Semana passada, sucumbiu a um câncer a "Tia Emília", mãe de um dos meus melhores amigos, o Fernando.
No enterro, enquanto baixavam o caixão dela, me deu vontade de bater palmas. Contive meu impulso, pois tive a impressão de que o gesto não seria bem recebido ou compreendido por todos. Mas ela bem que merecia.
Foi uma mulher batalhadora, a vida inteira. Se aposentou como professora (do estado, se não me engano). Construiu um casamento feliz e equilibrado, que durou até o fim. Criou um casal de filhos batalhadores, corajosos e de um caráter acima de qualquer prova. Bem soube manejar as limitações da vida e, ao final, morava confortavelmente no Recreio, próxima à praia, realizando um sonho antigo.
A vida toda, combateu o bom combate e, ao final, se foi com dignidade, com a fé inabalada mesmo pela crueldade da doença crônica e debilitante.
Se metade das pessoas que partem desse plano o fizessem tendo realizado pelo menos metade do que a Tia Emília realizou, no seu anonimato e na sua simplicidade, que lugar o mundo seria!
2 comentários:
Poxa, será que no meu velório alguém vai querer bater palmas prá mim?Mais fácil bater palmas pro meu marido que viveu todo esse tempo ao meu lado, ele é um héroi!!!Beijos!!!
É, realmente a vida é feita de pequenos heróis anônimos! Muito bom ter esse sentimento de dever cumprido!
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