sábado, janeiro 27, 2007

Músicas que me tocam - 2

Continuando a série Músicas que me tocam, lembrei de uma que até hoje eu gosto muito. Acho que eu tinha uns 10 anos, aproximadamente, e um dia minha irmã apareceu em casa com um LP emprestado de um amigo. O álbum era o "Dois" da Legião Urbana. Impossível nâo gostar dele, apesar de na época ele competir com meus álbuns do Balão Mágico e Plunct Plact Zum...
Um disco que tem "Daniel na Cova dos Leões", "Índios", "Eduardo e Mônica", "Andrea Doria", entre outras, era impossível não se gostar. Mas a música que mais me chamou a atenção foi "Quase sem querer". Foi amor à primeira vista. A canção me tomou de uma forma tão intensa, acho que por me mostrar desafios da adolescência que eu sabia que ainda iria passar. Não ter - e ao mesmo tempo ter que, nessa idade - que provar nada pra ninguém, chorar por outra pessoa, estar distraído, impaciente, desperdiçar chances, são coisas da juventude. E eu ali, saindo da infância e tendo que enfrentar essa fase, a música parecia prever, me alertar, sobre o que viria pela frente.
Hoje, eu continuo me emocionando com essa música. Acho que é uma canção bela, com uma força maravilhosa. Ela disputa o título de melhor canção desse álbum com "Andrea Doria" para mim, atualmente. Tem dias que ela ganha, tem dias que ela perde. Porém, as emoções que ela me despertou naquela época, são inesquecíveis...

Quase Sem Querer - Legião Urbana

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso.
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo
E tão contente.

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.

Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito:
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

7 comentários:

KahSilva disse...

"As vezes o que vejo quase ninguém vê",sempre foi assim, não sei se eu via longe,além do obvio, ou se as pessoas ao meu redor é que estavam certas, e isso é assim até hoje.Amo de aixão essa música, fez parte de minha adoescência,fase cmplicada da vida.Você tem ótimo gosto prá músicas, além de escrever muito bem.E que venham as próximas.Beijo!

KahSilva disse...

"As vezes o que vejo quase ninguém vê",sempre foi assim, não sei se eu via longe,além do obvio, ou se as pessoas ao meu redor é que estavam certas, e isso é assim até hoje.Amo de aixão essa música, fez parte de minha adoescência,fase cmplicada da vida.Você tem ótimo gosto prá músicas, além de escrever muito bem.E que venham as próximas.Beijo!

KahSilva disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
KahSilva disse...
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Anônimo disse...

espero que nunca deixemos de ver o que ninguem ve, que nunca deixemos de ouvir o coração e de querer ir mais além.

Sobre tudo e nada ao mesmo tempo disse...

Amo legião esse musica então é perfeita !

Beijos

Anônimo disse...

Nossa, legião lembra infância. Eu não tenho mto mais saco para ouvir as lamúrias do Renato Russo, mas naquela época era bom ouvir alguém arranhando no violão e todo mundo em coro: É preciso amaaaaaaar, as pessoas como se nhão ouvesse amanhã ...