segunda-feira, maio 17, 2010

Apostar ou não apostar: eis a questão!

Não, esse post não é sobre jogos, cassinos, bingos e afins. Mas sim, irei falar de apostas. Porém aqui são outros quinhentos... A aposta aqui é outra. É a aposta no amor. Dizem que o amor é um jogo. Se o amor é um jogo, a vida também é.
Como todo e qualquer jogo, existem apostas. E as apostas são variadas: umas são baixas, aquelas mais contidas, no qual o apostador não quer correr riscos; outras são medianas, como riscos também medianos, com algumas chances de ganhar, quase que na mesma proporção de perder; finalmente, as grandes apostas, que são aquelas que o apostador aposta todas - ou quase todas - suas fichas. É o tal "ver pra crer" e "pagar para ver"!
Acho que no amor estou mais para o mediano ou o grande apostador, mas esse último só quando vale a pena. Não dá para ser inconsequente e apostar alto de cara. Todo "jogador" sabe quando apostar. O risco é calculado e mesmo assim, enorme! Porém, se não houver momentos de apostas, que é justamente a hora de abrir a guarda, deixar o sentimento fluir, não dá para se ganhar algo.
Os Paralamas do Sucesso cantam que "saber amar é saber deixar alguém te amar". Se o amor é um jogo, isso equivale a entender quando alguém está apostando alto. Nos dias de hoje, é cada vez mais difícil alguém apostar dessa forma em outra pessoa. Os riscos são cada vez mais calculados, tem muita especulação e o mercado está mais para pequenos movimentos e não para movimentos ousados. Se entregar está cada dia mais difícil. Me pergunto o porquê e alguns motivos me vem à cabeça:

1) O mercado está cada dia com mais opções (a maioria ocas, mas são opções);
2) As pessoas estão cada vez mais pensando em si, pois o mundo "exige" boa aparência, sucesso, "15 minutos de fama", glamour, dinheiro e status;
3) A desconfiança cresce a cada dia;
4) O amor virou algo idolatrado e não algo a ser realizado. Como se fosse algo inatingível, que só acontece nos filmes e nas novelas;
5) Com tanta informação, novidades, coisas pra se fazer, baladas, as pessoas acabam retardando a entrega a outra, como se o amor prendesse alguém. Pelo contrário, o verdadeiro amor liberta!

Amar e ser amado é um dos gestos mais bonitos do mundo. É um verbo gostoso de conjugar. Acredito que viemos ao mundo para trazermos amor e felicidade. Como se cada um de nós tivesse amor e bondade para distribuir à vontade. Se temos isso à vontade, pra que maneirar? Se todos percebessem isso, o mundo seria melhor. Seria um mundo com menos aparência e mais realidade. Um mundo mais justo e com muito mais amor!
Portanto, se as pessoas sentem falta dos bingos e jogos de azar, que estão proibidos no Brasil, que tal apostarem no amor? Essa aposta é uma que sempre ganhamos. Seja em experiência, seja em alegrias, seja em uma lição de vida, seja com muito amor!

2 comentários:

Dona Farta disse...

É isso mesmo...

As pessoas economizam justamente aquilo que tem de maneira inesgotável, e com isso abrem mão de viver as delícias (e mazelas, claro), que só o jogo do amor pode proporcionar...

Uma pena...

E eu tenho pena de quem não sabe amar, mas mais ainda de quem não sabe se deixar amar...

Beijos, lindo!

Luís Eduardo disse...

Não sei se vejo o amor como um jogo. No mesmo, há adversários lutando por um prêmio no final, onde um perderá e o outro não, e no amor, creio que são 2 pessoas correndo atrás dos mesmos objetivos, se ajudando, se levantando, dando suporte e, algo que, é um sentimento que só será entendido mesmo a longo prazo, quando se olha pra trás e se percebe a concretização dos fatos realizados.
Esse tema pode gerar anos de conversa, mas, seguindo a linha do texto, concordo que o mundo seria melhor se todos fôssemos grandes apostadores. Nós nunca sabemos o futuro e a verdade é que tudo pode acontecer. Sendo assim, vale a pena se entregar, dizer que se gosta, que se ama, fazer loucuras, e ver no que vai dar, afinal, como você disse, essa é uma aposta que sempre ganhamos.