E o Brasil chegou a final da Copa do Mundo... Copa do Mundo de Futebol Feminino!!! Pois é, estamos na final. E o que temos visto não é nem um décimo de mobilização que existe na Copa do Mundo de Futebol Feminino, apesar dessa seleção jogar muita bola e de uma forma tão bonita que achávamos que não existia mais no futebol.
O abismo entre o futebol masculino e feminino no Brasil é gritante. No "país do futebol", não temos nenhuma tradição no futebol feminino. A maior demonstração de afeto e carinho com essa seleção ocorreu na final do Pan, onde elas deram um show e lotaram o Maracanã em pleno dia de semana e horário de almoço.
Eu estive nesse jogo e achei muito legal. Confesso que não sou fã de futebol, já gostei bem mais. Porém, aquele jogo foi fascinante. As meninas correram, driblaram e encantaram milhares de pessoas no Maraca! Foi bonito de se ver. Um jogo limpo, belo e sem brigas. Coisa rara nos dias de hoje.
Domingo que vem, Marta e cia. irão tentar ser pela primeira vez, campeãs do mundo. Sabemos que nem sempre os melhores ganham, mas torço para que os deuses do esporte façam justiça e dêem esse título tão merecido para essas meninas. Assim, iremos provar que também somos bons no futebol feminino. Diria que até melhores nos dias de hoje. Vamos torcer!
sexta-feira, setembro 28, 2007
quinta-feira, setembro 27, 2007
Cosme e Damião
Hoje é Dia de Cosme e Damião. Esse dia me lembra muito a minha infância.
Nesse dia, era comum eu e meus amigos "matarmos" aula para poder correr atrás de doces. Eu sou um fã de doces, mas confesso que o que mais me fascinava nisso tudo era poder contar quantos saquinhos eu havia ganhado. E, lógico, poder falar isso para todos os amigos. Afinal, isso era como se fosse uma questão de poder. Assim como ter uma carteira. Ou melhor, uma carteira com alguma nota dentro!!!
Outra parte interessante era o momento de abrir os saquinhos. Tinham os básicos, que tinham doces de qualidade, mas óbvios, como cocada, suspiro, paçoca, bala, pirulito, pé de moleque, maria mole e doce de abóbora. Tinham os ruins, que tinham alguns desses doces, mas de marcas duvidosas. Tinham os especiais, que com sorte, vinham com chocolate, pirulito Zorro, bubaloo, jujuba e delicado. Esses eram os mais disputados e normalmente vinham em saquinhos diferentes, como os de plásticos. Eram, sem sombra de dúvidas, os mais disputados!
Outra cena legal eram os doces de mesa. Muitas pessoas preferiam fazer uma festinha a dar simplesmente saquinhos. Nessas festinhas, tinham doces como manjar, pudim, bolos, docinhos, além dos tradicionais doces (balas, pirulitos e afins). Normalmente, essas festas eram com convites, distribuídos dias antes. E quem normalmente ganhava eram as mães, para repassarem aos filhos. Como podem ver, era muito importante ter um bom network!!!
Os tempos mudaram, eu hoje - por motivos óbvios - não curto tanto esse dia, mas sempre me vem a lembrança dos amigos reunidos, da festa de andar na rua, sem nada pra fazer e ainda ganhar doces. E depois desse "dia cansativo", ir jogar futebol com os amigos, para fechar bem o dia. Ah, e logicamente, comer alguns dos doces antes de dormir!!!
sábado, setembro 22, 2007
Perdendo Dentes
Há uma semana, uma amiga minha me contou que havia terminado com seu novo namorado, com o qual ela estava pouco mais de um mês. O motivo era algo bem "bobo", pois não era um real motivo para terminar uma relação, ainda mais uma relação que estava nascendo. Era como se fosse uma "batalha" e ela achou que estava perdendo.
Quando li a troca de e-mails entre eles, que ela me repassou, vi algumas trocas de ofensas que não faziam sentido algum e ali haviam alguns problemas, como excesso de defesa, mal entendidos e por aí vai. Estando de fora é fácil falar isso. Sem contar que tenho alguns anos a mais e isso pesa na hora de avaliar uma situação como essa. Mas pensei com meus botões: quanta vezes fazemos coisas parecidas em um relacionamento, seja amoroso, familiar ou que seja?
Como sou um cara de temperamento forte, já passei por várias situações parecidas, onde era mais importante ganhar uma batalha, mesmo que para isso tivesse que estragar um momento ou até mesmo perder uma relação. Como podem perceber, realmente não me levaram a nada de bom. É importante ter orgulho, mas excesso ou até mesmo agir sem pensar, realmente não são as melhores opções.
Mas o tempo vai passando, muitas "batalhas" foram travadas e vamos aprendendo a dosar melhor as coisas. Relevar é a palavra de ordem! Não dá para levar tudo à "ferro e fogo". Sendo assim, a vida nos mostra boas opções e a utilizarmos mais palavras como perdão e gratidão. Tudo isso com muita sabedoria.
Esse post me lembrou muito uma música do Pato Fu, chamada "Perdendo dentes". Reparem no refrão (em negrito, abaixo). Ela diz exatamente, de uma forma resumida e musical, tudo que disse acima.
O fato de perdermos dentes está ligado ao tempo e a sabedoria que vamos adquirindo com o tempo. Assim é a vida...
Perdendo Dentes - Pato Fu
Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém
Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
Quando li a troca de e-mails entre eles, que ela me repassou, vi algumas trocas de ofensas que não faziam sentido algum e ali haviam alguns problemas, como excesso de defesa, mal entendidos e por aí vai. Estando de fora é fácil falar isso. Sem contar que tenho alguns anos a mais e isso pesa na hora de avaliar uma situação como essa. Mas pensei com meus botões: quanta vezes fazemos coisas parecidas em um relacionamento, seja amoroso, familiar ou que seja?
Como sou um cara de temperamento forte, já passei por várias situações parecidas, onde era mais importante ganhar uma batalha, mesmo que para isso tivesse que estragar um momento ou até mesmo perder uma relação. Como podem perceber, realmente não me levaram a nada de bom. É importante ter orgulho, mas excesso ou até mesmo agir sem pensar, realmente não são as melhores opções.
Mas o tempo vai passando, muitas "batalhas" foram travadas e vamos aprendendo a dosar melhor as coisas. Relevar é a palavra de ordem! Não dá para levar tudo à "ferro e fogo". Sendo assim, a vida nos mostra boas opções e a utilizarmos mais palavras como perdão e gratidão. Tudo isso com muita sabedoria.
Esse post me lembrou muito uma música do Pato Fu, chamada "Perdendo dentes". Reparem no refrão (em negrito, abaixo). Ela diz exatamente, de uma forma resumida e musical, tudo que disse acima.
O fato de perdermos dentes está ligado ao tempo e a sabedoria que vamos adquirindo com o tempo. Assim é a vida...
Perdendo Dentes - Pato Fu
Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém
Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
segunda-feira, setembro 17, 2007
Criando crianças - how the heck???
Há muito tempo, criei o hábito de observar as crianças que encontro, filhos de amigos, sobrinhos, etc, e a forma com que seus pais as criam. Existem tópicos na criação delas que absolutamente me intrigam, e penso muito na melhor forma de educar a minha filha e conduzí-la enquanto abre seus olhos para o mundo. Um dos aspectos mais intrigantes é o seguinte:
Um tempo atrás, li um livro chamado "Punidos pelas recompensas", de um cara chamado Alfie Kohn, que virou minha cabeça. Ele critica com muita energia os chamados "reforços de comportamento", ou seja, a mentalidade de oferecer recompensas ou punições para reforçar determinados tipos de comportamento nas pessoas. Esta é uma prática largamente utilizada, não somente nas empresas, como forma de controle do comportmento dos empregados, mas também na criação das nossas crianças.
As críticas a este método são muitas, dentre as quais:
1. O método é simplista e superficial. Ou seja, não ataca a causa-raíz dos constantes "ataques de pelanca" de uma criança, contentando-se em mitigar os efeitos externos. Ou seja, o problema permanece intocado, podendo até ser mascarado. Não preciso nem argumentar o quanto isso pode ser perigoso.
2. Os reforços de comportamento eliminam a motivação intrínseca que a criança pudesse ter por si só pela tarefa ou comportamento em questão. Um efeito subconsciente disso pode ser o questionamento: se precisam me oferecer uma recompensa para fazer tal coisa, ela não pode ser tão boa assim... Tente se imaginar tendo o compromisso de se ver forçado a fazer alguma coisa que você goste muito e imagine se esse gosto vai durar muito tempo. Talvez não...
3. Os reforços possuem, muitas das vezes, um efeito transitório. Retirado o estímulo, em boa parte das vezes, o comportamento que se desejav estimular, não se mantinha, a não ser em casos simples, envolvendo reações tais como o medo, por exemplo. Pavlov, em suas experiências com cães, soprava um apito e, momentos depois, os alimentava. Após muitas repetições deste estímulo, bastava soar o apito e os cães já começavam a salivar. Muito tempo depois, a reação dos cães ainda podia ser observada, por conta do efeito de condicionamento. Muito interessante, mas é no mínimo ousado assumir que uma criança que receba recompensas por cada livro que lê, uma vez retirado o estímulo, permaneça uma leitora contumaz. Por conta do efeito número dois (citado acima), é possível que ela desenvolva até mesmo uma aversão por livros, após ter sido "manipulada" a lê-los.
Oops.... tenho que sair..... esse post continua outro dia!
Um tempo atrás, li um livro chamado "Punidos pelas recompensas", de um cara chamado Alfie Kohn, que virou minha cabeça. Ele critica com muita energia os chamados "reforços de comportamento", ou seja, a mentalidade de oferecer recompensas ou punições para reforçar determinados tipos de comportamento nas pessoas. Esta é uma prática largamente utilizada, não somente nas empresas, como forma de controle do comportmento dos empregados, mas também na criação das nossas crianças.
As críticas a este método são muitas, dentre as quais:
1. O método é simplista e superficial. Ou seja, não ataca a causa-raíz dos constantes "ataques de pelanca" de uma criança, contentando-se em mitigar os efeitos externos. Ou seja, o problema permanece intocado, podendo até ser mascarado. Não preciso nem argumentar o quanto isso pode ser perigoso.
2. Os reforços de comportamento eliminam a motivação intrínseca que a criança pudesse ter por si só pela tarefa ou comportamento em questão. Um efeito subconsciente disso pode ser o questionamento: se precisam me oferecer uma recompensa para fazer tal coisa, ela não pode ser tão boa assim... Tente se imaginar tendo o compromisso de se ver forçado a fazer alguma coisa que você goste muito e imagine se esse gosto vai durar muito tempo. Talvez não...
3. Os reforços possuem, muitas das vezes, um efeito transitório. Retirado o estímulo, em boa parte das vezes, o comportamento que se desejav estimular, não se mantinha, a não ser em casos simples, envolvendo reações tais como o medo, por exemplo. Pavlov, em suas experiências com cães, soprava um apito e, momentos depois, os alimentava. Após muitas repetições deste estímulo, bastava soar o apito e os cães já começavam a salivar. Muito tempo depois, a reação dos cães ainda podia ser observada, por conta do efeito de condicionamento. Muito interessante, mas é no mínimo ousado assumir que uma criança que receba recompensas por cada livro que lê, uma vez retirado o estímulo, permaneça uma leitora contumaz. Por conta do efeito número dois (citado acima), é possível que ela desenvolva até mesmo uma aversão por livros, após ter sido "manipulada" a lê-los.
Oops.... tenho que sair..... esse post continua outro dia!
sexta-feira, setembro 14, 2007
Final de Semana
Tem coisa melhor que a chegada do final de semana? Só mesmo um final de semana com sol, dias bonitos...
Sexta-feira já dá vontade de ir embora, dar um passeio na Lagoa, ver o sol se pondo e aproveitar a noite muito bem!
Mas como nada é perfeito, ainda tem muito trabalho a ser feito nesse dia. Porém, falta pouco para ele chegar.
Me lembro de vários finais de semana inesquecíveis. Aqueles em que eu ficava brincando o tempo inteiro. Ou nos que eu ia à praia com minha família e ficava 100% do tempo na água, sentindo o balançar das ondas por horas a fio mesmo depois de sair da praia.
É impressionante, mas todas as minhas boas lembranças de finais de semana são em dias de sol. Até lembro de dias nublados ou de chuva bons (vendo os clássicos da sessão da tarde, dormindo, jogando jogos de tabuleiro), mas todos esses dias eram dias de semana. Porque um dia com tempo ruim dá para levar, mas um final de semana inteiro, isso eu não consigo mesmo!
Espero que o tempo se mantenha bom assim, porque o final de semana promete ser bem legal. Só me resta torcer para que o Sol continue a brilhar, que tudo dê certo e que todos tenham também um belo final de semana!!!
quarta-feira, setembro 12, 2007
Suburbia Tales
É uma pena que um dos blogs mais divertidos tenha acabado.
O Suburbia Tales foi uma forma hilária de se expôr o dia-a-dia dos subúrbios carioca.
Eu cresci em subúrbio e posso afirmar que esses causos citados lá são verdadeiros e muito bons!
Aconselho a todos que leiam as histórias dos calégas. É diversão na certa!
http://suburbiatales.blogspot.com
O Suburbia Tales foi uma forma hilária de se expôr o dia-a-dia dos subúrbios carioca.
Eu cresci em subúrbio e posso afirmar que esses causos citados lá são verdadeiros e muito bons!
Aconselho a todos que leiam as histórias dos calégas. É diversão na certa!
http://suburbiatales.blogspot.com
segunda-feira, setembro 10, 2007
Pensamentos aleatórios
No meio de quarenta brinquedos da Fisher Price, todos lindos, coloridinhos, fofinhos, projetados com padrões de formas e cores desenhados para prender a atenção dos bebês, o que atrai mesmo a atenção da minha filha, INVARIAVELMENTE, é sempre o pretinho, fosco, sem graça, proibidão, frágil, duro, perigoso CONTROLE REMOTO. Esses babacas da Fisher Price não entendem porra nenhuma de bebês mesmo... :-)
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Mudando radicalmente de assunto, está impossível achar um legítimo comerciante árabe no comércio popular do Saara, no Centro do Rio. Só tem chinês naquela joça!! Deviam mudar o nome para Deserto de Gobi.
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Pérola do Simão, no último programa do Boechat, acerca da foto do patinho chinês que nasceu com 3 patas: "nossa, até pato esses chinesinhos estão fazendo com defeito!"
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Mudando radicalmente de assunto, está impossível achar um legítimo comerciante árabe no comércio popular do Saara, no Centro do Rio. Só tem chinês naquela joça!! Deviam mudar o nome para Deserto de Gobi.
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Pérola do Simão, no último programa do Boechat, acerca da foto do patinho chinês que nasceu com 3 patas: "nossa, até pato esses chinesinhos estão fazendo com defeito!"
quinta-feira, setembro 06, 2007
Do Amor
Esse é um poema do Moska que ele musicou na canção "Vênus", do CD "Eu falso da minha vida o que eu quiser". Eu acho tão bonita que quero dividir com vocês.
Do amor
Não falo do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com amor. Chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim que o amor se manifesta. A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado, modificado. O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita. O amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebe-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine? Minha resposta? O amor é desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre um desconhecido. A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante. A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar em linha reta ele nos oferece seus oceanos e mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não. Não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo. O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha, e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém - nascidas. O amor brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa. Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida. O amor grita seu silêncio e nos dá a sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos alimento preferido do amor. Se estivemos também a devorá-lo. O amor, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo. Me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita. Ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto. Moska
Do amor
Não falo do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com amor. Chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim que o amor se manifesta. A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado, modificado. O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita. O amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebe-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine? Minha resposta? O amor é desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre um desconhecido. A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante. A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar em linha reta ele nos oferece seus oceanos e mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não. Não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo. O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha, e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém - nascidas. O amor brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa. Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida. O amor grita seu silêncio e nos dá a sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos alimento preferido do amor. Se estivemos também a devorá-lo. O amor, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo. Me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita. Ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto. Moska
quarta-feira, setembro 05, 2007
Locadora de vídeo
Ontem estava eu indo para o trabalho e do nada me lembrei de locadoras de vídeos. Hoje, locadoras de DVD's. Quando era adolescente, lembro dos meus olhos brilhando ao entrar em uma boa locadora. Existiam locadoras de bairros bem legais, sem ser de grandes redes como Blockbuster. Era algo mais pessoal, com mais charme. Muitas vezes tinha que passar por vários filmes até achar um bom lançamento. Melhor ainda era quando chegava um filme totalmente novo e ser um dos primeiros a locar.
Naquela época tinha reservas, o atendente (muitas vezes o próprio dono) conhecia meus gostos, sabia meu número de associado e trocávamos informações sobre filmes que estavam em cartaz e os que estavam para serem lançados em VHS. Fitas prendiam nos aparelhos de vídeo-cassete, outras estavam mastigadas, o som e imagem nem sempre eram perfeitos, porém o glamour era maior do que nos dias de hoje.
Raramente vou a locadoras atualmente. Além de ser diferente o atendimento, existe hoje a comodidade da TV a cabo, internet e outros meios. Não sei ao certo se eu estou meio saudosista, mas que era diferente, ah isso era!!!
Naquela época tinha reservas, o atendente (muitas vezes o próprio dono) conhecia meus gostos, sabia meu número de associado e trocávamos informações sobre filmes que estavam em cartaz e os que estavam para serem lançados em VHS. Fitas prendiam nos aparelhos de vídeo-cassete, outras estavam mastigadas, o som e imagem nem sempre eram perfeitos, porém o glamour era maior do que nos dias de hoje.
Raramente vou a locadoras atualmente. Além de ser diferente o atendimento, existe hoje a comodidade da TV a cabo, internet e outros meios. Não sei ao certo se eu estou meio saudosista, mas que era diferente, ah isso era!!!
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