domingo, novembro 11, 2007

Cada cabeça uma sentença

Às vezes fico pensando em como é difícil alguém nos entender. E como é difícil entender o que se passa na cabeça de outra pessoa também. O ditado "Cada cabeça uma sentença" realmente é bem sábio. Mas porque isso? Qual o motivo disso tudo? Será que somos realmente tão difíceis assim? Ou gostamos de dificultar?
Bem, acho que não tenho respostas simples e prontas para todas as indagações acima. Acredito que elas dependem muito do período em que vivemos. São os fatores externos. Me faz lembrar das equações diferenciais sinistras que estudava na faculdade. Para decifrar e resolvê-las, dependia de várias análises, qual era o grau de cada uma delas, as condições e uma série de outras informações. E mesmo assim, não era nada nada fácil resolvê-las.
O meu momento atual é meio complicado. Parece que ninguém me entende. A impressão que tenho é que falo japonês no meio da selva amazônica. É desesperador em alguns momentos. Acho também que parte dessa culpa é minha, pois espero que as pessoas me entendam e que essa compreensão seja transformada em atos que irão melhorar meu humor, meus anseios e minhas angústias. Infelizmente não dá para esperar tais coisas do próximo. Se elas acontecerem, parabéns, você deu sorte. Se não acontecerem, entram para fortalecer as estatísticas.
Acho que nos dias de hoje todos estão atribulados. Todos tem problemas no trabalho, em casa, com grana, com a violência, com as notícias que nos chegam, com o dólar, com o leite contaminado, com a novela das oito, com tanta coisa, que esquecem de olhar para o próximo. Ou até mesmo isso possa ser um grande álibi para não se meter na vida alheia para ajudar. Mas quando é para fazer fofoca ou criticar, esse tempo sempre aparece. Infelizmente, faz parte da natureza humana em geral.
Sei que não sou uma pessoa direta. Não fico ligando para os amigos pedindo conselhos, querendo colo da minha mãe e coisas do tipo. Até porque eu acho que essas coisas tem que vir do outro. Eu me interesso na vida dos amigos mais próximos. Me ofereço para conversar, faço minha parte apesar da minha vida atribulada. Dou meus conselhos. Mas quando eu estou na minha, queria muito que alguém tentasse chegar perto e quebrar minha resistência.
Porém, a fuga em seus problemas e "respeitar" a opinião do próximo, que disse da boca pra fora que não queria falar, é o caminho mais fácil. Até quando iremos fazer as coisas pelo caminho mais fácil? Esse tal caminho é que nos levou da forma que estamos hoje. O mundo está mal e continuamos poluindo, dando um jeitinho em cada coisa e foda-se o resto, o futuro que se dane. Será que esse é o melhor caminho? Eu aposto que não, mas como disse no início, "cada cabeça uma sentença".

2 comentários:

Anônimo disse...

se vc precisar me liga. bj
A Madre Teresa de Calcutá, versão 2007

Anônimo disse...

Jorge,
É por estarmos pensando assim, que cada vez mais as pessoas se tornam individualistas...Eu sou uma ótima ouvinte, mas se as pessoas não me procurarem ...sinto a maior dificuldade de procurá-las..preciso mudar isso...pq as vezes , tbém quero que me ouçam...e muitas vezes..estão todos ocupados? Como a gente dificulta tudo , não?
Adorei esse post!!
Bjs