quinta-feira, outubro 05, 2006

Justa homenagem

E fica aqui a justa homenagem ao meu caro amigo Jorge, que acaba de aniversariar.

Deu para ter uma noção do quanto esse cara é especial pela comemoração. O Café Etílico estava cheio com grupos de amigos os mais diversos. Esse prestígio com tantos grupos diferentes de amigos é uma boa medida do carisma desse cara inteligente, engraçado, honesto, aberto e sincero.

Abração, Jorge!

J

(Publicado originalmente por J em 14/08/2006)

Feliz Aniversário, envelheço na cidade

Hoje completo 30 anos. É uma data importante. Diria cabalística!!! rs

Porém, acredito que aniversário sempre é uma data especial. Tem pessoas que não curtem muito, como se ficar mais velho fosse um pecado. Eu gosto bastante. É uma data na qual sempre reflito, penso nas coisas que fiz, que quero fazer, no meu modo de vida. Claro, adoro comemorar com os amigos. Muitos desses não vejo com tanta frequência como gostaria, logo aniversários sempre é um bom motivo para esses reencontros.

Mas voltando ao fato dos 30, acho que a gente deve refletir sempre, mudar para melhor constantemente, não somente em datas especiais, como aniversários, Natal, Reveillón... A mudança deve ser catalisada por nós mesmos. É uma reação de dentro para fora e não o contrário. Estava lendo o livro "Trem Bala" da Martha Medeiros. É um livro de crônicas, de 1997 até 1999. Lá ela cita sobre o ano 2000, em que muitos estavam fazendo altos planos, como se essa data, a chegada do ano 2000, pudesse mudar algo em nossas vidas, como um simples passe de mágica.

Acredito em trabalho, em consciência, em avaliação, em estudo, em bom senso. Dessa forma, poderemos melhorar sempre. O ato de nos avaliarmos constantemente pode ser um pouco doloroso, mas vale a pena. Sem ficar triste com alguma coisa, pois tristeza não leva ninguém a lugar algum. Temos que nos avaliar e mudar. A perfeição não existe, mas devemos sempre melhorar. Esse é o sentido da vida! Pelo menos para mim. Enquanto isso, vou envelhecendo na cidade. E com muito orgulho...

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 12/08/2006)

Agradecimentos

Semana passada eu recebi um cartão de agradecimento. Era da Monica e do Alexandre (blogueiros, os blogs estão ao lado indicados), agradecendo a presença e os presentes enviados no casamento deles. Minha mãe até comentou que achou "chique". Eu disse que não tinha nada de chique. Pelo contrário. Acho que é uma forma humana, que se preocupa em agradecer. O ato de agradecer tinha que ser natural. Mas infelizmente não é. Cada vez menos agradecemos pelas coisas que temos ou que alguém tenha feito por nós. A sensação de obrigação ou fazer por dever é uma constante. A exceção virou regra.

Um dos motivos que faz com que o ato de agradecer se torne cada dia mais raro é o tempo. A quantidade de informações, a velocidade com que as coisas acontecem, ou mesmo pessoas entrem e saiam de nossas vidas é absurda. Acabamos assim esquecendo das coisas mais triviais, como o "por favor", "muito obrigado" ou um mero "com licença". Estamos em um período em que temos pressa para tudo. Em que temos que nos informar. Correr atrás do tempo perdido. São várias opções. Tudo vira efêmero. Valores estão em constante mudança. A ordem é ser da moda. Seguir tendência. Virou cafona ser educado.

Torço para que um dia a educação seja mais valorizada. Que as pessoas que costumam falar as "palavrinhas mágicas" citadas acima (por favor, obrigado e com licença), estejam na crista da moda. Que todos possam querer se educar. Que todos queiram entrar nessa moda. Enquanto isso não acontece, prefiro fazer como o Alexandre e a Mônica - prefiro ser demodé!!!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 11/08/2006)

Everywhere? Why??

Vendo a frase por um lado diferente de meu caro amigo "J", me lembrei de algo importante que ouvi há muitos anos: nem tudo que é gostoso é bom.

O experimentalismo exagerado pode nos levar a cometer erros terríveis, por não enxergar bem a distinção entre "gostoso" e "bom". Gostoso é tudo aquilo que provoca um bem estar momentâneo, efêmero, passageiro. Comer um caixa de bombons de chocolate pode ser gostoso. Se drogar deve ser gostoso (se não fosse, então porque tanta gente estaria nessa?). Ficar com a primeira gostosa que te der mole na rua ou no trabalho pode ser gostoso.

Mas, raciocinando sistemicamente e a longo prazo, será que essas coisas, além de momentaneamente gostosas, seriam boas? "Boas", no sentido do longo prazo, do horizonte ampliado que nos permite enxergar as múltiplas consequências de uma única ação, como num jogo de derrubar dominós. Me empanturrar de chocolate para saciar uma ansiedade ou insegurança momentânea pode ser um alívio no curto prazo. No entanto, no longo prazo, isso tenderá a me fazer ganhar peso, o que pode reduzir minha auto-estima e realimentar o ciclo, fazendo com que a solução só amplie o problema. Me drogar quando me sentir triste ou sozinho pode aliviar minha dor momentaneamente mas, no longo prazo, só fará realimentar um ciclo vicioso de mais tristeza e solidão que culminará na minha auto-destruição como homem. Sair ficando com as vagabas da vida, a longo prazo, fatalmente destruiria meu casamento. Dane-se se minha esposa não descobrisse, o casamento estaria destruído dentro de mim, naquilo que ele tem de sagrado para mim.

Chorão, em um rompante raro de verdadeira poesia, já cantava: "Cada escolha, uma renúncia: isso é a vida." Acredito que temos que ser corajosos e ousados na vida, sempre. Mas sem permitir que toda essa audácia e abertura de pensamento nos leve a uma busca desenfreada da vivência do imediato, do aqui e agora, em detrimento do futuro, das nossas responsabilidades para conosco, para com as pessoas que cativamos e com as quais assumimos compromissos.
Coragem com maturidade. Eu não vou a qualquer lugar. Eu não faço o que me der na telha. Não porque não possa, mas simplesmente porque não quero.

Bad girls go everywhere? Bad girls can fuck themselves. Literally.

(Publicado originalmente por J em 09/08/2006)

Good girls go to heaven. Bad girls go everywhere.

A frase título desse post é um assunto que dá um bom pano pra manga. Tirando o sexo da citação de Mae West e transformando em homens e mulheres no geral, acredito que a frase tenha um certo sentido. Porém, é bom definir o que seria uma bad girl e uma good girl. A maldade citada não é uma maldade que possa ser tomada ao pé da letra. Na minha opinião, uma bad girl seria uma pessoa que não tenha medos, conceitos pré-estabelecidos ou que coloque muros aonde eles não existem. Bad girl seria uma pessoa que se permita viver, que tenha ações fortes e decisivas, que vá à luta, que corre atrás dos seus sonhos, sem grandes pudores. Há um certo limite entre o certo e errado, que admito que em alguns momentos possa ser uma linha bastante tênue.

A good girl seria uma pessoa que tenha limites, que segue modelos, conceitos e padrões que o mundo muitas vezes nos dita. A good girl não ousa, não se perimite viver um amor proibido, não admite ir em busca de seus sonhos, seja no ambiente de trabalho, no sexo e na vida em geral. Essas pessoas confundem ter educação com ousadia! Ser ousado é vital nos dias de hoje.

Como disse anteriormente, a linha que divide o certo e errado realmente é muito tênue. Não devemos achar que tudo, exatamente tudo, é permitido. Precisamos pensar no outro também. Não podemos achar normal ouvir música aos berros em plena madrugada, fechar as pessoas no trânsito, jogar lixo em qualquer lugar, furar filas, roubar, matar... O direito de um termina quando começa o do próximo. É muito importante compreender as diferenças e ao mesmo tempo saber as nuances, o que devemos e podemos fazer nesses meandros da vida.

Colocando mais uma citação, a vida é uma peça sem ensaios. Não podemos nos dar ao luxo de pensar dias, meses e anos para tomar decisões. A vida é curta, temos que vivê-la intensamente. A partir do momento em que tomamos como meta a ousadia, podemos ir a qualquer lugar e não somente ao céu! O céu não é o limite!!!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 06/08/2006)

Eu ando pelo mundo...

São Paulo, já se passa das 2 horas da madruga e eu aqui blogando. Foi um dia cheio, de uma semana mais cheia ainda. A internet (blog, e-mails, orkut, msn) me fazem voltar a minha normalidade. O assunto que quero tratar nesse post é justamente esse: a rotina - ou falta de - nas viagens. Com meus compromissos profissionais, tenho que viajar para n lugares do Brasil, muitas vezes passando vários dias fora e em várias cidades. Outro dia estava comentando sobre um fato e não me lembrava aonde ele tinha ocorrido. Pior que isso é só eu me esquecer em qual cidade eu comprei algo. Tento lembrar do shopping. Faço um esforço. Pimba!!! Lembrei!!! Aí, falta lembrar em que cidade fica tal shopping. Logo eu que adoro comprar. Tenho uma queda - e põe queda nisso - pelo consumismo.

Porém, essa vida de cigano me trouxe n experiências bem legais, assim como alguns "causos". Viajar nos traz muitas possibilidades, nos dá vivência, contato com pessoas diferentes. Se viajo para SP, acho um absurdo não ter uma academia no hotel. Se vou para Arapongas (para quem não sabe, fica no Paraná e é o maior pólo moveleiro do Brasil), agradeço por ter uma mera sala de ginástica ou mesmo alguma academia perto. Portanto, as exigências e necessidades vão mudando a cada trajeto. Assim como muda também o aprendizado. O mais importante de tudo é estar sempre aberto à novas idéias, a conhecer novas pessoas, novos hábitos, novas tradições. Dessa forma, posso ficar tranquilo e dizer que eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome... pelo menos ainda...

(Publicado originalmene por Jorge Costa em 03/08/2006)

"Sem saber que era impossível, foi lá e fez"

A frase do Goethe abaixo logo me lembrou a frase acima. É interessante como algumas coisas fazem sentido em nossas vidas. Tal frase eu estou constantemente escutando nos últimos dias, pois ela não sai da cabeça do meu chefe e, por isso mesmo, ele a cita dia após dia. E por mais que eu achasse ela um pouco redundante, ela tem se encaixado demais na minha vida. A frase de Goethe cita também sonhos, sobre começar, enfim, arriscar algo. Nos dias de hoje, em que muitas vezes nos subtemos a marasmos para poder manter as coisas como elas são, é um grande desafio poder começar algo, ajustar, refazer, ousar, arriscar!

Acho que o impossível não existe. Se existe, é apenas em circunstâncias bem restritas. Isso me lembra uma professora de Química Inorgânica II que dizia que "nada era 100%" (dá-lhe Méri). Eu concordo em gênero, número e grau. Acredito que as coisas não são tão difíceis assim, basta nos esforçarmos e começarmos. Sem arregaçar as mangas, nem sorte teremos. Nada é por acaso. Logo, acho que essas frases tem um grande sentido para mim. Me fez ser mais ousado, me remeteu à infância. Sim, à infância, pois as crianças muitas vezes não sabem seus limites, tem que experimentar coisas para poder saber o certo e errado, como se tudo na vida tivesse um certo ou errado, como se fosse tão linear um sistema tão complexo. Então, às vésperas de completar 30 anos, me permito voltar às minhas experiências da infância para poder ser um adulto mais feliz, um homem mais completo. Ainda bem que minha porção criança ainda vivia dentro de mim, pois ela me permite arriscar, ousar e começar. E recomeçar!!!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 02/08/2006)

Goethe

Lançando outro assunto, uma frase interessante de Goethe, que acabei de conhecer:

"Whatever you can do, or dream you can... begin it. Boldness has genius, power and magic in it."

Vamos ver o que essa aqui rende de interessante!

(Publicado originalmente por J em 01/08/2006)

Padrões

O post anterior tocou em um ponto que me fez pensar na questão dos padrões. Estamos muito acostumado a regras, padrões. Isso vale para amor, sexo, beleza, emprego, relacionamentos em geral. Os padrões de moralidade são tão forte em algumas pessoas que acabam as impedindo de ter momentos bons de felicidade ou mesmo, e ainda pior, de serem felizes realmente. Não estou aqui fazendo nenhum tipo de apologia à falta de regras. Acho que planejamento, regras, padrões são bem vindos e no fundo são virtudes. Porém, é importante não exagerar, como em tudo nessa vida.

Me lembro que uma vez li que o único país em que não apareciam cenas tão picantes no Big Brother era no Brasil. Que em alguns países, algumas pessoas ficavam peladas, havia sexo sem edredons para encobrir, enfim, a coisa era bem mais liberada. Aqui no Brasil não se pode fazer isso, pois bate de frente com padrões morais. Aparecer com os seios desnudos, mostrando as nádegas? Não, não pode. De jeito nenhum. A única concessão é no Carnaval. Claro, Carnaval é Carnaval. É a época em que as pessoas extravazam seus problemas, seus padrões e espantam seus demônios. É ou não é um falso padrão de moralismo?

Eu acredito sempre que é mil vezes melhor não julgar as ações de uma pessoa. Cada um tem seus padrões, seus valores. Desde que os mesmos não interfiram nos do próximo, beleza! O dia em que nos preocuparmos menos com padrões, iremos ser mais felizes, não cerceando nossos sonhos. Se o ser humano não tem limite, pra que limitar por nossa conta? Acreditar que algumas coisas são imutáveis ou algo do gênero? Acredito que devemos sempre estar atentos ao próximo, ouvir e falar menos, compreender, ajudar e não julgar! Não nos cabe opinar sobre coisas que não são de nossa conta.

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 30/07/2006)

Ainda sobre a tal festa no outro apartamento

É engraçado como a gente cai nessa pilha. Tem muita gente que se esforça muito para cultivar uma aparência de "normalidade" ridícula, artificial. A gente olha em volta e não consegue ver os problemas que, na nossa vida, são tão presentes. Mas, com certeza, eles existem para os outros também.

Lembro de um colega de faculdade que sempre, antes das provas, ficava com aquela conversa mole nervosa de quem tenta medir o quanto os outros sabem, tentando aparentar saber mais. Quantas vezes não ouvi do FDP do Cajú: "Caraca, vc não estudou esse capítulo??? Estudei isso pra car#%alho, fulano falou que ouviu de beltrano que vai cair com certeza!!!" Toda prova era a mesma coisa, ele botava todo mundo nervoso e achando que ele era o único preparado. Claro, tinha todo um teatro junto com isso, as veias do pescoço inchadas, o olhar vidrado quase alucinado, o jeito de falar rápido e nervoso. O puto era um mestre na arte de botar os outros nervosos. Agora, pergunta se o desgraçado sabia mais que alguém? Nada!!! Era uma porra de um aluno muito do mediano.

Com família então, a maioria das pessoas tende a vestir uma máscara de normalidade. Você vive as misérias da tua família e tenta olhar em volta para avaliar se aquilo acontece com mais alguém, pra saber como é que se supera determinadas crises e até pra encontrar algum conforto e se sentir menos sozinho naquela situação, mas é difícil. Só depois de algum tempo é que se percebe que toda família tem suas merrecas e que é preciso ter muita intimidade e olhar bem de perto para percebê-las.

Aquele filme, "Beleza Americana", para mim, é um exemplo perfeito disso. Uma família destruída, podre por dentro, mas que se amarrava a uma máscara de normalidade, por força da mãe. A mulher não aceitava nem discutir os problemas dentro da família, pois a ilusão tinha que funcionar até pra eles mesmos. O engraçado é que ela mesma traia o marido com um colega de trabalho mas, desde que isso não aparecesse, então tudo bem! Até que, um dia, o pai (o sempre fodaço Kevin Spacey) surta e chuta o pau da barraca, literalmente. É um filme excelente, um dos melhores que já vi.

Eu me preocupo muito em tentar não fazer isso com meus amigos, nas menores coisas. Exemplo besta: arrumar a cama toda, com edredon, almofadas, etc., mas só quando tem visita. Na maioria das vezes, é alguém já íntimo, que não vai sequer entrar no seu quarto de dormir. Arrumar pra quê, então???

Posso ser mal-interpretado com isso, então é melhor explicar: não é uma questão de desleixo, mas uma tentativa de me forçar a não ficar me mascarando para as pessoas que eu gosto e de fazê-las se sentirem mais à vontade, mostrando meus pequenos defeitos, quase que como um "gesto de boa vontade".

Isso é so um exemplo de toda uma atitude de generosidade que eu acho que nós devemos ter em relação a abrir nossas misérias (pequenas e grandes) para as pessoas que nos forem queridas, a fim de que se sintam à vontade para serem elas mesmas conosco também.

É claro que é preciso ter cuidado com isso, pois não dá pra ficar jogando pérolas aos porcos. Mas é um exercício que eu acho que vale muito a pena.

(Publicado originalmente por J em 28/07/2006)

Ainda sobre a tal festa no outro apartamento

É engraçado como a gente cai nessa pilha. Tem muita gente que se esforça muito para cultivar uma aparência de "normalidade" ridícula, artificial. A gente olha em volta e não consegue ver os problemas que, na nossa vida, são tão presentes. Mas, com certeza, eles existem para os outros também.

Lembro de um colega de faculdade que sempre, antes das provas, ficava com aquela conversa mole nervosa de quem tenta medir o quanto os outros sabem, tentando aparentar saber mais. Quantas vezes não ouvi do FDP do Cajú: "Caraca, vc não estudou esse capítulo??? Estudei isso pra car#%alho, fulano falou que ouviu de beltrano que vai cair com certeza!!!" Toda prova era a mesma coisa, ele botava todo mundo nervoso e achando que ele era o único preparado. Claro, tinha todo um teatro junto com isso, as veias do pescoço inchadas, o olhar vidrado quase alucinado, o jeito de falar rápido e nervoso. O puto era um mestre na arte de botar os outros nervosos. Agora, pergunta se o desgraçado sabia mais que alguém? Nada!!! Era uma porra de um aluno muito do mediano.

Com família então, a maioria das pessoas tende a vestir uma máscara de normalidade. Você vive as misérias da tua família e tenta olhar em volta para avaliar se aquilo acontece com mais alguém, pra saber como é que se supera determinadas crises e até pra encontrar algum conforto e se sentir menos sozinho naquela situação, mas é difícil. Só depois de algum tempo é que se percebe que toda família tem suas merrecas e que é preciso ter muita intimidade e olhar bem de perto para percebê-las.

Aquele filme, "Beleza Americana", para mim, é um exemplo perfeito disso. Uma família destruída, podre por dentro, mas que se amarrava a uma máscara de normalidade, por força da mãe. A mulher não aceitava nem discutir os problemas dentro da família, pois a ilusão tinha que funcionar até pra eles mesmos. O engraçado é que ela mesma traia o marido com um colega de trabalho mas, desde que isso não aparecesse, então tudo bem! Até que, um dia, o pai (o sempre fodaço Kevin Spacey) surta e chuta o pau da barraca, literalmente. É um filme excelente, um dos melhores que já vi.

Eu me preocupo muito em tentar não fazer isso com meus amigos, nas menores coisas. Exemplo besta: arrumar a cama toda, com edredon, almofadas, etc., mas só quando tem visita. Na maioria das vezes, é alguém já íntimo, que não vai sequer entrar no seu quarto de dormir. Arrumar pra quê, então???

Posso ser mal-interpretado com isso, então é melhor explicar: não é uma questão de desleixo, mas uma tentativa de me forçar a não ficar me mascarando para as pessoas que eu gosto e de fazê-las se sentirem mais à vontade, mostrando meus pequenos defeitos, quase que como um "gesto de boa vontade".

Isso é so um exemplo de toda uma atitude de generosidade que eu acho que nós devemos ter em relação a abrir nossas misérias (pequenas e grandes) para as pessoas que nos forem queridas, a fim de que se sintam à vontade para serem elas mesmas conosco também.

É claro que é preciso ter cuidado com isso, pois não dá pra ficar jogando pérolas aos porcos. Mas é um exercício que eu acho que vale muito a pena.

(Publicado originalmente por J em 28/07/2006)

Tocando em frente

Esse é o nome do blog que recomendo. Ele pertence a uma amiga, que era uma fornecedora da empresa e que por trabalharmos anos juntos, nos tornamos amigos. A Gláucia é uma pessoa alto astral, bem humorada e está escrevendo super bem. É mais uma amiga paulista que recomendo a leitura. O blog dela está nos links. Vale conferir!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 28/07/2006)

É festa no outro apartamento

Semana passada estava conversando com um amigo e conversa vai, conversa vem, surgiu um assunto que me fez lembrar de um verso da música "Acontecimentos", da Marina Lima e Antônio Cìcero: "é festa no outro apartamento". Há muito tempo sou um fã dessa música. Acho que esse verso reflete muito uma situação que muitas vezes ocorre com todos nós, que é a de achar que os outros sempre tem menos problemas que nós. Isso de certa forma remete ao post do "Inferno são os outros".

É fácil achar que a festa é no outro apartamento, enquanto nas nossas vidas nada de novo acontece. E quando acontece, haja esforço. Na vida, nada é de graça. Temos que nos esforçar e ter garra para montarmos a nossa "própria festa". Temos sempre um amigo que achamos que não tem dor de dente, febre, contas a pagar, saldo negativo em banco. Mas sim, esse tal amigo, esse "Mr. Right", também tem esses e/ou outros problemas. Só que talvez, mesmo assim, ele consiga fazer a sua festa. Portanto, a festa pode – e deve – ser também em nosso apartamento! Não vamos esperar por acontecimentos...

(Publicado originalmente por Jorge Costa, em 26/07/2006)

Coisas da Infância

O post anterior me fez lembrar de uma prima minha, que sempre dizia "Cristo Arrebentô", referindo-se ao "Cristo Redentor"...risos

Eu também tinha algumas "idéias de girico", como achar que um dia poderia ter mais idade que meu primo mais velho. Era só eu fazer uns 2 aniversários por ano, por exemplo. Acreditava também que poderia construir uma "nave" com pedaços de madeira, papelão, tijolos e que ela sim, voaria! Pelo menos sairia do chão, vai!!!

Acho que todos nós temos nossas crendices, seja quando criança, adolescente, adultos ou idosos. Apenas mudam-se as coisas em que acreditar. Hoje acredito em algumas coisas que não acreditava antes e talvez, volte a não acreditar no futuro. Tudo é estado de espírito, vivências do momento. Portanto, vamos viver acreditando em nossos valores e torcendo para que eles estejam coerentes com o que desejamos!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 22/07/2006)

Raciocínio de criança

Estava lembrando durante um almoço ontem com alguns colegas do trabalho algumas das "idéias de girico" que nós tínhamos quando crianças. Lembrei de duas minhas:

1. As lâmpadas do Túnel Noel Rosa tinham umas proteções, que faziam com que o foco de luz fosse direcionado diretamente para baixo. Então, toda vez que eu passava de carro, sofria uma ilusão de ótica e ficava assombrado pensando como é que as lâmpadas acendiam no exato momento em que os carros passavam bem debaixo delas. Como é que elas sabiam quando acender???

2. Também quando criança, achava que Elba Ramalho era homem. Tudo porque, sempre que ouvia o nome, eu o interpretava como "El" Barramalho, como se fosse um nome espanhol (rsrsrsrsrs)!

(Publicado originalmente por J em 20/07/2006)

Blogs Amigos

Além dos blogs já indicados e linkados ao lado (Anna, Alexandre, Cristiano e Monica), inclui o da Carla e o da Roberta. A Carla é minha amiga de SP, que escreve super bem, é uma pessoa que fala sobre tudo, ótima de conversa, logo, ótima de blog também. Já a Roberta, é uma jornalista de mão cheia, com um blog que merece ser descoberto.

E o que você está esperando? Vai lá e leia!!!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 18/07/2006)

Sonhos não envelhecem...

I'm back!

Em mim, esta afirmação despertou a lembrança de uma mulher que trabalhava no RH de uma empresa na qual trabalhei (e da qual, graças a Deus, já saí). Em uma certa ocasião, ela (que é engenheira, e não psicóloga) afirmou que, ao passar dos trinta anos, o homem tende a "perder aquele sentimento de onipotência" que caracterizaria a fase dos vinte e poucos anos.

Achei um absurdo porque, do jeito que ela falou e no contexto da época, a intenção dela foi de dar uma esfriada no pessoal mais novo da empresa, que estava "menos acomodado" do que os antigos com algumas atitudes absurdas do RH a respeito da gestão de carreiras. Algo do tipo: "vc se acha muito capaz agora mas, com o tempo, perceberá que a coisa não é bem assim e que sonhar um pouco mais alto é, na verdade, um sinal de imaturidade."

Isso me lembrou de alguém que, várias vezes durante a minha adolescência, também já me disse que "um dia você vai ter vivido o suficiente para entender que a vida é só isso mesmo".

Para minha sorte, graças a Deus, nunca aceitei isso de ninguém. A vida é feita de escolhas e sou EU que faço as minhas. Nunca aceitei ninguém me dizer que preciso me contentar com sonhos menores. Meus sonhos não podem envelhecer ou murchar por causa dos outros. A maturidade não exige que eu me contente com sonhos menores. Só quem nos pede esse tipo de coisa são pessoas menores, infelizes e que se deixaram vencer pelas misérias da vida.

Meus sonhos crescem comigo e mudam somente se eu mudar. Se envelhecerem, é porque a minha alma se deixou vencer pelos medíocres e envelheceu primeiro.

(Publicado originalmente por J em 18/07/2006)

Sonhos não envelhecem...

A minha visão sobre tal afirmação me leva a 1991. Estava na primeira série do segundo grau e me recordo perfeitamente de uma professora de Redação (Winnie era o nome dela) dizer que a pessoa que tem um sonho, não vende, não dá e não troca. Ela corre atrás para que ele se realize. Engraçado como isso me marcou. Depois, com o tempo, fui aprendendo diferenças entre metas e sonhos (ou desejos). A meta ela é específica, mensurável, atingível, realizável e temporal! Enquanto um sonho, bem, ele pode ser tudo isso ou nada ao mesmo tempo. Por isso, mais fascinante. O sonho passa por um estágio diferente de uma meta. É algo mais lúdico talvez. Mas não é preciso regrar tanto as coisas para se obter valores reais.

Acredito que os sonhos realmente não envelheçam. Acho que eles se transformem em outros, se adaptem à novas realidades, enfim, que eles evoluam, e não envelheçam. Sonho não tem data de validade, é mais ligado a estado de espírito do que qualquer outra coisa. Portanto, todos devemos ter metas. Mas também alguns sonhos, para que possam alegrar as nossas vidas e nos ajudem, definitivamente, a não envelhecermos!!!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 17/07/2006)

Segundo Pensamento

Será que, como diz a música, os "sonhos não envelhecem"?

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 14/07/2006)

O inferno é aqui - e agora!!!

Eu juro que tento ser pragmático. Juro! Quando li "O mundo assombrado pelos demônios", brilhantemente escrito por Carl Sagan, me identifiquei com n coisas que ele cita no livro. É um modelo bem pragmático de se ver a vida. Porém, eu acredito que não sou em nada tão 100% assim. Portanto, acredito - mesmo que desconfiando - em astrologia. É como se astrologia, ler horóscopo, coisas do tipo, fossem uma permissividade a qual me dou ao luxo. Acho divertido ler horóscopo (não sou viciado, só leio às vezes) e acho engraçado como quase nunca as coisas batem. É como se estivesse em um bingo e a possibilidade de gritar "bingo" seria quando encaixasse perfeitamente com o meu dia, com meu estado de espírito.

Já fiz mapa astral, confesso. Sei qual o meu signo, meu ascendente e qual a minha Lua. Bem, não sei pra que isso serve, mas o importante é que eu sei!!! (risos) Toda essa volta foi para citar que hoje começou meu inferno astral. Dizem que é um mês antes do aniversário. Sem querer pensar nisso (claro que não, eu, um engenheiro, admirador de modelos pragmáticos, homem feito!!!), comecei o dia hoje, mas ao terminar, acho que pelo menos metade do meu pragmatismo me abandonou. Acordei com uma gripe braba, que me derrubou na cama, perdi minha carteira de estudante, justo quando ia comprar meu ingresso do Cirque du Soleil, gastei uma grana devido a uma mega espinha no rosto, meu chefe me ligou dizendo que tenho que terminar um trabalho urgentemente, que as vendas estão uma m..., não fui malhar, enfim, acho que foram fatos que me fazem repensar se existe ou não um inferno astral me rondando. E se ele é aqui e agora!!! Não, tudo menos "aqui e agora". Ninguém merece isso!!!

Bem, essa na verdade foi uma dúvida em tom de desabafo, mas eu não quero acreditar nisso. Acho que nós temos uma força interior muito grande e com fé e determinação, alcançamos nossos objetivos. No fundo ainda existe um pragmático em mim. Graças a Deus!!!

(Publicado originalmente por Jorge Costa em 12/07/2006)