quarta-feira, março 28, 2007

Coragem, burrice e um saco cheio de estudar

Estou de volta, após longo e tenebroso inverno. Estava de férias e não tive tempo de escrever. Parece absurdo, né? A história é longa...

Tudo começou em julho de 2005. Eu trabalhava numa multinacional, tinha um bom emprego, possibilidades de ascenção, um nome conhecido, etc. Mas não tinha vida fora do trabalho. Saía de casa às 6:15 e voltava às 20:00 (isso, dependendo do trânsito), cansado, desanimado e estressado. Estava insatisfeito com a minha vida e ainda enxergava um horizonte ainda mais negro pois, para evoluir na hierarquia, precisaria me dedicar ainda mais ao trabalho. Fora de cogitação...

Tudo isso ficava ainda mais irritante, porque sempre tive um projeto de família em que quero estar presente em casa, quero ser um pai e um marido presente, enfim quero VIVER a minha família além dos finais de semana. Onde estava, isso seria impossível.

Até que, em julho de 2005, algo estalou e decidi tomar uma atitude drástica e arriscada. Pedi demissão e passei a me dedicar integralmente a estudar para concursos. Já tinha um excelente em vista, previsto para o final do ano e decidi me inscrever em um outro, apesar de menos interessante, como um "Plano B". Tranquei o mestrado e me entreguei para o estudo de corpo e alma. Estudei até o $%¨%¨$# fazer bico, e olha que o nerdzinho aqui até que gosta de estudar!!

Graças a Deus, nada aconteceu como eu previra! Mas, no final, tudo deu certo, ou tão certo quanto possível. No meio do período de estudo, ainda fizemos a festa de casamento (que já estava marcada) e, em plena lua-de-mel em Bariloche, quebrei a perna (em dois lugares), enquanto brincava no gelo. Voltei para o Brasil, fui operado e passei a estudar na cama (onde, na verdade, passava o meu dia inteiro por dois longos meses de recuperação). Fiz a prova engessado e com dores. Para piorar, o concurso que eu queria foi cheio de maracutaias por parte da banca, deu uma m#$%erda federal e acabou na Justiça, onde se encontra até hoje. Ninguém entrou.

Na época da prova do "Plano B", eu ainda estava confiante de passar no concurso principal e quase nem levantei da cama para fazer a prova. Choraminguei para a Juliana de manhã: "Estou meio sem saco, nem estudei direito para essa prova, são quase 500 por vaga, será que vale a pena fazer??" Ela, providencialmente, respondeu: "Vai, não custa nada, faz a prova sim." "Você me dá uma carona, então?" "Claro que te levo!"

O resultado disso é que, em janeiro de 2006, tomei posse no meu novo emprego público, o tal "Plano B", exatamente 6 meses após ter pedido demissão. O salário não era o que eu queria, mas era pouco menos do que o que a multinacional unha-de-fome me pagava e conseguia pagar as contas com relativa tranquilidade. Dadas as circunstâncias, até que me dei muito bem, pois fiquei muito pouco tempo desempregado e sei que tem muita gente por aí (alguns até muito bons) que fica anos até conseguir passar para algum concurso.

Já com a cabeça muitíssimo mais tranquila, afinal já estava novamente empregado, recomecei então a procurar outros concursos para fazer, que me oferecessem a tal combinação "trabalho desafiante" / "remuneração atraente" / "qualidade de vida" que eu mirava inicialmente. Retomei o mestrado e a correria de estudo para um concurso interessante que surgiu em março de 2006. Passei bem, em quinto lugar. No entanto, para minha sirpresa e decepção, até hoje não fui chamado.

Depois disso, fiquei o segundo semestre de 2006 inteirinho sem nenhum concurso interessante, por conta das eleições. Ataquei meu mestrado, terminei os créditos e avancei até a metade da minha dissertação.

Em outubro, surgiu um forte boato de que um concurso interessantíssimo estaria para abrir em dezembro, com provas em março de 2007. Novamente, deixei o mestrado de lado e caí de cabeça em mais uma maratona de estudos, sendo que, desta vez, em uma área praticamente alienígena para mim. Estudei desde outubro de 2006, direto: Natal, Ano Novo, Carnaval, 1 mês de férias em março, até a prova, no final de março, faltando uma semana para o fim das minhas férias (que férias... rsrsrs). Fiz uma boa prova, acertei 80%. Na verdade, considerando que o assunto era realmente alienígena para mim, até que fiz uma prova muito boa. Mas, com uma relação candidato-vaga de quase 400, o resultado é uma caixinha de surpresas. Vamos ver no final de abril, com as anulações, as notas da redação e os títulos.

O saldo disso tudo, sem dúvida, é positivo. Seis meses após pedir demissão, independente dos percalços, dos períodos de choro, medo e desespero, dos sustos e das reviravoltas da vida, estava novamente empregado. Foi um ato de coragem, do qual ficarei para sempre muito orgulhoso de mim mesmo (e de minha esposa, pois não é qualquer um que aguenta a barra que nós passamos, com a confiança e apoio incondicionais que ela me deu). Mas foi, ao mesmo tempo, um ato estúpido e inconsequente. Afinal, se algo ficou provado nessa história toda, é que concurso público é um troço completamente imprevisível. O primeiro, que eu muito merecia passar, acabou na Justiça por conta de um monte de maracutias. O segundo, que eu não estudei e não merecia passar, passei e passei muito bem, obrigado. Graças a Deus, me chamaram rápido e fiquei pouco tempo desempregado. O terceiro, passei em quinto, mas não levei, sei lá por quê. O quarto, da semana retrasada, ainda é uma incógnita. Enfim, se soubesse que concurso era um negócio enrolado assim, e que não dependeria somente do meu esforço e dedicação, talvez ñão tivesse sido tão "corajoso" a ponto de pedir demissão sem ter outro lugar para ir. Pensando assim, foi uma atitude estúpida e talvez até inconsequente que, graças a Deus, eu acabei peitando. These are misterious ways, the ways we stagger through life.......

Essa historinha toda serve também para explicar (apesar de não justificar) o motivo de tantos longos períodos de ausência do blog. Estou nessa cruzada interminável de estudos há quase dois anos, com um ritmo alucinante e que me exige muito do meu tempo livre. Parei de ler por prazer, parei de jogar no PSII, parei de escrever por prazer, parei de ficar de bobeira. Agora, minha vida se divide entre o estudo e a minha família (agora maior, já que, assim que voltei a trabalhar, começamos a produção da doce Julinha, agora com 3,5 meses).

O foco é esse. "No pain, no gain." Graças a esse sacrifício, já consigo viver minha família de uma forma muito melhor e mais relaxada do que seria capaz se ainda estivesse no setor privado. Mas, infelizmente, até chegar onde preciso chegar, ainda estou em "Esforço de Guerra". Estou super-cansado desse esquema, mas acho que agora falta pouco. Pelos meus planos, acho que consigo meu objetivo até o meio do ano que vem. Até lá, no entanto, é pauleira e, desde já, peço desculpas, sobretudo ao Jorge, pelos períodos de ausência. Quando estiver sem tempo para escrever, meio sumido, pode acreditar que não é frescura nem descaso meu! Já, já, espero estar de volta com força total.

quarta-feira, março 21, 2007

Meu Erro (e Músicas que me tocam - 17)

Errar é humano, já diz o ditado. Porém, não dá para errar o tempo todo. Para tudo existe um limite, né? Mas, também existe o inverso. Tem pessoas que nunca erram ou pelo menos tentam não errar ou admitirem seus erros. Isso é perigoso!
Eu confesso que já tive muitos erros na vida. Alguns me ajudaram bastante para minha evolução. Outros nem tanto. Porém, eu não gosto de errar. Na verdade, sempre tive medo de errar. E esse medo de errar me faz mal.
Lembro que quando eu era criança ou adolescente, dos itens de material escolar, o item que eu menos usava, com certeza, era a borracha. E isso era porque eu sempre tive medo de errar. Então, eu achava melhor nem tentar ou não olhar que o erro foi cometido. Eu passava adiante e não tentava novamente. E isso fazia com que eu não aprendesse com meus erros. E são justamente os erros que nos fazem crescer. E eu não tinha esse aprendizado da forma completa, como deveria ocorrer.
Depois de uns anos, com muita terapia no lance, eu aprendi a lidar melhor com os meus erros. Assumi-los e enfrentá-los de frente é a melhor forma. Mas isso dói. E ter que lidar com esses problemas que vem da infância, é muito complicado. Porém, na vida temos que enfrentar as coisas uma hora. E essa hora chega se tivermos determinação e muita vontade de mudar.
Hoje eu sei que eu estou mais preparado para isso. Erro e estou encarando. Estou tentando de novo. Buscando soluções diferentes. Soluções melhores para mim e para as pessoas que possam estar envolvidas nesses erros. A vida é feita assim mesmo, somos humanos, logo passíveis de errar, somos imperfeitos e não temos como mudar isso. Não somos Deuses.
Afirmo que meus erros doem muito. Quando olho-os, sinto dores que chegam a ser físicas. Porém, eles me fazem ser - ou tentar ser - um ser humano melhor. E se eu não posso lidar com eles sozinho, peço ajuda. É foda, mas é assim que tem que ser. Orgulho não deve ser um sentimento a ser cultivado nesse caso.
Portanto, estou em um processo de crescimento. Quero melhorar em todos os sentidos. Quero continuar meu processo evolutivo. Quero casar. Quero ir pro céu!!!
Não encarar os erros só nos levam a perdas e problemas que se refletem no futuro. Até pode parecer abandonar o caso, "não usar a borracha", ser a melhor solução. Mas não é. E uma música que me toca diz isso claramente...

Meu Erro - Os Paralamas Do Sucesso

Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas
Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria
Oh meu Deus era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone

Mesmo querendo eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe pra trás

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria
Oh meu Deus era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais.

sexta-feira, março 16, 2007

Dias de Sol

Eu não sou muito de ir à praia. Mas confesso que adoro dias de sol. Acho que as pessoas são mais felizes em dias de sol. Você já viu em algum filme alguém ser tão feliz em dias de chuva e tempestade? Normalmente, são nesses períodos que se tem briga. Até porque, como diz o ditado, "depois da tempestade vem a bonança".
Dias de Sol me lembra minha infância e adolescência. Nessa época, eu torcia para ter Sol. Queria ir à praia com minha família, jogar bola na rua, brincar de pique, montar a nossa rede de vôlei na rua, pendurar nossa tabela de basquete e bater uma bolinha, ficar conversando com os amigos na rua, jogar jogos de tabuleiro, brincar de pique, andar de bicicleta...
Eram tantas opções, o Sol sempre ajudava a encontrar os amigos. Quem quer ficar em casa com um calor infernal? Era ótimo, sempre juntava uma galera e dava para fazer n coisas, nem que fosse não fazer exatamente nada, só ficar na rua mesmo.
Hoje eu ainda prefiro o sol, o calor. Não curto frio, dias nublados. O meu humor varia com o tempo. O frio me dá rinite, sinusite e afins. O Sol me deixa mais alegre, com a sensação de que tudo vai dar certo. O Sol é minha estrela-guia, me ajuda a ser mais feliz. Me dá mais disposição para malhar, para sair, para fazer coisas legais. Me dá até disposição para o trabalho, acreditem!!!
Lembrei desse tema porque tem uns 35 dias sem chuva aqui no Rio de Janeiro. Somente dias de sol. Sei que essa massa de ar quente, sem uma chuvinha, não é legal. Até acho que uma chuvinha no final do dia poderia cair bem. Mas não me queixo. A natureza é sábia e me presenteia com dias lindos. Pra que reclamar???

quinta-feira, março 08, 2007

Carta às Mulheres

Há muito tempo eu escuto falar em direitos iguais entre os sexos. Vejo muitas mulheres irem a TV, jornais, revistas, dentre outros meios de comunicação, e enaltecerem que é um absurdo em pleno século XXI, vocês não terem os mesmos direitos que nós, os homens. Pois bem, aí eu lanço agora a primeira indagação: "Quem é que concede os direitos de uma pessoa? Existe uma lei, uma regra que diz quais são os direitos dos homens e os das mulheres? Não seria isso algo discutível, conquistado???"
Pois bem, hipoteticamente falando, vamos imaginar que esses tais direitos fossem concedidos (não sei de forma e quais são especificamente os direitos, mas eles se tornaram reais, totalmente factíveis) e que agora vocês mulheres tem os mesmos direitos que nós homens. Seria o fim desse movimento? Pronto, agora somos todos iguais? Iguais? Como assim? E eu que sempre apostei que a beleza do ser humano se escondia nas diferenças!!!
Continuando na nossa hipótese, agora as mulheres tem os mesmos direitos dos homens. Eu também aprendi nas minhas aulas de Estudos Sociais e Educação Moral e Cívica que a cada direito que um ser humano possua, a ele está atrelado um dever. Sim, para cada direito há um dever. É um binário, não tem como dissuadir. Conseguiu um emprego? Legal, mas agora terá que trabalhar para ganhar o salário. Comprou um carro 0Km? Que ótimo, mas agora terá que pagar o que ele vale para poder usufruir desse benefício. E assim vai...
Agora lanço mais uma indagação: "Nos dias de hoje, que temos várias mulheres se destacando em todos os setores, quem precisa da chancela de direitos iguais?" Acho que esses tais direitos seriam dados pelos homens e isso seria um retrocesso na causa feminina. Eu acredito que vocês mulheres já conquistaram os espaços de vocês e ainda irão se destacar mais. Não precisam que A ou B digam em praça pública que agora todos somos iguais, homens e mulheres. Até porque, convenhamos, não somos.
Além de terem destaque na economia, política, televisão, música, esporte e no dia-a-dia, vocês ainda tem um grande diferencial que nós homens não podemos sentir o gostinho, que é gerar um filho. Eu hoje vejo de perto a minha irmã, que é uma mãe de primeira, e vejo como a maternidade mudou a vida dela em um curto espaço de tempo. Ela hoje se desdobra bem mais do que antes e ainda se sente feliz com tudo isso. Passou por n momentos bons na gravidez, viu o corpo mudar, sentiu os chutes do bebê, pariu e amamentou. Enquanto isso o pai acompanhou, participou, mas não sentiu tudo isso. E essa magia ocorre somente com vocês. Nós homens é que devíamos estar pedindo direitos iguais!!!
Vejo na minha família minha mãe fazendo 60 anos e no maior pique, sendo avó, com uma garra como se tivesse se tornado mãe novamente. Minha avó fez 80 anos e está com saúde e totalmente lúcida, com uma força incrível, depois de ter passado por poucas e boas na sua vida. Além delas, quem não tem exemplo de mulheres guerreiras, seja aonde for ou com qual idade for?
Portanto, diante dos fatos apresentados acima, eu concluo que vocês mulheres não precisam de exigir "direitos iguais". Essa conquista vocês já tiveram há tempos...
Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher!

Super-Homem (A Canção) - Gilberto Gil

Um dia
Vivi a ilusão
De que ser homem bastaria
Que o mundo masculino
Tudo me daria
Do que eu quisesse ter

Que nada
Minha porção mulher
Que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver

Quem dera
Pudesse todo homem compreender
Oh! Mãe quem dera
Ser verão
O apogeu da primavera
E só por ela ser

Quem sabe
O Super Homem
Venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher

quarta-feira, março 07, 2007

Músicas que me tocam - 16

O ano era 1994. Eu estava em Niterói, indo pela primeira vez na Escola de Engenharia da UFF, fazer minha inscrição em disciplinas. Para mim era um momento de glória. Eu estava com 17 anos, indo me inscrever em matérias que não tinha a menor noção de quais seriam, mas estava indo me matricular na universidade que eu havia passado, que é federal, enfim, o menino chegava à universidade. E com boas perspectivas, afinal um mundo novo se abria para mim.
Como ingressei no segundo semestre, tive um bom tempo de férias, queria voltar a estudar e começar a ir para Niterói, conhecer novas pessoas, como seria o terceiro grau, novo ritmo de vida. E justamente no dia da inscrição, ouvi uma música que para mim era perfeita para aquele momento. Lembro que havia um grupo de aluno no Instituto de Geociências tocando "O bêbado e a equilibrista". Eu, que sempre adorei cantar, qua sempre curti música nacional, escutava ali a música que foi tema de muitos estudantes na ditadura, foi quase um tema da anistia aos exilados políticos.
E para melhorar, essa música é da dupla João Bosco e Aldir Blanc e ficou imortalizada na voz da Elis Regina. Tinha como ter uma trilha sonora melhor???

O Bêbado e A Equilibrista - Elis Regina

Caía a tarde feito um viaduto

E um bêbado trajando luto
Me lembrou carlitos
A lua, tal qual a dona do bordel,
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu,
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Louco, o bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil pra noite do Brasil.
Meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete.
Chora a nossa pátria mãe gentil,
Choram Marias e Clarisses no solo do brasil.
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar...

terça-feira, março 06, 2007

Carnaval legal x perigoso


Eu gosto do ambiente festivo do carnaval, apesar de não me sentir à vontade na muvuca dos blocos e dos bailes. Sei lá, acho que me lembra a época da infância, viajar com a família e encontrar os primos, passar o dia na piscina, andando de bicicleta ou jogando bola, tomando guaraná Paquera e Mineirinho!


Só acho uma pena que tanta gente hoje em dia virtualmente desconheça outra maneira de se divertir que não envolva encher a cara. São muito raras as pessoas que têm a consciência de beber e não dirigir, ou mesmo de saber quando parar de beber, antes de arrumar uma confusão. Bêbado fica valente...


Isso, para mim, é o que estraga essas festas de rua. É preciso ficar sempre atento a confusões, valentões, bêbados mexendo com a mulher dos outros e, ainda por cima, na hora de ir para casa, com os bêbados-pilotos. O maior problema desses últimos, aliás, é que raramente nos fazem o favor de morrer sozinhos.


Mas, independente disso, o carnaval é uma época divertida! Até a Julia se fantasiou esse ano! rsrsrs


sexta-feira, março 02, 2007

Músicas que me tocam - 15

Aquarela sempre me lembra o comercial da Faber Castell. Para mim e para muitos da minha geração, esse comercial foi marcante. Ponto para a Faber por ter conseguido atingir de uma forma muito lúdica as pessoas. O comercial, apesar de ser bonito, tinha na música a sua força.
Essa música, composta por Toquinho e Vinícius de Moraes, é um clássico que ainda toca bastante e tem sua força praticamente inabalada mesmo com o passar dos anos. Eu continuo achando linda, sei cantá-la, apesar de me perder algumas vezes na belíssima e longa letra.
Acho que ela me toca por falar de amizade, simplicidade das coisas, beleza, soluções simples, viagens e amadurecimento. E tudo isso de uma forma pura, direta, de uma forma tão gostosa e leve. Vida longa a essa música!!!

Aquarela - Toquinho

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu

Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)

quinta-feira, março 01, 2007

EU QUERO!

Eu quero. Não, eu não quero só isso. Quero mais. Tudo que você tem pra mim é muito pouco. Meus sonhos são maiores que isso e minha exigência idem. Fui ensinado pela minha mãe e pelo meu pai que eu sempre poderia ter mais, conseguir mais coisas na vida.
A competição é sadia, me faz andar para frente. Retroceder? Um passo para trás para dar dois à frente? Sorry, isso não faz parte da minha rotina. Essa palavra - retroceder - nem faz parte do meu vocabulário. Arranquei esse verbete faz tempo...
Não me contento com iates, casas de veraneio e uma boa comida à mesa. Quero além de tudo isso dias de sol. E quando ele queimar a minha pele, quero que ele cesse nesse exato momento. Afinal, para que serve o Sol, ora bolas?
Não quero ficar feliz apenas por ter saúde, por ter comida, por ter onde morar... Quero ser feliz porque eu quero e ponto final. Afinal, eu posso. Eu mando. Tenho controle total na minha vida.
Sim, eu tenho controle sobre meus atos. Se você não tem, azar o seu. Eu sei o que quero, no que pensar, para onde ir, sei exatamente aonde vou. Quando eu atravessar a linha de chegada, para assim conquistar o troféu que eu mereço, sei que ele será fruto do meu esforço, da minha conquista. Não me inveje, tenha auto-confiança. Só não se coloque no meu caminho. Eu coloco as pessoas na minha vida, entenda de uma vez por todas.
Sim, são tantas decisões. Eu dou conta. Por isso mesmo estou solteiro nesse momento, por isso não tenho filhos (e nem quero ter, para que os terei???) e faço da minha vida o que bem entender. Isolado do mundo, eu? Nada disso, eu vivo no meu mundo. E você só entrará nele se eu o convidar. Você entendeu bem? Ei, você aí, entendeu bem? Eu tô falando com você. Quem é você? E você aí também? Porque ninguém fala comigo? Porque não me reconhecem?
Eu sou o cara! Eu sou o dono da minha vida e escolhi você e você também para entrarem nela. Podem entrar. Eu lhes darei os papéis que vocês representarão. Ei, eu estou falando com vocês. É, com vocês mesmo, não se espantem!
Bem, eu tentei. Depois não peçam para entrar no meu mundo. Nem adianta se ajoelhar aos meus pés. Nem se beijá-los, mesmo imundos - se eu os deixá-los assim - pela sujeira das calçadas, eu permitirei que entrem. Afinal, a vida é minha. Eu decido. Eu mando. Eu controlo. Entenderam como eu sou feliz??? Escutaram??? Vocês escutaram??????????? Cadê vocês???????????????

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

And the Oscar goes to...

E não é que "Os Infiltrados" levou a estatueta de melhor filme? Eu achei muito bom, mas não esperava que levasse. Talvez isso seja mais pelo fato do Martin Scorcese nunca ter ganho um Oscar e, pela sua obra, ele merecia faz tempo. Justiça foi feita então.
Para quem não viu, o filme acaba de chegar às locadoras e tem um enredo bastante interessante, além de belas atuações. Destaco o papel (pequeno) do Mark Whalberg, se destacando em meio a medalhões como Jack Nicholson, Matt Damon e Leonardo Di Caprio.
O filme tem aquele jogo irresistível de gato e rato. É inteligente, cruel e realista. Por isso mesmo, o filme vale a atenção. E não temos como negar que Scorcese é craque nesses temas. Quem viu "Os Bons Companheiros" (para mim o melhor), há de concordar.
Portanto, fica a dica para quem não viu ambos os filmes. São belas histórias, com enredos bem urdidos, interpretações muito boas e uma direção precisa do velho mestre! Have fun!!!

domingo, fevereiro 25, 2007

Músicas que me tocam - 14

Hoje, dia de Oscar, me lembrei de uma música que eu sempre gostei muito. Era do filme "O último americano virgem". Para quem não lembra, esse era um dos filmes trashs que faziam a cabeça da galera adolescente na década de 80. Passava muito esse filme no SBT e todos os meus amigos adoravam, por ser um filme que se tratava da primeira vez, de brincadeiras sexuais, piadas, enfim, coisas que faziam a cabeça de meninos de 12, 13 anos na década de 80!!!
Hoje em dia, esse filme é bem bobinho pelas coisas que se passam na TV. Mas essa música é linda. Bem o estilo "Good Times 98" (explico para quem não é do RJ: Good Times é um programa musical com flashbacks românticos da rádio 98FM. E esse programa já foi um clássico aqui no RJ).
O fato é que ao escutar essa música, ela me toca. Até hoje eu adoro! Quem não conhecer, favor escutar porque vai adorar!!!

Just Once - Quincy Jones

I did my best
But I guess my best wasn't good enough
`Cause here we are back where we were before.
Seems nothing ever changes-
We're back to being strangers
Wondering if we ought to stay or head on out the door.
Just once, can we figure out
What we keep doing wrong,
Why we never last for very long,
What are we doing wrong?
Just once, can't we find a way to finally make it right,
To make the magic last for more than just one night.
If we could just get to it,
I know we could break through it.
I gave my all
But I think my all may have been too much
`Cause Lord knows, we're not getting anywhere.
Seems we're always blowing
Whatever we've got going'
And it seems at times with all we've got
We haven't got a prayer.
Just once, can we figure out
What we keep doing wrong,
Why the good times never last for long,
Where are we going wrong?
Just once, can't we find a way to finally make it right,
To make the magic last for more than just one night.
I know we could break through it.
If we could just get to it, just once
I want to understand
Why it always comes back to goodbye.
Why can't we get ourselves in hand
And admit to one another
We're no good without each other?
Take the best and make it better,
Find a way to stay together.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Todo Carnaval tem seu fim

Dizem que o que é bom dura pouco. O Carnaval acabou, mas foi bem curtido. Mas sempre fica aquele gostinho de quero mais. Aqui no RJ, a Beija-Flor ganhou, merecidamente, o Carnaval e minha Portela ainda não despertou para a realidade do Carnaval. Mas dias melhores virão.
Fui caminhar na Lagoa, fiz trilha na Floresta da Tijuca, curti minha sobrinha, revi amigos, fui a bloco, fui ao cinema, vi vários filmes em casa, vi os desfiles, fui ao Centro ver os carros alegóricos, bloguei, bati papo, tive momentos bons e divertidos.
Faltou ir à praia (até tentei, mas não tive paciência), desfilar - um dia ainda irei, e ver os desfiles na Sapucaí novamente. Mas essas coisas ficam para uma próxima oportunidade.
Mais um Carnaval se foi e outros virão. O importante é se divertir e aproveitar.
Como diria Los Hermanos:
"Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz"

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Músicas que me tocam - 13

Estive na Avenida Presidente Vargas vendo os carros alegóricos sendo armados e preparados para entrarem na avinda. E não dá para ficar sem se emocionar com o Carnaval. Porém, a escola que eu amo ainda não entrou na avenida. Quando ela entra, com certeza mexe com meus sentimentos, sinto meu coração batendo mais forte.
E essa música abaixo como esquenta (música que é tocada antes da escola entrar na avenida) é de arrepiar. Essa mexe comigo. Voa mais alto, minha águia!!!

Portela na avenida - Clara Nunes

Portela
eu nunca vi coisa mais bela
quando ela pisa a passarela
e vai entrando na avenida
parecea maravilha de aquarela que surgiu
o manto azul da padroeira do Brasil
nossa senhora aparecida
que vai se arrastando
e o povo na rua cantando
é feito uma reza, um ritual
é a procissão do samba abençoando
a festa do divino carnaval

Portela
é a deusa do samba, o passado revela
e tem a velha guarda como sentinela
e é por isso que eu ouço essa voz que me chama
Portela
sobre a tua bandeira, esse divino manto
tua águia altaneira é o espírito santo
no templo do samba

as pastoras e os pastores
vêm chegando da cidade, da favela
para defender as tuas cores
como fiéis na santa missa da capela
salve o samba, salve a santa, salve ela
salve o manto azul e branco da Portela
desfilando triunfal sobre o altar do carnaval

domingo, fevereiro 18, 2007

Carnaval

Chegou o Carnaval! Eu gosto bastante desse período em que a cidade vive essa festa profana e fica entregue ao reinado do Rei Momo. É nessa época que anônimos brigam para virarem estrelas, terem os seus 5 minutos de fama.
Carnaval sempre me lembra momentos bons e animados. E com isso transporto minhas lembranças para o ano de 1984. Eu, um garoto de 7 anos, vendo a Marquês de Sapucaí virar o Sambódromo, berço do samba. Nesse ano, a Globo decidiu não apostar nos desfiles em dois dias. Coube a novata Rede Manchete transmitir os desfiles. Não preciso nem citar a lavada de audiência que ocorreu. A partir dali, a Globo passou a entender que o Carnaval era coisa profissional.
E foi justamente nesse ano que eu me lembro de começar a acompanhar os desfiles. E então eu vi a águia da Portela entrando na avenida e aquilo me tomou o coração. Quando eu vi, já era portelense de carteirinha. Pena que depois daquele ano, nunca mais vi a minha escola ganhar o Carnaval...
Mas esse marco inicial ficou gravado em minha memória. A partir dali comecei a comprar discos com os samba-enredos, passei a entender mais sobre os desfiles e comecei mesmo a torcer! Lembro que minha tia Marilene levava a televisão dela, que era a maior da família e mais nova – uma TV a cores de 20 polegadas!!! – para o quintal da casa da minha avó e lá todos passavam a noite vendo os desfiles. Bem, nem todos... Alguns tentavam, outros dormiam nas cadeiras de praia em frente a TV, outros iam para suas camas, mas eu quase sempre resistia ao sono, encantado pelo que via.
O tempo foi passando e esse costume foi trocado por viagens a Saquarema e Araruama pela minha tia. Mas eu continuava a fazer isso, mesmo que fosse só com minha avó ou mesmo sozinho, na maioria das vezes.
Me lembro de desfiles maravilhosos, como “O Mundo é uma bola”, da Beija-Flor (1986), no qual a Sapucaí encheu, devido a fortes chuvas. “Ratos e Urubus” da mesma Beija-Flor (1989), no qual Joãosinho Trinta levou o Cristo coberto por um plástico preto com uma faixa dizendo “Mesmo proibido, olhai por nós”. Nesse mesmo ano, a Imperatriz levou o título com um Carnaval maravilhoso, com o “Liberdade, Liberdade, abra as asas sobre nós”, ganhando o campeonato em cima da Beija-Flor, até então favorita. Tiveram dois Carnavais maravilhosos da Mocidade, em 1985 – “Ziriguindum 2001” – e 1986 – “Tupinicópolis”. Depois a década de 90, com Mocidade levando o “Vira Virou a Mocidade chegou” e “Chuê Chuá, as águas vão rolar”. Depois disso tivemos alguns desfiles também memoráveis, como o “Gosto que me enrosco” da Portela, “Catarina de Médicis na Corte dos Tabajeres e Tupinambôs”, da Imperatriz, “Luzes, trevas e explosão”, da Viradouro. Já a partir de 2000, tivemos belos desfiles da Beija-Flor, da Unidos da Tijuca e outras escolas.
Enfim, minha memória é grande quando se trata de Carnaval - é, não só Carnaval, mas em cultura geral. Eu sempre adorava ver os carros alegóricos na Presidente Vargas antes de entrar na Sapucaí. Isso me fazia me sentir mais preparado para o que iria ver a noite.
O tempo passa, a gente evolui, mudam alguns gostos. Hoje em dia eu já não sou tão aficcionado assim. Já vi o desfile de todos os lugares da Sapucaí, conheço muitas histórias de Carnaval, continuo me emocionando com a Portela, não vejo mais todos os desfiles e nem compro mais discos com samba-enredos. Porém, hoje e amanhã, irei na Presidente Vargas novamente, ver os carros alegóricos sendo preparados. E lá, me recordarei dos meus tempos de adolescente, quando era um menino aficcionado pela magia do Carnaval das escolas de samba...

sábado, fevereiro 17, 2007

Músicas que me tocam - 12

Lembro que em 1994, Zélia Duncan aparecia na mídia e estourava cantando Catedral. A música foi tema de uma novela das oito e todos sabiam cantar. A pergunta era sempre: "quem canta essa música?" Quando eu descobri, corri para comprar o CD. Mas acabei gostando mesmo de uma outra música do CD. A música era Não vá ainda, parceria da Zélia com o Christiaan Oyens.
Eu e minha irmã elegemos essa a música do CD. Ela fez sucesso, nem tanto quanto Catedral, mas até hoje é reverenciada pelos fãs da Zélia. Uma música que diz "me diga como você pode viver indo embora sem se despedaçar", com certeza entrou na minha lista de músicas que me tocam.
Para aqueles que não conhecem bem o trabalho da Zélia, recomendo todos os CD's. Ela tem músicas fantásticas em seu repertório, como Sentidos, Me gusta, Bom pra você, Enquanto durmo, Toda vez, Os Imorais, Sortimento, Me revelar, Eu me acerto, Capitu, Eu me transformo em outras, Disfarça e Chora, Distração, Carne e Osso, Tudo ou Nada, só para citar algumas.
Além disso, admiro-a pelo fato de ser uma artista que toca, compõe, canta pra cacete, é simpática, tem uma carreira muito boa, não precisa se vender por aí, tem parcerias magníficas (Christiaan Oyens. Nando Reis, Moska, Lulu Santos, Mart'nália, Rodrigo Maranhão, Fred Martins, Lucina, dentre outros). E como se não bastasse isso tudo, é querida por diversos artistas, como Frejat, Simone e Rita Lee. E atualmente pode ser vista em 3 shows: o seu Pré Pós Tudo Bossa Band, com os Mutantes e no show duo com a Simone. Eu, é lógico, já a vi em todos e recomendo. Zélia Duncan, ZD para os íntimos, é boa demais!!!

Não vá ainda - Zélia Duncan

O que você quer ?
O que você sabe ?
Não é fácil pra mim
Meu fogo também me arde
Às vezes me vejo tão triste

Onde você vai?
Não é tão simples assim
Porque às vezes meu coração não responde
Só se esconde e dói

Por favor não vá ainda, espera anoitecer
A noite é linda, me espera adormecer
Não vá ainda, não
Não vá ainda

Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar
Por favor me diga agora
Ou será, que você nem quer perceber ?
Talvez você seja feliz sem saber.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Recomendo uma olhada...

... no post "Esquecer", no blog da Roberta. O link está aí ao lado.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Músicas que me tocam - 11

Essa semana não estou nos meus melhores momentos. Muitas dúvidas, problemas profissionais, estou me sentindo meio down. Mas esses momentos, apesar de chatos, são enriquecedores, pois muitas vezes só crescemos nos momentos difíceis, de crescimento.
E essas coisas que estou passando me lembraram de uma música que adoro. Lembro que a conheci sendo cantada brilhantemente pela Marisa Monte (olha ela aí de novo!!!). Porém, essa música entrou definitivamente nesse seleto rol de músicas que me tocam ao escutá-la no filme Central do Brasil, cantada por Cartola. O filme, que acho belíssimo, tem um final emocionante e essa música tocando ao fundo, enquanto os letreiros sobem e se despedem de nós, meros espectadores da aventura de vida de Josué e Dora. Me pareceu que o Walter Salles queria testar os corações dos espectadores!
Quanto a mim, estou tentando me encontrar. Um dia ainda consigo, estou em vias de...
Quando coneguir, eu aviso!

Preciso me encontrar - Marisa Monte

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas do rio correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Filmes que me marcaram e o porquê

Forrest Gump:

O filme é todo maravilhoso, mas me marcou especialmente um trecho no final, no qual o Forrest encontra o filho dele. A PRIMEIRA preocupação dele é perguntar para a mãe se o filho era como ele, ou se era um menino inteligente. Achei lindo como, com esse gesto, ele se mostrou muito consciente de que era um cara mentalmente limitado, claramente demonstrando também o quanto isso foi para ele motivo de sofrimento.


A Lista de Schindler:

Assistir ao processo de transformação de um industrial frio e egoísta em um homem disposto a se sacrificar pelo próximo foi fantástico. Me marcou especialmente o momento no final do filme, em que ele está para fugir da fábrica. Ele desata a chorar porque o broche de ouro que estava usando poderia ter salvo mais uma vida e o carro no qual fugiria poderia ter salvo talvez mais cinco. A mensagem "quem salva uma vida, salva o mundo inteiro" ficou maravilhosamente representada nesse filme.


Matrix:

A história genial, o climão do filme, as referências a Alice no País das Maravilhas, os efeitos especiais absolutamente inovadores... enfim, maravilhoso. Se não citasse esse filme, certamente seria expulso do clube dos nerds.


Trilogia Senhor dos Anéis:

O clima épico, a grandiosidade dos cenários, os personagens (certamente melhor representados no livro, mas cinema é isso aí), a riqueza de toda aquela mitologia condensada em um único mundo de ficção, a nobreza de diversos personagens (Aragorn, Gandalf, Théoden), a trilha sonora sombria, delicada e épica ao mesmo tempo, todos esses motivos e muitos mais colocam essa trilogia na minha lista.


Sintonia de Amor:

Esse é uma tremenda água-com-açúcar, mas me lembro de ter ficado emocionado com a parte em que o Tom Hanks descreve ao telefone para um programa de rádio o sentimento de perda e de vazio deixado pela ausência de sua esposa.


Top Secret:

Uma das melhores comédias de todos os tempos. Quando o bezerro e o touro pegam os caras vestidos de vaca, quase choro de rir.


Monty Python em busca do cálice sagrado:

O filme não é nada convencional e o humor é britânico, portanto é preciso assistí-lo com a cabeça aberta. Mas tem muitos trechos memoráveis, como os cavaleiros que dizem “NI”, o coelhinho assassino, o método para descobrir se uma mulher é uma bruxa, a luta entre Arthur e o cavaleiro negro (“volte aqui, seu covarde, eu ainda posso te morder!!!”), os escudeiros fazendo com coquinhos o barulho dos cavalos (os caras zoaram até com a própria falta de orçamento), a eterna discussão sobre as andorinhas... um clássico!


Coração Valente:

Pela ilustração da deplorável “nobreza” inglesa no tratamento com suas colônias, e pelo grito de liberdade de rasgar a alma no final.


Os Suspeitos:

Pelo final sensacional! Kevin Spacey é o cara.


O Sexto Sentido:

O final já seria motivo suficiente para registrar esse filme aqui. Além disso, ainda tem o diretor M. Night Shyamalan, como sempre, arrancando bons sustos da platéia (detalhe importante: sem precisar gastar um puto em efeitos especiais, ou seja, fazendo uso somente de sua habilidade em conduzir um suspense). Os outros filmes dele não tiveram histórias tão geniais como esse, mas a habilidade do cara continua lá.


Perfume de Mulher:

"I'm in the dark!!! I'm in the fuckin' dark!!!" Pacino tb é o cara...


Com o tempo, certamente lembrarei de mais filmes que me marcaram mas, por enquanto, é só.

Músicas marcantes

Tomei a liberdade de alterar a lista, de forma a conseguir encaixar algumas das minhas preferidas:

1 - Que me marcaram:
1.1 - Sweet Child O'Mine - Guns'n'Roses
1.2 – Selvagem - Paralamas
1.3 – Nosferatu – Heróis da Resistência (só a versão original, pois é do primeiro vinil que eu comprei)
1.4 - Epic - Faith no More
1.5 - Wish you were here – Pink Floyd

2 - Prá chacoalhar o esqueleto:
2.1 - Do seu lado - Jota Quest
2.2 - Fio Maravilha - Benjor
2.3 - Festa - Ivete Sangalo
(só três mesmo porque dançar, definitivamente, não é minha praia...) :-p

3 - Prá dançar "face to face":
3.1 - Enya (só pelo “climão”)
3.2 - Baby I love your way - Peter Frampton
3.3 – Unforgettable – Nat King Cole
3.4 – Night and day –Sinatra
3.5 – One more night – Phil Collins

4 - Não ouço nem a pau:
4.1 - Armandinho ("ursinho de dormir" é o car#%%¨$!!!)
4.2 - Latino (tanto pelo estilo musical quanto pela falta de talento puro e simples)
4.3 - Qualquer funk gritado, sem uma mínima qualidade melódica ou musical
4.4 - Roberto Carlos - adoro muitas de suas músicas, mas não cantadas por ele, pois não gosto do seu jeito de cantar, nem de seus arranjos fraquinhos (a qualidade do instrumental, para mim, faz muita diferença)
4.5 – Pagode (tirando algumas do Zeca Pagodinho, porque são engraçadas, e olhe lá)

5 - Ouço no carro (músicas perfeitas para se ouvir na estrada):
5.1 - Have you ever seen the rain - Creedence
5.2 - Every breath you take - The Police
5.3 - Closer to the heart – Rush
5.4 – Losing my religion - REM
5.5 – Mamonas Assassinas (qualquer uma, pois todas são boas para cantar no carro)

6-Músicas porrada-na-orelha favoritas:
6.1 - Enter sandman - Metallica
6.2 - Holy wars - Megadeth
6.3 - Cowboys from hell - Pantera
6.4 - There goes the neighborhood – Body Count
6.5 - Rock and roll – Led Zeppelin (para mim, o maior “rócão” clássico de todos os tempos)

7 - Para fechar os olhos e sentir a música:
7.1 - Shine on you crazy diamond - Pink Floyd – cantada e tocada pelo Gilmour no seu DVD ao vivo (pro inferno com o Roger Waters!).
7.2 - Nothing else matters – Metallica - adoro músicas com intensidade crescente e um clímax apoteótico.
7.3 - Silent lucidity – Queensryche
7.4 - Lavender - Marillion
7.5 - Sultans of Swing - Dire Straits

8 - Letras (quase) sempre interessantes:
8.1 - Gabriel Pensador
8.2 - Chico Buarque (nunca vi ninguém traduzir o cotidiano com uma sensibilidade e uma elegância iguais às dele)
8.3 - Cazuza
8.4 - Alanis
8.5 - Lulu Santos


Esta lista não é exaustiva e não apresenta qualquer relação de hierarquia entre as músicas listadas.

domingo, fevereiro 11, 2007

Músicas que me tocam - 10

Para me retratar com os fãs da Marisa Monte, eu coloco aqui "Bem que se quis", que para mim é a melhor música dela. Me lembro quando escutei essa música, trilha da novela "O Salvador da Pátria". Sabia que aquilo seria um clássico.
Até hoje tenho medo de ir a um show da Marisa e não escutar ela cantando essa música. Para mim, seria imperdoável. Por essas e outras, nunca fui vê-la ao vivo. No dia que tiver certeza que ela irá cantar essa música, prometo que irei ao show!

Bem Que Se Quis - Marisa Monte

Bem que se quis
depois de tudo ainda ser feliz
mas já não há caminhos pra voltar.
O que é que a vida fez na nossa vida?
O que é que a gente não faz por amor?

Mas tanto faz,
já me esqueci de te esquecer porque
o teu desejo é meu melhor prazer
e o meu destino é querer sempre mais
a minha estrada corre pro seu mar

Agora vem pra perto vem
vem depressa vem sem fim
dentro de mim
que eu quero sentiro teu corpo pesando sobre o meu
vem meu amor vem pra mim,
me abraça devagar,
me beija e me faz esquecer.

sábado, fevereiro 10, 2007

De repente é aquela CORRENTE pra frente...

Recebi da Kah um chamado para uma corrente. Todos dizem que não gostam de correntes, mas acabam passando... rs
Lógico, a corrente tem que ter algo legal, engraçado e que nos motive a sentar em frente ao computador e pensar nas respostas!
Então, eu começo a responder a essa corrente, que não sei porque, mas me lembra bastante a mim... hehehe

Músicas:

1-Que me marcaram:
Faroeste Caboclo - Legião Urbana
Com todos menos comigo - Dominó
With or without you - U2
One - U2
Bem que se quis - Marisa Monte

2-Prá chacoalhar o esqueleto:
Murder on the dancefloor - Sophie Ellis Bextor
Taj Mahal - Jorge Benjor
Everlasting Love - Gloria Estefan
Freedom 90 - George Michael
I can't take my eyes off of you - Celebrare

3-Prá dançar "face to face":
Lady in red - Chris deburgh
Wonderful Tonight - Eric Clapton
Just Once - Quincy Jones
In your eyes - George Benson
Iris - Goo Goo Dolls

4-Não ouço nem a pau:
Qualquer uma do Calipso
Qualquer uma do Alexandre Pires
Qualquer uma do RBD
Qualquer uma do Jeito Moleque
Qualquer uma do Daniel

5-Ouço no carro:
Distração - Zélia Duncan
Sometimes you can't make it on your own - U2
Você sempre será - Marjorie Estiano
Hung Up - Madonna
Acontecimentos - Marina Lima

E como toda boa corrente que se preze, vou passar para algumas pessoas. Veja abaixo a lista dos contemplados:
Rodrigo
Carla
Gláucia
Paula
Roberta

Conto com vocês!!!
PS: Queria tb saber a opinião daqueles que comentam e não tem blog, como Arthur, Luis, Ed...