quinta-feira, janeiro 13, 2011

2011

2010 foi embora, chegou 2011 e eu nem me despedi aqui no blog e, muito menos, dei boas vindas a 2011. Como o passado não dá pra corrigir, fica aqui o registro de felicitações para esse ano de 2011. Torço para que seja um ano repleto de coisas boas para cada um de nós. E as coisas ruins que por ventura insistirem em aparecer, que nós consigamos tirar de letra. Um excelente 2011 pra todos nós! Voltarei em breve com novos posts. Ideias não faltam!

quinta-feira, novembro 25, 2010

Pra variar, estamos em guerra...

Sou morador do Rio de Janeiro. Mais que isso, sou nascido e criado na Cidade Maravilhosa. Hoje moro em Ipanema, bairro da Zona Sul do RJ, mas nasci e passei grande parte da minha vida na Penha, bairro da Zona Norte do RJ. A Penha é um dos bairros do qual o Complexo do Alemão faz parte. Esse complexo, como o próprio nome sugere, é um conjunto de morros e favelas, um dos maiores e mais violentos do RJ. E com o aumento da violência, bairros que não aparecem na mídia como a Penha, Olaria, Ramos e Bonsucesso, vivem hoje, principalmente em algumas áreas, uma guerra constante.
O que assistimos esses dias nos noticiários sobre o RJ é reflexo de anos de um "oba-oba" generalizado. O Estado foi entregue às moscas e baratas, com governos populistas que largaram mão e só queriam aparecer na mídia. Não sei ao certo se esse é o caso do atual governador, Sérgio Cabral Filho. Mas o fato é que se ele achou que iria fazer UPP´s (Unidade de Polícia Pacificadora) sem qualquer represália ou mesmo empurrando a bandidagem para as demais comunidades, foi um engano bem infantil e amador. Não acredito nisso.
Eu particularmente acredito que as UPP´s foi uma tentativa de começar a tornar algumas regiões melhor habitáveis. Só que alguém paga essa conta. As áreas tomadas pelas milícias, muito bem retratadas no filme "Tropa de Elite 2" estão cada vez mais violentas. É a união da bandidagem com a polícia. E isso é o pior dos mundos, causa uma insegurança ainda maior.
Estamos vivendo uma guerra civil. Em uma guerra há acordos? Sim, há. Mas até certo ponto. Não dá para entregar todas as táticas e estratégias. Isso é entregar o ouro ao bandido, literalmente falando. Nessa guerra, assim como toda e qualquer guerra, há um clima de incerteza e uma sensação de insegurança. Mas o Rio de Janeiro vive agora uma oportunidade ímpar de não limpar a sujeira para debaixo do tapete. Há de se deixar a vaidade e falsas sensações de segurança e partir com força para dar um jeito na situação. Daqui a menos de 4 anos seremos palco da Copa do Mundo e em menos de 6, dos Jogos Olímpicos. O Estado precisa dar uma real guinada. Não podemos fazer como foi feito para o Pan-Americano em 2007, que criou condições específicas para os jogos e depois voltou tudo ao normal. As contas de Copa do Mundo e Olimpíadas são altíssimas e tem que refletir em benefícios reais para a sociedade.
Sei que declarar guerra é algo complicado, mas não se enganem: nós já estamos em guerra faz tempo. Só que era concentrada, velada e, de certa forma, podia ser evitada não se expondo em áreas de grande risco. Porém a Cidade é uma só. O Estado é um só. Todos pagam impostos e tem direito de viverem com condições mínimas de sobrevivência. Não é vida pensar se vai tomar tiro, se vai ser assaltado, se terá um filho envolvido no tráfico etc. A Cidade é Maravilhosa em termos naturais. E que também seja para toda população, sem exceções!

segunda-feira, outubro 25, 2010

Vale Tudo???

Atualmente o canal Viva, da Globosat, está reprisando uma das novelas que mais marcaram a história da teledramaturgia brasileira: "Vale Tudo". A novela foi originalmente exibida pela Rede Globo em 1988 e retratava o Brasil daquela época: um país que estava esperançoso de se encontrar, com uma inflação astronômica, crise, recessão econômica, enfim, uma nação em busca de uma identidade, com muita corrupção corroendo o sistema.
Vinte e dois anos se passaram e o tema continua bem atual. Afinal, será que vale tudo mesmo para se conseguir o que se quer? Como diz o ditado, "o fim justifica os meios"? Não sei responder, só sei que se paga um preço bem alto por tudo isso. Nosso país avançou nesse tempo, é fato. Hoje temos eleições diretas, somos mais competitivos, não temos mais aquela inflação que tanto nos afligia, porém muita coisa ainda continua bem atual. A corrupção está aí para quem quiser ver. Tantos mensalões, crimes do colarinho branco, enriquecimentos ilícitos e por aí vai. É muita gente querendo se dar bem na vida com o menor esforço possível, muitos golpistas, muitas pessoas querendo mamar nas tetas do Governo.
Estamos a menos de uma semana para sabermos quem irá presidir o Brasil pelos próximos 4 anos. E o que vemos na TV é uma sucessão de escândalos, dossiês, dinheiro rolando solto em campanhas, troca de favores, discussões infundadas, jornalismo deturpado... Isso me faz pensar que realmente estamos vivendo dias de vale tudo.
Ontem assisti o filme "Tropa de Elite 2", que vem bem de encontro ao tema. O filme é uma crítica ferrenha ao sistema, que ao combater algo ruim que é o tráfico de drogas, perde a oportunidade de limar de vez a corrupção nas comunidades e instala as tais milícias, que é uma nova versão do que os traficantes faziam na região. E o que mais me amedontra é que agora quem deveria ser o mocinho, também ataca de vilão. É ou não é um vale tudo???
Para mudar esse cenário, temos que exercer cada vez mais nosso direito ao voto, apelar para nossa cidadania e aos nossos direitos. Não dá pra continuar achando que é normal haver roubo, crimes e trapaças, ainda mais a olhos vistos. Nosso país vive um bom momento e ele não pode ser deixado de lado. A hora da mudança é essa. E para mudar, para tornarmos o Brasil uma nação que sonhamos, aí sim, Vale Tudo!!!

sexta-feira, outubro 22, 2010

Terra do Nunca

Final de semana passada fui ao SESC Copacabana assistir a nova peça do diretor Ivan Sugahara, chamada "Terra do Nunca". A peça fala sobre a busca da eterna juventude e como as pessoas tratam hoje a questão de envelhecer. É um tema bastante rico e muito bom para se refletir.
Terra do Nunca é o local onde o Peter Pan vive. Sou fã do Peter. Adoro as histórias e não perco qualquer adaptação sobre ele ou algo que remeta ao tema. Peter é o menino que não quer crescer. Quer viver pra sempre como criança. Ser criança é poder sempre brincar, não ter responsabilidades, viver a vida em eterna festa. Infelizmente não é possível ser uma eterna criança. A gente cresce, passa por outras fases. Porém, muito ainda teimam em ser eternamente crianças e dependendo da forma como isso acontece, pode ser prejudicial.
Acho que é legal mantermos nosso lado criança. Aquele que ainda curte umas boas brincadeiras, é bem humorado, gosta de curtir a vida... Mas as responsabilidades e obrigações do mundo adulto existem e não podem ser deixadas de lado. Pelo contrário. Na peça, um personagem é uma eterna criança. Tem mais de 40 anos, porém se comporta como um garoto. Ainda estuda, vive às custas dos pais e se for contrariado, chora.
Envelhecer é normal, faz parte da vida. Devemos buscar isso com dignidade e de forma que possamos nos sentir bem. Viver a vida de uma forma boa, agradável, sem prejudicar os outros, ser feliz, fazer outras pessoas felizes e assim nos tornarmos verdadeiros adultos.
Outro ponto a ser destacado é a vaidade. Com o tempo, vamos apelando a fórmulas para nos manter jovens. Eu hoje me vejo fazendo coisas que achei que nunca faria. A minha dermatologista me passou 7 cremes pro rosto. 7 cremes? Como assim? E o pior: eu os uso todos os dias!!! Mas os resultados tem sido bons. É, os fins justificam os meios.
Hoje tenho 34 anos. Parece que foi ontem que eu era adolescente. O tempo passou e continua passando. Porém, me sinto bem com a minha idade atual. Como disse, o importante é viver. E saber viver!

terça-feira, setembro 28, 2010

Tempo, tempo, tempo, tempo

Se tem algo que anda em falta na minha vida e na maioria da dos meus amigos também é o tempo. Impressionante. Acho que taí um grande filão a ser explorado. Se alguém souber como vender tempo, ficará rico. Enquanto isso, vamos nos equilibrando nas 24h por dia que todos nós temos direito.
Eu trabalho, tenho essa obrigação, não nasci rico e com uma herança me esperando. Preciso sustentar minha casa, manter a minha própria vida. Isso custa muito e o meu trabalho e esforço é basicamente para isso. O trabalho não exige apenas 8h diárias. Exige bem mais do que isso. Os meus e-mails, por exemplo, caem direto na caixa de entrada do meu iphone, que fica ligado todo tempo. Então eu acabo lendo ou respondendo e-mails a qualquer hora. Aliás, acabei de mandar um e-mail de trabalho a pouco. E já são 00:40h!!! Enfim, ossos do ofício. Além disso tem as viagens, os deslocamentos no trânsito cada vez mais caótico do RJ, as horas extras... Ufa, ser adulto cansa!
Bem, além do trabalho tem a coisa mais importante, que é a vida fora dele. Tenho família, que mora no RJ mas não tão pertinho assim de mim, vários amigos, estou num relacionamento sério, tenho 3 afilhados, gosto de ler, ver TV, acompanhar esportes, navegar na internet, assistir filmes, saber as principais notícias do dia, malhar, correr, jogar vôlei de praia e por aí vai. E tento com muita veemência dar atenção a tudo isso, mas muitas vezes sou vencido.
Gostaria muito, mas muito mesmo, de poder ter tempo para praticar remo. Moro perto da Lagoa Rodrigo de Freitas, um local ótimo e abençoado, onde daqui a 6 anos atletas do mundo inteiro remarão em busca do ouro olímpico e eu não tenho tempo para isso. Droga!!! Queria também ter tempo para escrever mais. Sim, escrever aqui no blog e também dar vazão a outras ideias. Gostaria de estar mais presente com minhas sobrinhas, meus afilhados, almoçar mais com minha mãe, dar atenção a amigos de longa data que acabo mais falando virtualmente do que da forma tradicional, mas o tempo infelizmente não me deixa.
Muitas vezes faço planos, mas o tempo corre e meu corpo não consegue acompanhar. Basta algo fora dos planos para levar os demais compromissos por água abaixo. É uma pena, mas é a realidade.
A tecnologia, que parecia vir para nos ajudar a termos mais tempo, acabou nos tirando boa parte dele. Hoje chegamos em casa e não vivemos sem TV, internet, celular e outras quinquilharias. Cada vez conversamos menos, cada vez menos tem um papo com "olho no olho".
Apesar de tudo, o tempo não deixa de ser um grande aliado, pois é ele que nos permite que façamos dezenas de coisas boas. Porém, como tudo na vida, temos que fazer escolhas. Lamento não poder fazer tantas atividades quanto gostaria, mas saibam que tudo que faço é feito com o coração. E isso é o mais importante, não há tempo que pague!!!

sexta-feira, setembro 24, 2010

Segredos

"Procuro um amor
Que seja bom prá mim
Vou procurar
Eu vou até o fim...

E eu vou tratá-la bem
Prá que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos..."


Trecho extraído da música "Segredos" - Frejat

Quem nunca guardou um segredo que atire a primeira pedra! Pois é, todos nós temos nossos segredos. Alguns pequenos segredos que não tem o menor problema serem revelados. Muitas vezes não o revelamos por simples esquecimento ou por pequenos constrangimentos. Pode ser uma mania, um vício, algo chato que fizemos no passado, alguma artimanha ou peripécia que são mais do que normais na adolescência, por exemplo.
Existem também os segredos mais sérios. Pode ser nosso ou aquele que foi compartilhado conosco por um amigo. Aí fica mais difícil ainda. Imagina nós termos um segredo de outra pessoa e não conseguir lidar com ele? Nada fácil. Por isso mesmo eu não fico forçando meus amigos a contarem alguns segredos. Se querem compartilhar, ótimo. Guardarei o segredo se me for pedido. Mas dizem que um segredo só é segredo mesmo quando nós compartilhamos apenas com a gente mesmo e ninguém mais.
Porém, apesar de sabermos os riscos de compartilharmos alguns segredos, mesmo assim o fazemos. E é nessa hora que vem o X da questão: qual será a reação da outra pessoa? Será que ela irá guardar esse nosso segredo? Será que fizemos bem em dividir isso com uma outra pessoa? Essas respostas só serão totalmente respondidas se agirmos. Não adianta ficar pensando e não fazer nada. Toda ação deve ser calculada. O risco existe, mas a compensação pode ser maior.
O melhor de tudo é quando os segredos são compartilhados e a reação é a melhor possível. Dá aquela sensação de bem estar, de poder ter confiança nas pessoas, saber que ainda existem pessoas que se preocupam com a gente e não nos enxergam apenas pelo status ou roupa que vestimos. É saber que a pessoa te ama pelo que você é, pela sua essência. E ponto final!

segunda-feira, setembro 20, 2010

As coisas são assim quando se está amando...

Estar apaixonado. Gostar de alguém. Estar amando pra valer. Esses são sentimentos nobres e muito bons. Quando estamos apaixonado, gostando ou amando alguém, as coisas parecem conspirar para que as demais dêem certo. Acho que é uma questão de energia mesmo. Claro que o amor não faz os problemas sumirem. Nada disso. Porém, quando estamos amando, nossa alma fica mais leve, logo aliviamos as coisas e não damos tanta atenção a todos os problemas. Simples assim!
É muito bom gostar de alguém e, principalmente, sentir que é correspondido. Até porque amar e não ser correspondido (ou ser, mas não a altura) não é tão legal, né? É bom demais poder haver essa troca. Os sentimentos fluem com mais facilidade, a vida se torna mais fácil, a harmonia passa a predominar nas relações. É a situação ideal!
O amor tem diversas fases. Boa mesmo é aquela em que os sentimentos estão à flor da pele, na qual dá vontade de ficar agarrado o tempo todo, como se fosse uma dependência química, algo inexplicável, sem palavras. É precisar do beijo, do abraço, do cheiro, da voz, do tato, do sexo, do corpo como um todo. Não tem coisa melhor...
Portanto, para você que está vivendo essa fase ou está em vias de, não a deixe passar e faça todo esforço para que ela dure o máximo possível. O amor é igual ao ser humano: ele cresce, se transforma. Cada fase tem seu atrativo, porém essa é a puberdade, a adolescência com todo seu vigor, sem os problemas, somente com a vontade, desejo e necessidade. Se joguem!!!

terça-feira, agosto 31, 2010

Obrigações

Na vida temos nossos deveres, nossas obrigações. Não dá pra viver a vida como se fosse uma festa, uma novela do Manoel Carlos. É necessário trabalhar, estudar, correr atrás das metas, refletir, treinar, se cansar e às vezes chegar ao extremo para conseguirmos algo. Cansa, mas faz parte!
O problema todo é quando esse número de obrigações cresce exponencialmente e o tempo parece que encurta. Vejo meus e-mails, por exemplo. Não tenho dado conta de respondê-los num tempo curto. Ou mesmo analisá-los como deveria ser feito. Uma pena. Quando achávamos que tamanha tecnologia nos daria maior tempo livre e rapidez, eis que nos deparamos com enormes obrigações e acabamos tomando o tal "tempo livre" com elas.
O melhor a fazer é estipular tempo para as coisas. E seguir a risca, claro. O tempo do lazer, família e namoro tem que estar na programação. Senão a gente pira e acaba virando uma máquina. Isso não é nada legal...
Como o próprio nome já diz, obrigação é algo que não dá pra fugir. Logo, temos que cumpri-las e pronto. Mas algo me diz que cada vez mais assumimos mais obrigações ou acabamos transformando algumas tarefas em obrigações. E pela força da palavra, acabamos dando mais peso do que tal tarefa merecia.
Hoje estou com várias obrigações. Porém, posso me dar por satisfeito pelo simples fato de poder dosar minha vida e ter diversas opções de lazer, amigos, namoro, família... É importante buscar o equilíbrio sempre. E poder contar com um background como eu tenho, é um bom passo para o sucesso e vencer tais obrigações. Ufa!!!

terça-feira, agosto 17, 2010

O porquê de gostar de alguém

"Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu"


extraído da música "Porque era ela, porque era eu" - Chico Buarque

Para quem não sabe, sou engenheiro. Minha formação é nas ciências exatas. Sim, aquela mesma ciência exata onde 2 + 2 = 4, independente de qualquer fenônemo externo ou adverso. Aprendi que uma teoria tem que ser comprovada, qual a diferença entre um teorema e um axioma, que a matemática foi feita para explicar os fenômenos da natureza e por aí vai.
Porém, em uma (grande) parte da minha cabeça, residem algumas dúvidas e crenças que eu acabo me agarrando e que não tem muito a ver com a minha formação. Acho que tenho o direito de pensar, questionar e poder buscar explicações em outros campos. As ciências humanas tem várias teorias interessantes. Na minha cabeça eu creio que não há uma "guerra" entre humanas e exatas. Elas chegam a se complementar em vários casos. Em outros, acho que nem ambas conseguem explicar...
Como explicar o amor? Um sentimento forte? Uma atração? A paixão? Será que a física explica a atração dos corpos? Magnetismo talvez? Mas não é essa mesma física que diz que "dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço"? E quando nós amamos alguém não dá a sensação de que 2 corpos ocupam o mesmo e exato lugar no espaço?
Para tentar dar uma linha aos meus pensamentos, um norte, recorri ao meu mestre, o Chico Buarque. Na canção "Porque era ela, porque era eu", ele sintetiza muito do que penso. Certas coisas não se explicam. Aquilo aconteceu porque era ela e porque era eu e pronto. Se fosse com outra pessoa, não ocorreria. Matematicamente falando, seria uma combinação nada aleatória.
Eu vivo dizendo que vou ficar solteiro. Que quero curtir minha independência, minha vida. Mas basta eu dizer isso que o destino me passa uma mega rasteira e me deixa envolvido até o pescoço com alguém. Esse meu lado leonino é fogo. Quem é, entende do que estou falando.
Dizem que só desejamos aquilo que cobiçamos. E só há cobiça quando vemos, temos acesso. A minha história atual foi mais ou menos assim: tive acesso, via quase diariamente. Cheguei a cobiçar, mas muito internamente, sem expor. Sim, sou tímido, apesar de não parecer tanto. Mas o destino foi mais forte e me colocou cara a cara e deu uma grande "mãozinha". Daí passei a não mais cobiçar e sim desejar. E um desejo bem forte foi tomando conta. Pensei até em dizer não por meio segundo, mas a paixão quando avassaladora, é mais forte que uma avalanche.
Eu não sei bem explicar porque aconteceu de me apaixonar agora. E também não sei explicar o porquê de ter sido com essa pessoa. Talvez porque era ela e porque era eu...

sexta-feira, agosto 06, 2010

Eu quero ver se tu é homem...

"Eu quero ver se tu é homem, mané.
Que nem a parteira falou..."

1967 - Marcelo D2

Ser homem... Quero ver se tu é homem... Afinal, o que é ser homem? Ser homem é um indivíduo que nasce com o sexo masculino? O que vale é o registro? Não, ser homem é mais que isso.
Acredito que ser homem vai além do sexo em si. Ser homem passa pelo caráter, pela dignidade, pela coragem! Classificar homem por sexo em si é muito pouco. Porém, muitos insistem nessa classificação antiquada. É a confusão entre homem e macho, o famoso machão. O machão normalmente é quase um ogro, lembra o Shrek mesmo. Como se pra ser homem fosse necessário coçar o saco e gostar de mulher.
Um homossexual também é um homem. Se ele tiver os fatores que o classifiquem como um homem, não vai deixar de ser homem por gostar de outro. Já vi muitos homens que se acham o tal, porém tem atitudes que não são dignas de um verdadeiro homem.
Sei que esse é um tema ambíguo, mas que merece ser discutido. O maior problema disso tudo é o preconceito. Confundir homem com macho resulta em n problemas: é preconceito com os gays, com as mulheres, onde muitos "homens" acabam influenciados pelos pais como sendo maiores e melhores que os demais. E isso está totalmente errado.
Como bem cantou o Marcelo D2, a parteira falar que nasceu um homem é apenas uma constatação natural. Difícil mesmo é ser um verdadeiro homem durante a vida!

quinta-feira, julho 08, 2010

20 anos sem Cazuza


Ontem fez 20 anos que Cazuza nos deixava. Com certeza no dia que ele partiu, foi com ele um pouco da rebeldia, coragem e romantismo rasgado que ele colocava na sua vida e nas suas composições. O artista vai, mas a obra fica. E isso ficou comprovado nas manifestações de fãs no dia de ontem. Merecido!
Além da obra que ele deixou, que apesar de ser dos anos 80 ainda continua bem atual, a "Sociedade Viva Cazuza", liderada pela Lucinha Araújo, mãe do Cazuza, ajuda bastante a manter a chama do artista acesa. E é um trabalho que merece o louvor de todos nós. Mais uma vez, merecido!
Quando Cazuza morreu, eu tinha 13 anos. Ainda era bem novo. Mas suas canções já diziam bastante coisa pra mim. Eu admirava várias. Ele não era o meu artista favorito. Havia na época uma certa "rivalidade" (muito sadia e respeitável) entre fãs do Renato Russo e do Cazuza. Os que cultuavam Renato, admiravam Cazuza também, mas não os comparava. E vice-versa. Nessa divisão, eu ficava do lado do Renato. O achava mais interessante que Cazuza, que pra mim era mais visceral. Já Renato, mais reflexivo.
Hoje, passados alguns anos e algumas experiências, Cazuza acaba dizendo mais coisas para mim. Escuto muitas músicas e me reconheço nelas. Ele expressava uma certa acidez nas canções, mesmo as mais românticas e isso combina mais comigo nos dias de hoje. Pra citar uma delas, em "O nosso amor a gente inventa (Estória Romântica)" ele começa a música dizendo "O teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer...". Pois é, quantas vezes isso já aconteceu comigo? Uma, duas, três, enfim, perdi as contas. E depois, realmente, "te ver não é mais tão bacana quanto a semana passada".
Cazuza nos deixou um legado que vai perdurar por muitos e muitos anos. Foi um poeta do rock, assim como Renato. A eles, nossa homenagem e eterna gratidão, por expor vários dos nossos sentimentos em canções, que nos fazem pensar, refletir, discutir, chorar etc, etc, etc...

terça-feira, julho 06, 2010

Guetos

"Você quer sair do gueto
Mas a sua mente é o gueto"

trecho da música Gueto - Marcelo D2

Rio de Janeiro. Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil. Ou como diria Fausto Fawcett, "cidade maravilha purgatório da beleza e do caos". Realmente, o Rio de Janeiro é uma cidade partida. Se formos simplistas ao extremo, podemos falar que o marco divisório seria o Túnel Rebouças, que "liga" a Zona Norte à Zona Sul. Mas na verdade, existem outras divisões.
No último domingo fui visitar uma obra que foi feita na minha rua, em Ipanema. É o Mirante da Paz. Esse mirante nada mais é que um local construído no Morro do Pavão-Pavãozinho. De lá, é possível ver a Praia de Ipanema e uma vista belíssima do RJ. A algum tempo atrás, seria difícil eu ter subido o morro. Mas hoje, já é possível, graças ao programa das UPP's - Unidades de Polícia Pacificadoras. O que é uma forma de construir pontes ao invés de muros. Ponto positivo. Porém, não deixa de ser uma visita ao gueto. Me senti num "favela tour", que é muito comum para os gringos no RJ.
Essa divisão na minha cidade pode ser estendida para outros lugares. Se pensarmos no Brasil, podemos chegar a tal preconceito de grandes capitais como RJ e SP com os estados do Norte e Nordeste. Dentro do Nordeste mesmo há tais guetos, por exemplo. Salvador tem a ligeira impressão de ser uma cidade diferenciada. E rola preconceito sim. Existe gueto dentro de gueto, não há como negar.
Mas também podemos enxergar essa questão de forma mais próxima a nós mesmos. São os guetos que nós vivemos e sim, muitas vezes alimentamos. Para quem me conhece, eu sou nascido e criado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Há pouco tempo fui morar na Zona Sul. E algumas vezes escuto frases do tipo: "nossa, mas você nem parece que vem do subúrbio". Não sei se é um elogio ou um desrespeito.
Existe também o gueto de Ipanema, por exemplo. Quem mora em Ipanema e Leblon, acha longe Botafogo e tem certa implicância com Copacabana. Glória então nem merece ser chamada de Zona Sul. Dentro de Ipanema mesmo tem mais guetos. Áreas mais nobres, áreas com apartamentos melhores, áreas perto de comunidades, mais próximas ao mar, mais próximas a Lagoa, mais barulhentas...
Enfim, guetos, guetos e guetos. E quem cria tais guetos? Muitas vezes nós mesmos, por alimentá-los. Quando somos apresentados a alguém e queremos saber primeiro onde mora antes mesmo de saber coisas mais importantes e interessantes, estamos alimentando a cultura do gueto.
Comecei e termino esse post com a ideia expressa na música do Marcelo D2. Muitas vezes a gente quer sair ou fugir do gueto, mas o maior problema é que ele reside na nossa mente. Aí é mais difícil de tirá-lo, realmente!

quinta-feira, junho 24, 2010

Deixados pra trás

Essa semana fui ao cinema ver Toy Story 3. Eu já falei sobre minha adoração por Woody e Buzz Lightyear aqui no blog. Adoro o filme, os personagens, me traz boas recordações e eles já me arrancaram boas gargalhadas e algumas lágrimas, confesso.
A história desse terceiro filme é tocante: o Andy, dono dos brinquedos, está com 18 anos e indo para a faculdade. Logo, é hora de arrumar o quarto e se desfazer de coisas antigas, dentre elas os brinquedos. Lógico que tudo dá errado e os brinquedos irão passar por uma saga, até o final que não posso falar muito pra não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu, mas conseguiu me fazer chorar bastante.
O filme me fez lembrar coisas que deixamos pra trás, pelo caminho. Ao longo da vida vamos acumulando coisas: livros, cadernos, apostilas, brinquedos, souvenirs, gibis, roupas e uma série de quinquilharias. Muitas delas foram mega importantes em alguma fase de nossa vida. Imagina se tivessemos perdido o livro de matemática da quinta série quando estávamos cursando-a? Ou mesmo o caderno, cheio de anotações e dicas pra prova? Ou então aquele brinquedo que amávamos e era admirado não somente por nós, mas pelos amigos?
Depois de um tempo, o caderno, o livro e o brinquedo passam a não ter mais tanta importância, é praticamente nula. Só que quando a gente fica mais velho e começa a lembrar do passado, vem a mente um montão de coisas e dá uma certa saudade. Eu mesmo lembrei da minha coleção de chaveiros, meus jogos que eu tanto brincava, minha bicicleta Caloi 10, o Master System, minha coleção da biblioteca do escoteiro mirim da Disney... Enfim, bate uma certa saudade, mas não dá pra ter tudo, por isso as coisas são guardadas em algum cantinho da nossa memória ou mesmo em fotografias.
Além dos bens materiais, há também pessoas. Aquele amigo inseparável do primário, aquele que jogava bola na rua com a gente, outro que conversávamos até altas horas, a primeira pessoa que beijamos, o primeiro namoro, a primeira transa... Algumas pessoas que pareciam em certos momentos serem eternas pra gente, mas que foram embora de nossas vidas e nós nem sabemos muitas vezes precisar onde e como isso aconteceu. Faz parte da vida.
Quando eu fazia terapia, a minha terapeuta uma vez citou uma parábola da "raposa e as uvas", onde a moral da história era que para galgar novos degraus, precisávamos deixar algumas coisas para trás. Assim é a vida. Uma escolha, uma renúncia. Nem sempre essa renúncia quer dizer que não gostamos disso ou aquilo. Ela é simplesmente necessária em tal momento, para que possamos seguir em frente e continuar nossa rota de evolução. Aquela pessoa, aquele livro, aquele brinquedo, vai estar nas nossas memórias e o mais importante: com certeza, eles fizeram parte do que somos hoje. Logo, há uma parte de todos eles em nós. E isso é o que realmente importa!

sábado, junho 12, 2010

Farta

Significado de Farta
s.f. Us. na loc. adv. à farta, em abundância, com fartura, à saciedade: comer à farta.

(fonte: dicionário online de português)

Engraçado como algumas palavras podem ter vários significados, dependendo apenas como são colocadas em um contexto. Farta é uma delas. Além do significado destacado acima, ela pode ser usada também de forma negativa, pois estar farto de alguém não é nada legal.
Porém, desde o Carnaval, eu descobri que Farta também é um sujeito. Um "sujeito" cheio de "predicados", por sinal! Conheci pessoalmente a Flávia, mais conhecida como Dona Farta, em um dia de Carnaval desse ano. Ela apareceu na minha casa e logo de cara, antes de um "oi", "tudo bem?" ou um "seja bem vinda", eu questionei: "Por que Dona Farta?"
Ela me respondeu sobre as várias farturas que há nela e, de cara, me ganhou nesse ponto. Uma pergunta à queima roupa quando bem respondida, é sinal de que tem do outro lado um ser pensante. E isso é algo que admiro bastante!
A Dona Farta tem uma qualidade marcante que é poder ser íntima de uma pessoa sem estar convivendo com ela diariamente. E isso é algo de uma pessoa que está de alma e coração abertos. Quer qualidade melhor que essa? Em tempos que as pessoas preferem ter raiva, ódio, medos, tensões, alimentam "picuinhas", preocupam-se com a vida alheia, a Dona Farta vem com pensamentos, palavras e indagações que nos faz pensar, falar e refletir.
Em um dos posts que escrevi aqui no blog, ela me disse que há tempos estamos na mesma vibe. É um elogio que aceito e agradeço. Benditas as pessoas que se permitem questionar o porquê das coisas, que se jogam sem medos, compartilhando toda essa bondade e sorrisos com os demais. Sejam eles quem forem.
Portanto Dona Farta, hoje, no #DonaFarta'sday, desejo apenas que você continue sendo esse ser pensante, que ama, se dedica, se preocupa, sorri, que é mãe, amante, amiga, que dança, corre, trabalha e ainda sonha poder algum dia voar...

P.S.: Quem quiser conhecer o blog da Dona Farta, tá nos meus favoritos! Vale a pena!

terça-feira, junho 08, 2010

Queixa

Ultimamente venho escrevendo muito sobre 2 temas: amor e amizade. Em geral, sobre relacionamentos, pois amor e amizade são formas de relacionamento. Algumas vezes elas podem até se misturar, acontece. Um amor se transformar em amizade (apesar de alguns não acreditarem, eu acredito e curto!) ou uma amizade se transformar em amor (perigoso, mas acontece!!!).
Geralmente (mas nem sempre) escrevo sobre conflitos e situações que estou vivenciando, seja como um participante da história ou seja como ouvinte ou um mero coadjuvante. Nos últimos meses muita coisa confusa aconteceu comigo, porém com o tempo as coisas vão clareando. É aquela velha história: "depois da tempestade vem a bonança"!
Queria até falar mais sobre isso, mas muito já foi dito. Hoje, no carro, escutei uma música que traduziu muito do que penso e é com ela que me despeço desse assunto. Ao menos por enquanto. Salve Caetano Veloso!!!

Queixa

Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água

Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria

Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Amiga, me diga...

quarta-feira, junho 02, 2010

Doar

Doar. Tá aí um verbo cada dia mais difícil de ser conjugado pelas pessoas. Doar exige humildade, deixar a vaidade e a soberba de lado, exige entrega. Doar não é fácil e é pra poucos. Benditas sejam as pessoas que aprendem a fazer isso e conseguem fazer isso em vários âmbitos.
Vejam por exemplo a doação como uma forma de solidariedade. Sempre que há uma calamidade, tipo o terremoto no Haiti que arrasou com o país, as chuvas no estado de Santa Catarina, que desabrigou pessoas em várias cidades, ou mesmo a mais recente das tragédias, o deslizamento de terra em um morro em Niterói, eu faço uma doação. Seja em alimentos não perecíveis, material de higiene ou mesmo dinheiro. E confesso aqui que é um dos momentos onde mais me sinto um verdadeiro ser humano, no qual a minha força espiritual se concentra de tal maneira que eu acredito em várias coisas legais. É literalmente uma corrente do bem, que manda não só as doações físicas, mas também bons fluidos para quem está precisando.
Não sou uma pessoa tão espiritualizada assim, como possa estar parecendo pelo que escrevi acima. Tenho uma formação católica, acredito em Deus e vários dogmas da igreja (apesar de discordar de outros tantos). Porém, acredito muito na força da bondade, do amor, no poder de se fazer o bem. Como engenheiro, costumo dizer que é um simples balanço de energia. E a energia não se destrói, ela se transforma, como diz a lei da física.
Outra forma de se doar é no amor, em relacionamentos. Quando conheço alguém, se há interação, porque não se doar, nem que seja pra mostrar para tal pessoa que ela é importante e querida? Acho que o mundo anda tão ao contrário que isso geralmente assusta. Se uma pessoa enxerga tal comportamento na outra, já foge. Como se querer o bem ao próximo fosse algo demodé. Bondade não sai de moda. Fica a dica!
O mesmo acontece em amizades. É bom poder reconhecer amigos. Dizer que a pessoa faz falta, convidar pra passar uma tarde em casa conversando, almoçar, falar besteiras e coisas mais sérias. Enfim, amigo não se cria de uma hora pra outra, já disse isso aqui. Mas a amizade é uma planta que precisa ser regada. Se tiver reciprocidade, confiança e interação, vai longe. E é muito bom ter amigos.
Seja qual for a relação, desde uma simples ficada que temos intenção em poder transformar em algo mais sério, seja num namoro, uma relação familiar, amizade ou um simples colega que acabamos de conhecer, é importante estar atento e se doar, na medida do possível e também se queremos que a coisa vá à frente. Se ficarmos só esperando ações do próximo, não vai rolar. E se rolar, vai gerar uma relação sem uma fundação estruturada. E isso vai desmoronar, mais cedo ou mais tarde! Não tem jeito.
Portanto, eu tento sempre deixar claro que gosto de várias pessoas, tento ser amável e gentil com as pessoas que merecem e sim, eu me dôo com certa facilidade. Isso tem me dado algumas dores de cabeça ultimamente. Paguei altos preços, mas fazer o quê? Nesse caso o problema não está nas minhas ações e sim na omissão de pessoas que não sabem enxergar o presente que é uma doação. E quanto a isso, só posso lamentar...

terça-feira, junho 01, 2010

Sem Noção


Um dos termos que mais uso ultimamente é "sem noção". Como tem gente sem noção nesse mundo! Esse termo é bem genérico, pode ser aplicado em várias situações, seja em uma balada, num almoço, em casa, nos relacionamentos... Enfim, algumas atitudes geram os tais sem noção.
Sabe aquele amigo que te liga na madrugada de porre pra te contar os casos da noite? É um sem noção. Sabe aquele que chega na rodinha dizendo que comeu aquela conhecida da galera e conta todos os detalhes? É um sem noção. Sabe aquele que no segundo encontro diz um "eu te amo" com todas as letras? É um sem noção. Sabe aquele que tem 60 anos e se veste como um garoto de 16? É um sem noção. E por aí vai...
Eu poderia continuar ilustrando diversos outros casos, mas sugiro que leiam alguns bem legais que acontecem na noite no "Manual de Noção" by Clarisse Miranda. Clarisse é uma figura bastante conhecida na noite carioca, com bastante experiência em festas, restaurantes, boates e eventos. Com tal experiência, ela dá dicas de como se portar nas nights sem pagar mico ou ser taxado como mais um "sem noção".
O livro está à venda na Livraria da Travessa e foi lançado na versão pocket edition pela CFox. Eu já li e recomendo!!!

segunda-feira, maio 24, 2010

Amor sem Escalas



No final de semana passado aluguei o filme "Amor sem escalas" na Blockbuster. Quem quiser saber mais dados do filme, a ficha técnica está no Google, porém recomendo que veja o filme mesmo. Para quem gosta de um filme com uma boa história e excelentes interpretações, muito bem conduzido, vai adorar esse!
O filme me fez lembrar de uma fase na minha vida em que eu viajava demais. Todo mês era um vai e vem infernal, conheci vários aeroportos do Brasil, horas e horas viajadas, milhas e milhas percorridas. Nem tanto quanto o personagem do George Clooney no filme, longe disso. Porém, com algumas boas milhas acumuladas. Não posso dizer que tenho saudade daquela época. Curto minha vida como está hoje, mas é sempre bom relembrar algumas experiências, pois são através delas que espelhamos como somos hoje.
Porém, o que mais mexeu comigo no filme foi a possível história de amor e os cenários que criamos quando o assunto é o amor. Deveriam ter algumas políticas para o envolvimento amoroso. Algo como regras, pois parafraseando o Arnaldo Cézar Coelho, "a regra é clara!" Isso vale, isso não vale, assim não pode, assim talvez...
Podemos ter 15, 20, 33, 40, 52 anos, mas algumas coisas não mudam tanto. Quando se fala de relacionamento, estão em jogo as experiências, dúvidas, todos os conceitos de duas pessoas que muitas vezes pouco se conhecem e vem um tal de "desejo" que cisma em os reunir. Daí um pode querer isso e o outro aquilo. As coisas não convergem. E quem tem razão?
Nessa história toda, quem fantasiou ou se deixou entrar numa fantasia? Quem assistiu o filme, sabe que as coisas ali não estavam exatamente claras. Parando para pensar bem racionalmente, deixando todo sentimento de lado, tacitamente havia uma mensagem de "sexo e amizade" no ar e nada mais. Entretanto estava no ar. Não foi descrito. E por mais que saibamos muitas vezes que aquele tal romance não vai à frente, acabamos insistindo e torcendo para estarmos errados. Na maioria das vezes não estamos...
O filme me lembrou também sobre os tais "relacionamentos-modernos-de-adultos-onde-cada-um-faz-o-que-quer-e-viva-a-liberdade". Isso é muito bonito no papel, porém raramente funciona na prática. Todo mundo quer a tal estabilidade. Pode não ser naquele momento, com aquela pessoa, mas no fundo quer algo mais sério.
Tem um lema que eu acredito bastante: "tudo tem seu tempo e a sua hora". Não adianta apressar as coisas. Elas acontecem para quem está preparado e para quem quer e corre atrás, porém, há um tempo exato para elas acontecerem. Basta estar atento e não desistir nunca. E pé no chão sempre!

domingo, maio 23, 2010

Afinidades

"Gosto quando olho com você o mundo,
E gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você."


(Trecho de "Seu Olhar", Moska)

A-fi-ni-da-de = Tendência combinatória; coincidência de gostos ou sentimentos(fonte: Aurélio)

É muito bom poder conhecer pessoas. É muito bom poder conviver com pessoas. É muito bom poder se envolver com pessoas. Essa é a linha normal dos acontecimentos. Primeiro conhecemos, é a tal fase um. Em seguida, se há um interesse, passamos a conviver. E se a coisa rolar legal, finalmente nos envolvemos. E para ter tal envolvimento, é preciso ter afinidade!
Quando falo sobre envolvimento, não estou falando somente sobre amor, paixão, sexo, whatever... Estou falando de outros tipos de envolvimentos também, como amizade, por exemplo. São os pensamentos, a química, o prazer de estar com tal (ou tais) pessoa(s) é que nos faz seguir em frente numa relação.
Essas afinidades podem não estarem tão explícitas. Afinal, nem todo mundo se mostra logo de cara. O ser humano é bastante complexo e não pode ser definido e linearizado em tão pouco tempo. O que pode acontecer de cara é uma empatia, que é bem diferente. Afinidade é algo mais complexo, gera intimidade. E essa intimidade é que faz as relações serem gostosas. É estar ao lado de uma pessoa que vai te entender. Se você sorrir, soltar uma piada, se comportar de uma forma diferente, a outra pessoa vai entender. E quem não quer ser entendido, compreendido e amado por outra pessoa?
Não acho que é tão comum ter afinidade com alguém. Posso dizer que tenho afinidade com algumas pessoas e estou desenvolvendo com outras, o que tem me deixado bastante contente ultimamente. Acredito que uma amizade, um romance, seja o que for, se rolar tal afinidade, não deve ser descartado. Afinal, é a afinidade que nos faz estar mais próximos do outro. Portanto, eu aposto nessa afinidade. E você, que tal apostar também???

sexta-feira, maio 21, 2010

Parabéns Ed!


"Amizade que é amizade
Intima rima com intimidade
Briga mais querendo o bem
Combina com não ter fim
Aprende, ensina,
o valor que o lance tem"


(Trecho de Esporte Fino Confortável, Zélia Duncan)

Muitos apostaram que ia ter briga. Imaginem a cena: eu, um cara mimado, que sempre morou com a família, saio de casa aos 32 anos para dividir um apartamento. Novas obrigações, sem a mãe para cozinhar, lavar, passar etc. E dividir um apê com o Ed. Xiiiii, lá vem bomba!!! Pois é, mas essa tal bomba não veio. Pelo contrário.
Lógico que nem tudo tem sido as mil maravilhas, porém a convivência é bem pacífica. Eu acredito e uso esse lema, que o direito de um começa quando termina o do outro.
Como a bomba não estourou, posso afirmar que uma amizade cresceu. Apesar de conhecer o Ed há 14 anos (pronto, entreguei que estamos ficando velhos), nunca fomos tão próximos na época de faculdade, onde nos conhecemos. Ele vai dizer que era até o contrário, que eu odiava ele, etc, etc, etc. Faz parte do drama, quem o conhece sabe disso. Mas uma coisa é inegável: nos tornamos amigos de papel passado.
Amizade não é algo que se escolhe. Geralmente somos escolhidos. E amizade não nasce do dia pra noite, tem um tempo de maturação. É igual vinho, melhora com o tempo (se a amizade realmente for verdadeira, não aceite imitações!).
E como falei do tempo, ele passa rápido. Pra ser sincero, bem rápido mesmo. Tão rápido que, quem diria, aquele cara de 19 anos que conheci hoje faz 33 anos. Quanta coisa mudou! E como um bom vinho, mudou pra melhor. Hoje eu sei que ele tem aquela aparência de arrogante, metido a besta, prepotente, mas é tudo uma fama de mau que ele cria. Na verdade é um cara distraído, simples (na medida do possível), ligado a família e aos amigos.
Por mais que ele faça "amigos" rapidamente, pois isso faz parte do status dele, quase um alter ego, não me engano. Sei que ele sabe reconhecer quem são os verdadeiros. Nesse mais de um ano de convivência diária, pude aprender várias coisas com o Ed. Posso dizer que me tornei uma pessoa melhor, pois com a amizade a gente aprende várias coisas e incorporamos algumas qualidades. Acredito que algo de mim também há nele. Por isso mesmo a famosa bomba que iria estourar, segundo os prognósticos, não estourou. Ao invés da guerra, escolhemos a paz, a amizade e a evolução.
Todos nós na vida temos opções. A vida nos dá várias a cada dia. Então, cabe a nós seguirmos nossa intuição, baseados no nosso caráter e ideologias. É bom escolher ser do bem, ter amigos por perto, família... Portanto, abro esse espaço no blog para dizer ao Ed que ele faz parte da minha vida e que isso é bom demais.
Parabéns, amigo! Que o sucesso seja uma constante em sua vida, com muita paz, amor, felicidades e tudo de bom que você merece. Continue trilhando esse caminho do bem, aprendendo, estando atento ao que acontece em sua vida, que tudo vai dar certo. Que Deus te proteja!