quinta-feira, abril 12, 2007

Parabéns Juliana - Versão Marido

Dia 10 foi o aniversário da Juliana. Jantarzinho romântico, não teve. Teve Julinha com febre de 39,2ºC, teve noite em claro, teve beijos e abraços de parabéns rápidos, e mãos à obra. O foco era outro: a Julia. Passado o susto, retorno à vida normal de pai-que-também-dorme-e-escreve-sobre-a-esposa-no-blog.

Ficar citando adjetivos não fará jus a ela, mas seguem alguns mesmo assim: linda, sempre de boa (a não ser quando está com sono...), amiga, simpatissíssima, cativante, super-querida, dedicada, corajosa, doce, capaz... Para tentar fazer alguma justiça ao que ela é, no entanto, gostaria de citar dois episódios da nossa história. As duas atitudes de maior coragem na minha vida tiveram como verdadeiro pilar de sustentação a minha esposa. Na verdade, são ambas vitórias dela, tanto quanto minhas.

Na primeira, após uma separação traumática e estúpida (já viram "Dormindo com o Inimigo?" Pois é...), quando tinha todos os motivos do mundo para tão cedo não querer me envolver com ninguém, eis que surge a Juliana. Já nos conhecíamos, e tinha uma excelente impressão dela, mas nunca havia pensado nela de outra forma que não a da amizade. Mas, livre de quaisquer obrigações, e passando providencialmente a conviver mais com ela nas caronas para Niterói (valeu, Marisa e Tatiana!), algo mudou, e mudou muito rápido.

É impressionante como as coisas aconteceram. Entre os primeiros olhares, as primeiras conversas ansiosas, os primeiros recados para os amigos em comum, as primeiras indiretas-quase-diretas, a primeira conversa mais séria e o primeiro beijo, passaram-se apenas duas semanas. Mais duas semanas, e já ensaiaríamos as primeiras juras de amor, o nome da Julia já estaria escolhido e começaríamos a sonhar em nos casar. Com 7 meses, estaríamos casados.

Entrar nessa relação, depois do inferno pelo qual passei, somente um mês após uma separação hedionda, foi a atitude de maior coragem na minha vida, e ela não teria sido absolutamente factível, não fosse a Juliana a pessoa que ela é. Não vou dizer que não tive medo, porque seria mentira. Mas o prêmio era (é!!!) tão grande, que valia (valeu!!!!) QUALQUER risco.

A segunda atitude mais corajosa da minha vida foi quando resolvi pedir demissão para estudar para concursos (já contado em um post recente). Já morávamos juntos há algum tempo, mas estávamos a dois meses da nossa sonhada festa de casamento e, apesar das contas estarem quase todas pagas, e de termos uma reserva, o plano era arriscado. Mas ela me apoiou integral e incondicionalmente. Depois de pedir demissão, ainda fui quebrar o tornozelo no final da lua-de-mel em Bariloche, passamos um perrengue absurdo para voltar para casa, passamos por uma cirurgia, por um período de recuperação, tive dificuldades para continuar estudando, para ir fazer as provas, tivemos despesas extras......... (a história completa é muito legal, mas fica para outro dia)

É nessas horas de dificuldade que a gente verdadeiramente conhece as pessoas. No meio do desespero, qualquer máscara, qualquer teatrinho, acaba desvendado. Não tem castelo de cartas, por mais bonito que seja, que resista a um vendaval. As pessoas mostram a sua verdadeira qualidade nesses períodos de provação. O mesmo acontece com as relações.

No meio disso tudo, em absolutamente nenhum momento a Juliana deixou a peteca cair. Continuou sempre me dando força, me animando quando eu ficava preocupado, fazendo a sua parte sem reclamar (o que incluía dirijir sozinha 150 km por dia nas idas e voltas ao trabalho, antes partilhadas comigo). No decorrer desses 6 meses de tormento, até que eu (na verdade, nós) passasse num concurso e voltasse a trabalhar, minha esposa foi uma rocha. Aliás, mais que uma rocha, porque rochas não sorriem enquanto são açoitadas pela tempestade.

Assim, o seu amor, a sua confiança em mim, o seu carisma, a sua doçura, a sua beleza, o seu caráter e a sua força são, para mim, muito mais do que apenas adjetivos a serem colocados de forma leviana em um cartão de aniversário. A admiração e o amor que tenho por ela não cabem num cartão, não cabem em adjetivos e, apesar dos meus pífios esforços, também não vão caber neste blog. Mas ficam aqui esses dois "causos", na tentativa de homenageá-la e de celebrar mais um ano de vida dessa que é a pessoa mais importante da minha vida (juntamente com a Julinha que, afinal, é a encarnação dessa história), e que, de quebra, ainda tem se revelado uma mãe maravilhosa. Obrigado por ela, meu Deus!

4 comentários:

Jorge disse...

Muito bom!
E isso pq está sem tempo, imagina se tivesse mais...

KahSilva disse...

A Juliana me parece ser tua alma gemea,se você acredita nisso.Mulher de fibra, como poucas.parabéns a ela,e que vocês continuem por muito tempo juntos, lutando as lutas diarias.Beijos e ótimo fim de semana!!!
PS:espero que Julia esteja bem.

Anônimo disse...

Nossa, amor, depois de ler o post do Jo e em seguida o seu, vcs devem imaginar como estou!
Tô feliz demais por td que li.
Tenho muito orgulho da vida que estamos contruindo juntos.
Amo demais vc, muito mesmo!
Bjs da sua Juli

Bel disse...

Abençoado você, que tem a Juli, e abençoada ela, que tem quem reconheça seu valor! ;)