"Venha e me salve...
Por que você não me salva?
Se você puder, salve-me,
Deste bando de loucos,
Que suspeitam que nunca irão amar ninguém,
Exceto os loucos,
Que suspeitam que nunca irão amar ninguém.
Exceto os loucos,
Que nunca amarão ninguém."
(Tradução da última estrofe de "Save Me", música da Aimee Mann)
Acabei de ler no facebook de um amigo meu, Bruno Israel, dizendo que havia descoberto Aimee Mann no seu ipod e havia adorado. Na mesma hora lembrei da música "Save Me", a minha preferida dela, que é tema do filme Magnólia, um dos meus filmes de cabeceira. A maior coincidência foi eu comentar com o Bruno e ele me dizer que tal canção estava sendo executada no exato momento. Coisa do destino. Logo, já serve de inspiração para um post no blog.
Quem não conhece o trabalho da Aimee, vale a pena dar uma fuçada pela internet e descobrir. Ela compôs ótimas canções que inspiraram o Paul Thomas Anderson a fazer Magnólia. No filme tem 3 delas lá, justamente em momentos-chave da trama. Fica a dica!
A música acima, que destaquei a última estrófe, fala sobre ser "salvo desse bando de loucos que nunca irão amar ninguém"! E vai justamente de encontro a um dos temas que eu mais gosto de escrever, que é o amor e todas as suas variações, que convenhamos, são inúmeras!
O que mais observo nos dias de hoje é que esse bando de loucos vem crescendo exponencialmente. As desculpas são as mais diversas: "não tenho tempo", "não te mereço", "não é meu momento", etc, etc, etc. Quanto ao fato de não ter tempo, realmente tempo é algo escasso nos dias de hoje. Muito trabalho, muita informação, muitos to do´s... Porém, a vida não é só trabalho e afazeres. Ela tem que ter prazeres e amores. Se uma pessoa diz que não te merece, ela não deve te merecer mesmo. Desculpa péssima, coisa infantil, não dá nem pra discutir. E a desculpa sobre não ser o momento ideal, fica a indagação: quem sabe o momento ideal de amar? Se alguém tiver tal bola de cristal, por favor me avisa que eu vou ao encontro ou passo meu endereço para uma consulta!
Amar é uma benção. Amar é o que devemos fazer o tempo todo. Somos feitos de amor, temos amor pra dar e vender. Então, vou plagiar a Aimee Mann e peço que me salvem desse bando de loucos que nunca irão amar ninguém. Amém!
5 comentários:
Isso aí, meu amigo. Tempo a gente cria quando quer. E de desculpas frouxas o mundo já está cheio. Mil vezes a sinceridade ríspida do que uma desculpa enjoativa de tão fraca.
Acho que estamos na mesma vibe há algum tempo, Jorge...
Porque eu tenho refletido muito e pensado muito sobre isso ultimamente também... Me assusta um mundo onde as pessoas insistem em "se proteger" de algo que só pode fazer mal justamente quando é recusado...
Tem um texto meu no blog sobre isso... não sei se você chegou a ler, mas vai o link novamente, até porque acho que são reflexões que meio que se completam...
http://donafarta.blogspot.com/2010/01/deixe-eu-tocar-sua-alma.html
Beijos!
Achei interessante, e concordo com o Bruno...A questão está mais para covardia que para loucura.
Covardia com relação a sinceridade....Mas o engraçado é que, embora eu ache legal o texto...ultimamente tenho me sentido tão pleno sem esse tal de amor que me questiono se isso acontecerá comigo. Não por covardia, afinal, se voce me conhece um pouquinho sabe que sinceridade não me falta e nunca arrastei relação alguma por pena de alguém...no entanto... simplesmente não tenho sentido esse tal de amor..
Até gostaria senti-lo e acho que se acontecer vai ser tão bom, exatamente pelo fato de ter demorado muito para aparecer...Mas enquanto isso não vem...se é que vem...fica a pergunta:
"Será que eu sou louco por suspeitar que nunca irei amar?"
Amar é a coisa mais gostosa que existe. É minha razão de viver. Não existe isso de não ter tempo, não merecer... Isso é falta de maturidade, medo de se entregar ao desconhecido, ao outro, a possível dor.
Quanto a não ser o momento.. Aí já não sei. Não escolhemos estarmos apaixonados. Mas as vezes, ainda nos resta uma ferida aberta, uma mágoa do passado e não seria justo envolver uma outra pessoa nisso, mesmo percebendo que também gostamos dela, mas ainda não se está pronto.
Posso estar viajando também, não sei, não tenho certeza. Certeza que amar vale a pena, se entregar mais ainda, dividir sua vida, seu corpo, decifrar a pessoa amada, rir sozinho, acordar antes da pessoa amada, olhar pra ela e se sentir o cara mais feliz do mundo, mimar, ser mimado, dar aquele abraço e sentir o cheiro da pessoa...
Jorge, ás vezes queria ser "menos coração".As pessoas que estão escrevendo comentários aqui, assim como vc, pelo visto, fazem parte deste seleto grupo em extinção.rs
Poucas pessoas hj em dia querem amar ou realmente estar com alguém.Só querem curtir, sem compromisso e nisso incluo a mulherada!Está assutador!Veja, isso não é uma crítica a essas pessoas, mas uma constatação.A crítica fica para aquelas que não são autênticas em suas escolhas.Dizer "não tenho tempo" é o auge! Acho q a essa altura do campeonato se dissessem isso pra mim, nem sei!!!Rosnaria!hahahaha (brincadeira, mas quase isso viu....)Prefiro que diga simplesmente não quer compromisso.Sabemos muito bem q qd a pessoa quer ela faz de tudo pra estar junto.
Quem "é coração" sofre hj em dia... e muito...Se questiona tanto...Mas também tem muita gente nesse barco!
Qt ao amor, complicaaado.As vezes parece até utopia.Essa caminhada é cansativa.Gosto da frase e da música (q nem tem tanto a ver...simplesmente pelo título, do Journey) "Don´t stop believing."
Depois desse "tratado" q escrevi, termino parabenizando-o pelo blog.Muito bacana ver uma visão masculina "não ogra"(rs) e com um pouco mais sentimento, pra variar um pouco.
Juliana
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