Igreja Católica."


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos tendo pés, não me alcancem; tendo mãos, não me peguem; tendo olhos não me vejam e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.


Esse é um trecho da oração de Sâo Jorge, uma das mais bonitas que conheço.

É isso aí. Salve Jorge!!!!

sábado, abril 21, 2007

Viva o Vôlei


Sou um torcedor fanático por vôlei. Me lembro de vários campeonatos que eu assisti em diferentes horários, torcendo bastante pelos times e por nossas seleções. Como o Japão é muito divulgador do esporte e investe bastante em campeonatos, muitos dos torneios são disputados lá. E com o fuso, já viram... Jogos em plena madrugada.

Hoje eu acordei 7h15 somente para ir assistir o quinto e último jogo das finais da Superliga Feminina de Vôlei. Fui ao ginásio, comprei ingresso de cambistas e vi um jogaço. Quase 3 horas de sofrimento, que coroou uma campanha muito boa do Rexona Ades, time sediado no Rio de Janeiro. E mais uma vez eu assisti vários jogos da temporada, torci, vesti literalmente a camisa.

Hoje o ginásio do Caio Martins, em Niterói, parecia um caldeirão. Suei muito, gritei muito e quase perdi as esperanças. Mas valeu demais!

É muito bom poder gostar de algo, acompanhar de perto e poder dizer É CAMPEÃO!!!

Parabéns ao time, a comissão técnica, em especial ao Bernardinho, que mais uma vez mostra porque é o melhor técnico do mundo.

Ades, Rexona Ades!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, abril 20, 2007

Mãe só tem uma!

Mãe é mãe né? Dizem que mãe só muda de endereço. Tenho minhas dúvidas...
Minha mãe tem muitas similaridades com outras mães que conheço, porém tem também diferenças significativas. Apesar de eu ter 30 anos, minha mãe ainda me vê como o menino que pedia autorização para jogar uma pelada na rua com os amigos ou que tinha que ter autorização para brincar de pique-esconde dando a volta no quarteirão!
Minha mãe faz questão de me mimar. Se preocupa demasiadamente com minha saúde, com meu emprego, com minhas atividades físicas. Ela conhece quase todos que me cercam, faz questão de participar. Mais ou menos como ela fazia na época de escola, indo às reuniões com os professores.
Claro que isso tudo muitas vezes me deixa furioso, afinal não sou mais uma criança. Mas o amor de mãe é maior que tudo. Ela agora tem me deixado mais na minha (na medida do possível), devido a neta. Pois é, Juju agora é o motivo de maior atenção da família. Nada mais justo. Não quero competir com minha sobrinha e afilhada de meses, ora bolas...
Mas o motivo principal de falar da minha mãe hoje é pelo fato de nesse exato dia ela completar 60 anos. E ela chega a essa idade com bastante disposição, sendo amada pelos filhos, admirada por muitos e com vitalidade. A Dona Sonia é assim: ela praticamente toma a atenção de todos meus amigos quando me visitam, ri facilmente, fica nervosa à toa e é participativa. E eu fico bobo, alegre e vaidoso por poder chamá-la de mãe.
Parabéns mãe!!! Realmente, mãe só tem uma!!!

terça-feira, abril 17, 2007

Malthus é que tinha razão...

O autor do livro "Freakanomics", um economista (agora, de renome), tece algumas analises bem interessantes da sociedade em geral, a partir do uso de ferramentas de regressão estatística/econometria.

Entre seus achados, está uma conclusão muito interessante. Ele encontrou uma relação entre a legalização do aborto em um estado americano há vinte anos atrás, com uma expressiva diminuição nas estatísticas de crimes violentos no presente. Segundo ele, ao legalizar o aborto, o estado evitou a chegada ao mundo de um sem-número de crianças de pais pobres, ou de famílias desestruturadas. Muitos desses não-nascidos, estatisticamente, possuiriam uma forte tendência à criminalidade, devido à sua criação e condições de vida, o que acabou resultando na diminuição dos índices de criminalidade no presente.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, outro dia mesmo mencionou ser favorável à legalização do aborto, com vistas a esse mesmo efeito descrito no estudo do Freakanomics.

Acho interessantíssimo o achado do economista. No entanto, em princípio (afinal, qualquer regra de conduta sem exceções torna-se tirana), sou contra o aborto (minhas razões ficam para outro post), ainda mais depois que fui pai. No entanto, há outros mecanismos capazes de gerar o mesmo efeito, ao evitar o nascimento desses marginais/marginalizados em potencial.

Por exemplo, os hospitais públicos, ao realizar o segundo parto de mulheres carentes, a não ser que essas mulheres fossem capazes de comprovar ter condições financeiras mínimas para criar um terceiro filho (chute-se um valor qualquer), deveriam ser autorizados, por lei, a realizar laqueaduras de forma compulsória.

Isso pode soar fascista, mas a verdade é que o interesse da coletividade se sobrepõe ao interesse dos indivíduos. Tem que se sobrepor, senão vira zona. Este conceito, inclusive, está presente na Constituição da República, em diversas leis que versam sobre os mais variados assuntos.

Essa seria uma solução drástica mas, a meu ver, menos drástica e infinitamente menos cruel do que legalizar o assassinato de inúmeros fetinhos já concebidos que, mesmo na impossibilidade de serem criados com as mínimas condições pelos pais, ainda poderiam ser encaminhados para um sistema de adoção eficiente, terem a chance de se desenvolver e de participar da sociedade da forma sadia que todo mundo deveria poder.

Mas, vivendo no país dos paliativos, das soluções simplificadas e pela metade, acho muito difícil tudo isso acontecer...

A evolução das pragas

Essa é para quem anda no Centro da cidade:

Os vendedores das financeiras (principalmente a Taíi, aqui no Rio) que ficam pelas ruas abordando as pessoas para oferecer crédito pessoal (a juros "agiotescos") são o equivalente das Testemunhas de Jeová, para o novo milênio.

domingo, abril 15, 2007

Músicas que me tocam - 19

Alguns motivos para selecionar essa música:
1) A versão original foi escrita por um compositor muito talentoso - e oscarizado!
2) A versão em português foi feita pelo Moska - que simplesmente adoro!
3) A melodia é maravilhosa.
4) Foi gravada em um dueto perfeito da Simone (que gosto muito) com a Zélia Duncan (que eu amo).
5) Tem uma letra poética.
6) Tem como não gostar de uma música que nos faz relaxar, pede calma e que clama para que o beijo dure e o tempo cure???

A idade do céu - Moska

Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu

Não somos o que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu
Calma
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Ou um capricho do sol
No jardim do céu

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu

Calma
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu

sexta-feira, abril 13, 2007

Ansiedade é uma #$%#@$%!!!

Ouvi um ditado interessante outro dia: "watched water never boils" (algo como: "fique vigiando a chaleira e aí é que ela não vai ferver nem a cacete!")


Devia dar ouvidos a esta máxima e parar de ficar que nem um tarado, vigiando os fóruns de discussão e o site de uma banca organizadora, à procura de novidades sobre um concurso que fiz (e para o qual acho que mandei bem), cujo resultado está para sair. Queria conseguir me desligar... colocar um despertador mental que só me acordasse para esse assunto no dia marcado. Seria tão bom...


Hoje tá ruim de trabalhar. Acho que vou pegar minha gordinha na creche mais cedo.


Já que falei nela, saca só as dobrinhas da sereia (rsrs). Está com 4 meses, mas já tem uma personalidade e uma expressão no olhar, de matar o papai de alegria.


quinta-feira, abril 12, 2007

Parabéns Juliana - Versão Marido

Dia 10 foi o aniversário da Juliana. Jantarzinho romântico, não teve. Teve Julinha com febre de 39,2ºC, teve noite em claro, teve beijos e abraços de parabéns rápidos, e mãos à obra. O foco era outro: a Julia. Passado o susto, retorno à vida normal de pai-que-também-dorme-e-escreve-sobre-a-esposa-no-blog.

Ficar citando adjetivos não fará jus a ela, mas seguem alguns mesmo assim: linda, sempre de boa (a não ser quando está com sono...), amiga, simpatissíssima, cativante, super-querida, dedicada, corajosa, doce, capaz... Para tentar fazer alguma justiça ao que ela é, no entanto, gostaria de citar dois episódios da nossa história. As duas atitudes de maior coragem na minha vida tiveram como verdadeiro pilar de sustentação a minha esposa. Na verdade, são ambas vitórias dela, tanto quanto minhas.

Na primeira, após uma separação traumática e estúpida (já viram "Dormindo com o Inimigo?" Pois é...), quando tinha todos os motivos do mundo para tão cedo não querer me envolver com ninguém, eis que surge a Juliana. Já nos conhecíamos, e tinha uma excelente impressão dela, mas nunca havia pensado nela de outra forma que não a da amizade. Mas, livre de quaisquer obrigações, e passando providencialmente a conviver mais com ela nas caronas para Niterói (valeu, Marisa e Tatiana!), algo mudou, e mudou muito rápido.

É impressionante como as coisas aconteceram. Entre os primeiros olhares, as primeiras conversas ansiosas, os primeiros recados para os amigos em comum, as primeiras indiretas-quase-diretas, a primeira conversa mais séria e o primeiro beijo, passaram-se apenas duas semanas. Mais duas semanas, e já ensaiaríamos as primeiras juras de amor, o nome da Julia já estaria escolhido e começaríamos a sonhar em nos casar. Com 7 meses, estaríamos casados.

Entrar nessa relação, depois do inferno pelo qual passei, somente um mês após uma separação hedionda, foi a atitude de maior coragem na minha vida, e ela não teria sido absolutamente factível, não fosse a Juliana a pessoa que ela é. Não vou dizer que não tive medo, porque seria mentira. Mas o prêmio era (é!!!) tão grande, que valia (valeu!!!!) QUALQUER risco.

A segunda atitude mais corajosa da minha vida foi quando resolvi pedir demissão para estudar para concursos (já contado em um post recente). Já morávamos juntos há algum tempo, mas estávamos a dois meses da nossa sonhada festa de casamento e, apesar das contas estarem quase todas pagas, e de termos uma reserva, o plano era arriscado. Mas ela me apoiou integral e incondicionalmente. Depois de pedir demissão, ainda fui quebrar o tornozelo no final da lua-de-mel em Bariloche, passamos um perrengue absurdo para voltar para casa, passamos por uma cirurgia, por um período de recuperação, tive dificuldades para continuar estudando, para ir fazer as provas, tivemos despesas extras......... (a história completa é muito legal, mas fica para outro dia)

É nessas horas de dificuldade que a gente verdadeiramente conhece as pessoas. No meio do desespero, qualquer máscara, qualquer teatrinho, acaba desvendado. Não tem castelo de cartas, por mais bonito que seja, que resista a um vendaval. As pessoas mostram a sua verdadeira qualidade nesses períodos de provação. O mesmo acontece com as relações.

No meio disso tudo, em absolutamente nenhum momento a Juliana deixou a peteca cair. Continuou sempre me dando força, me animando quando eu ficava preocupado, fazendo a sua parte sem reclamar (o que incluía dirijir sozinha 150 km por dia nas idas e voltas ao trabalho, antes partilhadas comigo). No decorrer desses 6 meses de tormento, até que eu (na verdade, nós) passasse num concurso e voltasse a trabalhar, minha esposa foi uma rocha. Aliás, mais que uma rocha, porque rochas não sorriem enquanto são açoitadas pela tempestade.

Assim, o seu amor, a sua confiança em mim, o seu carisma, a sua doçura, a sua beleza, o seu caráter e a sua força são, para mim, muito mais do que apenas adjetivos a serem colocados de forma leviana em um cartão de aniversário. A admiração e o amor que tenho por ela não cabem num cartão, não cabem em adjetivos e, apesar dos meus pífios esforços, também não vão caber neste blog. Mas ficam aqui esses dois "causos", na tentativa de homenageá-la e de celebrar mais um ano de vida dessa que é a pessoa mais importante da minha vida (juntamente com a Julinha que, afinal, é a encarnação dessa história), e que, de quebra, ainda tem se revelado uma mãe maravilhosa. Obrigado por ela, meu Deus!

terça-feira, abril 10, 2007

Parabéns Juliana! - Versão Amigo

Hoje é aniversário de uma grande amiga minha. É engraçado como ficamos amigos. Estudamos juntos na UFF, fizemos Engenharia Química, mesmo período. Como o sistema de créditos é impiedoso com as amizades, nós começamos a desenvolver nossa amizade no segundo período, graças a uma aproximação dela, que chegou falando de mim, da minha vida acadêmica, sem eu nem saber que ela existia. Para mim foi uma grata surpresa.
A partir desse momento, nós fomos ficando mais próximos. Lembro que conheci sua casa, sua família e desenvolvemos um grupo de amizade muito forte. Parte dele sobrevive até hoje. Isso tudo desde 1995!!!
Hoje, em 2007, muita coisa mudou. Eu mudei bastante, tanto fisicamente quanto internamente. A Juli hoje é uma mulher forte, casada, bem sucedida, com uma filha linda, com uma família que a apóia e a alegra. Durante esses anos, pude notar o quanto ela evoluiu também. Passamos momentos inesquecíveis juntos: muitas festas, provas, estudos, colas, monitoria (sim, a Juli foi minha monitora. Thanks, Juli! - rs), comemorações no Plaza, no Parque da Cidade, na casa de amigos e muitas fotos!!! Não só momentos alegres, mas a grande maioria sim, foram momentos alegres.
Todos nós temos nossos problemas. Seja na faculdade, em casa, no trabalho, no namoro... Eu acompanhei todos dela nesses âmbitos e vejo que eles passaram e ela está cada dia mais forte, mais alegre e mais distraída com tudo. Distraída no melhor sentido da palavra. Nesse caso, distraída é não dar atenção a coisas pequenas, não guardar sentimentos ruins, relaxar, se distrair no universo de coisas que tentam nos sugar a atenção.
A mãe da Julia, esposa do J. é assim. Uma pessoa ímpar, que sorri de uma forma única, que fala com um sotaque sei lá de onde e é amiga, bonita e trabalhadora. E além de ser essa minha amigona, ainda me deu o prazer de ser seu padrinho de casamento e poder abençoar tal momento. Ah, e ainda é alguns meses mais velha e pode me dizer como é ter 3.1, né??? rs
Parabéns amiga! Fica aqui registrado todo o amor de seu amigo e padrinho por você!!!

quarta-feira, abril 04, 2007

Músicas que me tocam - 18

Outro dia estava em casa e decidi ver alguns DVD's de shows. Eu sou um fã de músicas e louco por DVD's. Então, me baixa um VJ, e eu ponho para tocar várias músicas, o que dá uma bela seleção, pelo menos para mim. E em 2 momentos, recentemente, eu coloquei uma música que fez muito sucesso para as pessoas que estavam assistindo comigo.
"Why", da Annie Lennox, tem uma letra muito bonita, deveras triste, porém com uma força inenarrável, principalmente por sua bela e visceral interpretação. Eu descobri que tenho 4 versões dessa música em DVD: no DVD da Annie no Central Park; no Peacetour do Eurythmics (grupo do qual ela participou); no show dos 25 anos da gravadora Arista e no Party at the Palace, o show em homenagem à família real britânica. Em todas essas versões, ela canta perfeitamente essa canção. Lógico que eu tenho minha versão favorita, porém a música é foda. Sim, essa palavra define a força dessa música. Quem a conhece , com certeza já foi tocado por ela. Se ainda não foi, meu amigo, prepare-se: um dia ainda será!!!

Why - Annie Lennox

How many times do I have to try to tell you
That I'm sorry for the things I've done
But when I start to try to tell you
That's when you have to tell me
Hey...this kind of trouble's only just begun
I tell myself too many times
Why don't you ever learn to keep your big mouth shut
That's why it hurts so bad to hear the words
That keep on falling from your mouth
Falling from your mouth
Falling from your mouth
Tell me...
Why
Why

I may be mad
I may be blind
I may be viciously unkind
But I can still read what you're thinking
And I've heard it said too many times
That you'd be better off
Besides...Why can't you see this boat is sinking
(This boat is sinking this boat is sinking)
Let's go down to the water's edge
And we can cast away those doubts
Some things are better left unsaid
But they still turn me inside out
Turning inside out turning inside out
Tell me...
Why
Tell me...
Why

This is the book I never read
These are the words I never said
This is the path I'll never tread
These are the dreams I'll dream instead
This is the joy that's seldom spread
These are the tears...The tears we shed
This is the fear
This is the dread
These are the contents of my head
And these are the years that we have spent
And this is what they represent
And this is how I feel
Do you know how I feel?
'Cause I don't think you know how I feel
I don't think you know what I feel
I don't think you know what I feel
You don't know what I feel

segunda-feira, abril 02, 2007

Palmas para a Tia Emília

Semana passada, sucumbiu a um câncer a "Tia Emília", mãe de um dos meus melhores amigos, o Fernando.

No enterro, enquanto baixavam o caixão dela, me deu vontade de bater palmas. Contive meu impulso, pois tive a impressão de que o gesto não seria bem recebido ou compreendido por todos. Mas ela bem que merecia.

Foi uma mulher batalhadora, a vida inteira. Se aposentou como professora (do estado, se não me engano). Construiu um casamento feliz e equilibrado, que durou até o fim. Criou um casal de filhos batalhadores, corajosos e de um caráter acima de qualquer prova. Bem soube manejar as limitações da vida e, ao final, morava confortavelmente no Recreio, próxima à praia, realizando um sonho antigo.

A vida toda, combateu o bom combate e, ao final, se foi com dignidade, com a fé inabalada mesmo pela crueldade da doença crônica e debilitante.

Se metade das pessoas que partem desse plano o fizessem tendo realizado pelo menos metade do que a Tia Emília realizou, no seu anonimato e na sua simplicidade, que lugar o mundo seria!